Ministério Público investiga perseguição feita a promotor em Picos
O fato será apurado pelo Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GACEP) de Teresina.
O Ministério Público do Estado por meio do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GACEP), de Teresina vai apurar a perseguição feita por policiais, ao promotor de Justiça Eduardo Palácio Rocha na última quarta-feira (20), na cidade de Picos, após solicitação feita pela promotoria de Justiça do Piauí.
A decisão foi comunicada à Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado. Na manhã desta sexta-feira (22), foi definido que será instaurado procedimento de investigação criminal para apuração de crimes militares e de possíveis fatos delituosos que envolveram a atuação da Polícia Militar na abordagem ao veículo do promotor.
Outro procedimento também será instaurado para investigar o emprego de policiais militares à paisana, conhecidos como “PM-2” na realização de atividades operacionais da Polícia Militar do Piauí.
O coordenador do GACEP de Teresina, Antônio Rodrigues de Moura e a coordenadora do CAOCRIM-Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais, Marlete Cipriano comunicaram a decisão à Corregedoria-Geral do Ministério Público.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Militar local, noite desta quarta-feira (20), policiais militares perseguiram e efetuaram disparos de arma de fogo, após o promotor de justiça Eduardo Palácio se recusar a parar em uma barreira policial no município de Picos. A PM ainda informou que as armas dos policiais foram encaminhadas para a Polícia Civil para que fosse feita a perícia.
O promotor se manifestou através de nota de esclarecimento emitida pela Associação Piauiense do Ministério Público (APMP). A nota afirma que o promotor não se recusou a parar na blitz e que os policiais estavam em veículo descaracterizado como pertencente à Polícia Militar e passaram a acompanha-lo durante o trajeto. A nota informa ainda que o promotor pensou estar sendo perseguido para execução.
Veja a nota na íntegra
Por volta das 20 horas, o Promotor Eduardo Palácio Rocha seguia para o centro da cidade e passou por policiais militares que, em nenhum momento, pediram para que o veículo que conduzia fosse parado. Minutos depois, um veículo Gol, completamente descaracterizado como pertencente à Polícia Militar (PMPI), passou a acompanhá-lo durante o trajeto. Por ter chegado a Picos no último domingo (17), Eduardo Palácio ainda não tinha conhecimento sobre rotas e itinerários da cidade. Ao estacionar no destino, viu um dos ocupantes do Gol que o acompanhava descer do carro, portando uma arma. Apenas neste momento, temendo por sua integridade física, o Promotor acelerou o seu carro, por pensar se tratar de uma execução.
A partir daí, a perseguição durou vários minutos, tendo o Promotor seguido rumo à Delegacia de Polícia de Picos, que estava aberta, mas com a sua porta apenas encostada, o que gerou dúvidas se estava ou não em funcionamento naquele horário. Ainda percebendo a presença do veículo atrás de si, o Promotor seguiu para a BR-316, tendo conseguindo despistá-los por alguns momentos, sendo alcançado novamente. Ao chegarem na rodovia, disparos foram efetuados do veículo gol.
Ao conseguir chegar ao Fórum de Justiça, Eduardo Palácio solicitou ajuda aos policiais que lá estavam para fazer a segurança. Para denunciar o ocorrido, o promotor acionou a Polícia Militar, através do número 190, momento em que os ocupantes do Gol desceram do veículo e se identificaram como policiais militares à paisana. O grupo portava duas armas: uma pistola e uma metralhadora, que foram apreendidas para a realização de perícia. Um dos pneus do carro de Eduardo Palácio encontrava-se furado e fora entregue à Polícia Civil para a averiguação. Ainda que bastante abalado, o Promotor passa bem e não sofreu qualquer tipo de dano físico. Contrariamente ao que foi veiculado na imprensa, o Promotor não se recusou a parar na blitz.
Como cidadão e membro do Ministério Público, resguardou-se do que pensou se tratar de um atentado à sua vida, fugindo de um carro descaracterizado, com ocupantes armados, e procurando as autoridades policiais para garantir sua segurança.
A APMP, ao tomar conhecimento do fato, entrou imediatamente em contato com o Procurador Geral de Justiça, Cleandro Moura, a fim de articular atuação conjunta no sentido de resguardar a integridade física do promotor de Justiça. O secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, se comprometeu a apurar o fato. A APMP se solidariza com o Promotor de Justiça Eduardo Palácio e se coloca, mais uma vez, à disposição do membro do Ministério Público para o que for necessário.
A decisão foi comunicada à Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado. Na manhã desta sexta-feira (22), foi definido que será instaurado procedimento de investigação criminal para apuração de crimes militares e de possíveis fatos delituosos que envolveram a atuação da Polícia Militar na abordagem ao veículo do promotor.
Outro procedimento também será instaurado para investigar o emprego de policiais militares à paisana, conhecidos como “PM-2” na realização de atividades operacionais da Polícia Militar do Piauí.
O coordenador do GACEP de Teresina, Antônio Rodrigues de Moura e a coordenadora do CAOCRIM-Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais, Marlete Cipriano comunicaram a decisão à Corregedoria-Geral do Ministério Público.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Militar local, noite desta quarta-feira (20), policiais militares perseguiram e efetuaram disparos de arma de fogo, após o promotor de justiça Eduardo Palácio se recusar a parar em uma barreira policial no município de Picos. A PM ainda informou que as armas dos policiais foram encaminhadas para a Polícia Civil para que fosse feita a perícia.
O promotor se manifestou através de nota de esclarecimento emitida pela Associação Piauiense do Ministério Público (APMP). A nota afirma que o promotor não se recusou a parar na blitz e que os policiais estavam em veículo descaracterizado como pertencente à Polícia Militar e passaram a acompanha-lo durante o trajeto. A nota informa ainda que o promotor pensou estar sendo perseguido para execução.
Veja a nota na íntegra
Por volta das 20 horas, o Promotor Eduardo Palácio Rocha seguia para o centro da cidade e passou por policiais militares que, em nenhum momento, pediram para que o veículo que conduzia fosse parado. Minutos depois, um veículo Gol, completamente descaracterizado como pertencente à Polícia Militar (PMPI), passou a acompanhá-lo durante o trajeto. Por ter chegado a Picos no último domingo (17), Eduardo Palácio ainda não tinha conhecimento sobre rotas e itinerários da cidade. Ao estacionar no destino, viu um dos ocupantes do Gol que o acompanhava descer do carro, portando uma arma. Apenas neste momento, temendo por sua integridade física, o Promotor acelerou o seu carro, por pensar se tratar de uma execução.
A partir daí, a perseguição durou vários minutos, tendo o Promotor seguido rumo à Delegacia de Polícia de Picos, que estava aberta, mas com a sua porta apenas encostada, o que gerou dúvidas se estava ou não em funcionamento naquele horário. Ainda percebendo a presença do veículo atrás de si, o Promotor seguiu para a BR-316, tendo conseguindo despistá-los por alguns momentos, sendo alcançado novamente. Ao chegarem na rodovia, disparos foram efetuados do veículo gol.
Ao conseguir chegar ao Fórum de Justiça, Eduardo Palácio solicitou ajuda aos policiais que lá estavam para fazer a segurança. Para denunciar o ocorrido, o promotor acionou a Polícia Militar, através do número 190, momento em que os ocupantes do Gol desceram do veículo e se identificaram como policiais militares à paisana. O grupo portava duas armas: uma pistola e uma metralhadora, que foram apreendidas para a realização de perícia. Um dos pneus do carro de Eduardo Palácio encontrava-se furado e fora entregue à Polícia Civil para a averiguação. Ainda que bastante abalado, o Promotor passa bem e não sofreu qualquer tipo de dano físico. Contrariamente ao que foi veiculado na imprensa, o Promotor não se recusou a parar na blitz.
Como cidadão e membro do Ministério Público, resguardou-se do que pensou se tratar de um atentado à sua vida, fugindo de um carro descaracterizado, com ocupantes armados, e procurando as autoridades policiais para garantir sua segurança.
A APMP, ao tomar conhecimento do fato, entrou imediatamente em contato com o Procurador Geral de Justiça, Cleandro Moura, a fim de articular atuação conjunta no sentido de resguardar a integridade física do promotor de Justiça. O secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, se comprometeu a apurar o fato. A APMP se solidariza com o Promotor de Justiça Eduardo Palácio e se coloca, mais uma vez, à disposição do membro do Ministério Público para o que for necessário.