Karita Joara foi encontrada morta em setembro; companheira falou que vítima se enforcou, mas laudo mostrou estrangulamento
Após pedido da Polícia Civil do Piauí (PC-PI), a Justiça do Piauí prorrogou a prisão temporária de Maria do Perpétuo Socorro, que é suspeita de forjar a morte de Karita Joara de Lima Santos, que foi encontrada sem vida no dia 26 de setembro desse ano, em sua residência no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina.
Segundo a delegada Nathália Figueiredo, o prazo para a conclusão do inquérito estava se encerrando e ainda faltavam diligências a serem cumpridas. Inicialmente, o caso foi tratado como suicídio, onde Karita teria tirado a própria vida por enforcamento. Em seguida, o laudo cadavérico mostrou que a mesma morreu após estrangulamento.
“O prazo do primeiro pedido de temporária já estava findando e nos precisamos fazer outras diligências. Estamos no aguardo de mais laudos, recebemos uma parte dos exames toxicológicos, mas para outras drogas ainda está em análise. Tomamos por bem ouvir mais pessoas e o prazo que já estava findando não era suficiente. Então representamos pela prorrogação da prisão da Maria; já foi concedido e estamos só aguardando a expedição”, explicou a coordenadora do Núcleo de Feminicídios.
De acordo com a delegada, em seus depoimentos Maria do Perpétuo contou que estavam apenas ela e Karita na residência no momento da morte, o que colaborou para que a policia a apontasse como a principal suspeita do crime. Ainda segundo a delegada, familiares relataram que as duas estavam em um relacionamento de apenas 4 meses.
“A Maria do Perpétuo Socorro falou que estavam apenas as duas em casa e que ela foi tomar banho, momento em que a Karina supostamente teria praticado o enforcamento, o que foi afastado pelo laudo cadavérico. Então ela mesma nos relatou que estavam apenas as duas, então paira a suspeita em relação a ela”, finalizou.
Fonte: Portal A10+