Câmara aprova moção de repúdio contra atos na parada gay
Moção foi proposta pelo vereador e pastor evangélico, Ricardo Bandeira (PSDC). O parlamentar afirma que o ato representa “cristofobia”
Seguindo a linha adotada pela bancada evangélica da Câmara Federal, que fez manifestação contra a encenação de crucificação feita por uma atriz transexual na Parada Gay de São Paulo, os vereadores de Teresina dedicaram a maior parte da sessão desta quinta-feira (11/06) para manifestar repúdio ao que chamaram de “profanação”. No final da sessão, eles aprovaram uma moção de repúdio contra o que eles chamaram de atos “ofensivos à família”.
Proposta gerou polêmica Foto: Ascom/CMT
A moção foi proposta pelo vereador e pastor evangélico, Ricardo Bandeira (PSDC). O parlamentar afirma que os atos como a crucificação de uma transexual e as simulações de sexo no meio da parada representa “cristofobia” e devem ser combatidos pela família brasileira.
“Jesus deu o sangue para salvar a humanidade e não podemos assistir ele sendo desmoralizado. Não repudiamos a parada, mas os atos profanos e de desrespeito contra os cristãos e a família”, disse.
A vereadora Cida Santiago (PHS) afirmou que a nação cristã do Brasil ficou de luto após a parada realizada em São Paulo. “Foi um absurdo aquelas imagens divulgadas pela mídia. A nação cristã está de luto. Nesse momento católicos e evangélicos estão unidos”, disse.
O parlamentar teve o apoio dos 29 vereadores e não apenas da bancada religiosa da Casa. Com isso, a moção foi aprovada por unanimidade.
DISCUSSÃO
A parada provocou uma discussão depois que o vereador Major Paulo Roberto (PSD) ocupou a tribuna e acusou o Governo do PT de patrocinar a Parada. “Não podemos aceitar que o dinheiro público venha ser usada para patrocinar uma libertinagem como aquela”, se manifestou.
O vereador Dudu (PT) reagiu e defendeu o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Dudu afirmou que apoiou a proposta do vereador Ricardo Bandeira porque também teria se sentido ofendido com as cenas divulgadas pela internet. “Aquilo não é protesto. É na verdade uma ofensa contra os cristãos. É uma vergonha. Mas garanto que o Governo Federal não patrocinou um ato daquele”, disse.
O vereador Major Paulo Roberto afirmou que não é contra os homossexuais, mas contra as cenas de desrespeito religiosos. “Todo mundo pode ter a opção sexual que desejar. Não tenho nada com isso. Agora ninguém pode trocar direito por promiscuidade. Foi isso que aconteceu”, declarou.
fonte portal o olho