Policial do Ronda é explusa após PM descobrir sua ligação com traficantes
A Polícia Militar do Piauí expulsou a soldado Elayny Karyne de Sousa Moraes, 26 anos, acusada de roubo qualificado, furto e estelionato. Elayny foi presa em flagrante no início do ano acusada de pagar despesas com cartões roubados.
Elayny, que atualmente estava lotada no 1º Batalhão em serviços administrativos, também foi acusada de facilitar a fuga de assaltantes. Ela também é acusada de emprestar uma pistola ponto 40, de uso exclusivo da policia para o namorado fazer roubos e furtos. Segundo o inquérito, a policial repassava informações sobre as residências que entrava como policial para seus comparsas realizarem assalto.
Elayny Karine entrou na última turma e tem menos de três anos de corporação, por isso não tinha estabilidade no emprego.
O processo administrativo disciplinar foi aberto no dia 21 de janeiro, uma semana após Elayny ter sido presa em flagrante. No dia 12 de novembro, o comandante geral, o coronel Lídio Rodrigues de Sousa Filho, assinou o decreto de expulsão. A publicação no Diário Oficial ocorreu nesta segunda(17).
De acordo com o Diário Oficial, a militar foi “licenciada a bem da disciplina”, que significa a expulsão da polícia, mas não se trata de ação penal, esta ela está respondendo na Justiça Comum.
“Ficou comprovado seu relacionamento estreito com cidadãos infratores, a ponto de serem parceiros na realização de delitos e ilícitos funcionais, atitude essa que repercute negativamente de forma inequívoca na seara administrativa, pois, aqui, o valor a ser analisado é referente à conduta ética da acusada, em desarmonia com o que preceitua os ensinamentos da Caserna (PMPI), relativos a regulamento, leis e normas, bem como a boa imagem da Corporação. Quanto à necessidade de a acusação provar que a acusada cometeu o delito alegado pela defesa, não deve prosperar, vez que a defesa está se referindo ao âmbito penal, o qual vai verificar o crime em si, ou seja, a apuração dos fatos tipificados em lei. Aqui se trata de âmbito administrativo, o qual esta analisando a sua conduta ética, ou seja, os fatos cometidos pela acusada que atentaram contra o pundonor militar e contra a reputação da Polícia Militar”, relatou a comissão no Processo Administrativo Disciplinar.
A soldado deve ser apresentar na próxima quinta-feira(20) na Corregedoria da Polícia Militar para entregar a arma, as fardas, a identidade militar e outros pertences da Instituição, acompanha dos advogados e da comandante do 1º Batalhão, major Joseline Feitosa, na qual está lotada em serviços administrativos.