Zé Filho ameaça entregar porto de Luís Correia ao Governo Federal
Governador foi polêmico durante evento promovido pelo PSD.
O governador do Estado do Piauí, Zé Filho (PMDB) discursou com gosto depois de aparecer de surpresa no encontro estadual do PSD, que aconteceu hoje (23) em Teresina. Zé Filho foi polêmico e destacou pontos importantes sobre as questões que tem enfrentado depois que assumiu o governo.
De forma prioritária, o governador destacou a questão do porto de Luís Correia e afirmou que deverá entregar a obra para o governo federal. “Não vou ficar com uma responsabilidade dessas para o governo do Estado. É uma obra importante que tem sido repetidamente fonte de promessas e nenhuma solução”, afirmou o governador em sua fala.
Em visita ao Piauí, na última sexta-feira (16) a presidenta Dilma Rousseff (PT) assegurou investimentos no litoral do Piauí, de forma que o porto da cidade de Luís Correia seja viabilizado.
Zé Filho, no entanto, parece não ter se convencido com a promessa da presidenta e afirmou ter ficado intimidado ao visitar o Ministério dos Portos, em Brasília. “Estive em Brasília outro dia, na companhia de Marcelo Castro, no Ministério dos Portos, e lá, um tecnicozinho [SIC] teve a ousadia de dizer que preferia brigar com os senadores, deputados e governador do Piauí do que com outros Estados. Essa é a imagem que o Piauí tem lá”, afirmou o governador.
No mês passado, Zé Filho se reuniu com representantes da Azeta, empresa responsável pela obra do Porto de Luís Correia. Na reunião ele pediu explicações sobre a situação atual do projeto e cobrou da equipe executiva soluções imediatas para obra.
O Porto de Luís Correia deve funcionar para a navegação de cabotagem que acontece quando o transporte é feito por navios nacionais entre portos do país. A redefinição foi elaborada depois de um estudo feito pela Secretaria Estadual dos Transportes (Setrans), com orientação da própria Secretaria Especial dos Portos (SEP).
A cabotagem é uma tendência que vários portos do Brasil e do mundo estão tomando. Abrindo linhas para este fim, funciona como uma mola propulsora para o desenvolvimento regional e escoamento de produtos de uma região.