terça-feira, 22 de setembro de 2020
Live Setembro Amarelo | Intervenções em Crises Suicidas
FEPISERH pagava milhões de reais a empresa que entregava comida com “lagarta” e “larvas” a pacientes
Mesmo com tais constatações, Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares não rompia o contrato com empresa cujos serviços não foram prestados
AO POVO... AS "LARVAS", AS "LAGARTAS"
Um esperado julgamento previsto para ocorrer essa semana, mais precisamente, na quinta-feira (24), no Tribunal de Contas do Estado (TCE), é o da prestação de contas da Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH) referente ao ano de 2018. Nessa prestação tem de um tudo. Vários acontecimentos suspeitos chamam atenção.
Um deles é justamente os pagamentos para a empresa M. P. Santos Alimentos, a Serv Cozinha, cujo valor chega à cifra de R$ 2.459.997,97, mesmo havendo possíveis “serviços não prestados na entrega do produto contratado” e a entrega de alimentos com “larva” e “lagarta”.
Ainda há a prorrogação de contrato com a mesma empresa no Hospital Regional Justino Luz e no Hospital Regional Chagas Rodrigues, mesmo com fornecimento de alimentos com "transporte inadequado”.
Esses fatos são destaques em relatório de contas de gestão e na manifestação do Ministério Público de Contas (MPC), após análise de prestação de contas da fundação. O MPC pede, devido às inúmeras ocorrências, a “irregularidade” das contas da FEPISERH na gestão dos três gestores que estiveram à frente da fundação no ano eleitoral de 2018.
São eles o deputado estadual Pablo Santos, Rafael Neiva Nunes do Rêgo e Natália de Serra Monteiro Lima.
A FEPISERH havia realizado contrato de nº 073/2018, em 12/04/2018, com a empresa M. P. Santos Alimentos - LTDA ME (Serv Cozinha), decorrente de uma adesão a ata de registro de preços, a PE030/2017 HUPI-EBSERH, para fornecimento de refeições destinadas a pacientes e acompanhantes, além de refeições para funcionários do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, e do Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, com disponibilização de pessoal para preparação das refeições.
“Constatou-se, entretanto, que a produção dos alimentos é realizada por servidores contratados diretamente pela FEPISERH, por meio de contratos precários. Destaca-se que a empresa Serv Cozinha mantém apenas duas nutricionistas atuando nas unidades hospitalares de Picos e de Piripiri (de acordo com visitas técnicas nos dois hospitais) que coordenam os trabalhos de dieta e nutrição”, traz relatório técnico.
“Assim, embora tenha sido contratada para realização da produção integral da alimentação hospitalar por seus colaboradores, na realidade a empresa utilizou-se de mão de obra remunerada pela FEPISERH para execução dos serviços que a ela caberia, em sua integralidade, e não o fez, configurando, em tese, o superfaturamento, visto que o produto contratado foi entregue parcialmente e o pagamento efetuado na totalidade, ou em montante superior ao devido”, pontuam.
“LARVAS”, “LAGARTAS”, “BISCOITO DE SAL SEM GOSTO”, “CAIXAS SUJAS”
A relação entre a FEPISERH e a Serv Cozinha é um tanto inusitada. Embora haja “relatório de adequações” direcionado à empresa com fatos que seriam justificativa para qualquer rompimento de contrato ou ao menos uma severa punição, a empresa continuava a receber milhões de reais dos cofres públicos, vindo a renovar inclusive o contrato ao fim daquele ano.
“Nos termos do Contrato nº 073/2018, firmado com a Serv Cozinha – Cláusula Décima – Do acordo de níveis de serviços e Cláusula Décima Primeira – das Sanções Administrativas, caberia penalidades pelo descumprimento da qualidade do fornecimento dos alimentos e da forma de transporte dos mesmos. Entretanto, o que se verificou foi a renovação da avença nos mesmos termos do contrato inicial, realizado em 31/12/2018”, pontua relatório.
fonte 180graus.com
Lourdes Melo afirma que eixo de campanha do PCO é derrubar Bolsonaro
Candidata à prefeitura de Teresina, a professora Lourdes Melo (PCO) afirmou em entrevista à TV Cidade Verde, nesta terça-feira (22/09), que o principal eixo do seu partido nas eleições de 2020 é "derrubar o Bolsonaro".
Lourdes Melo explica que as eleições servem como uma "tribuna de luta", e que mesmo com as dificuldades de falta de recursos para campanha e a desigualdade no tempo de propaganda, o PCO não abre mão de participar.
"Sabemos que a eleição é uma eleição desigual, onde os nossos candidatos não têm os mesmos direitos iguais aos candidatos dos grandes partidos, que representam a burguesia", diz.
A candidata deixa claro que qualquer proposta que venha a apresentar para a cidade de Teresina se torna inviável diante das políticas implementadas no governo Jair Bolsonaro.
"O eixo da nossa campanha é derrubar o Bolsonaro. Nada do que nós apresentarmos como proposta vai ser possível colocar em prática, por que o governo Bolsonaro está entregando o Brasil entregando nossas riquezas, tirando nossos direitos e cortando os financiamento dos recursos para educação e outros serviços. O objetivo é chamar o povo a lutar", afirma.
Ela deixa claro que o partido tem propostas, mas que antes é preciso enfrentar o "inimigo", se referindo a Bolsonaro.
fonte 180graus.com
Projeto de lei propõe multa para quem pichar prédios públicos no Piauí
O deputado estadual Pastor Gessivaldo Isaías (Republicanos) apresentou na Assembleia Legislativa do Piauí o Projeto de Lei de Nº 60/2019 que dispõe sobre a reparação de danos e a aplicação de multa nos casos de pichação, depredação, destruição e outros meios de danificação do patrimônio público no estado do Piauí.
O projeto foi apresentado ainda no mês de março de 2019, mas somente agora avançou na Assembleia. Pastor Gessivaldo acredita que a aplicação da multa é uma das maneiras de inibir a pichação de prédios públicos, prática bastante recorrente em Teresina e na maioria das cidades brasileiras.
“Eu coloquei esse projeto de lei, espero que os pares desta casas entendam qual o objetivo que eu tenho, que é preservar o bem público [...] Esse parlamentar acredita que tem que ter uma punição para aquela pessoa que tá fazendo aquilo em um prédio público. Até porque ele tá desrespeitando a questão do próprio prédio, onde ele coloca palavrões. Eu acredito na obra de arte, mas a pichação, por esse parlamentar aqui não é aceitável”, disse.
Se aprovado, a multa por pichação em prédios públicos será equivalente ao dobro do valor do dano material praticado. No caso do autor não possuir capacidade para arcar com os custos, a responsabilidade será repassada para os seus responsáveis legais.
“A fim de preservar o patrimônio público, fica obrigado a reparar integralmente o dano e a pagar multa equivalente ao dobro do valor do dano material, aquele que pichar, destruir, depredar ou danificar bem móvel ou imóvel integrante do patrimônio público do Estado do Piauí”, diz a proposta. O projeto determina ainda que, no caso de o infrator não possuir capacidade para arcar com os custos da multa, essa recairá sobre os seus responsáveis legais.
As exceções para as penalizações também estão previstas na lei, que no caso de pinturas, grafites e outras manifestações artísticas, estarão livres de aplicações de multas desde que sejam expressas e previamente autorizadas Governo do Estado.