De acordo com o delegado, a polícia não acredita que Maria Nerci tenha sido a autora do crime, como afirmou a defesa dos réus.
- Foto: DivulgaçãoAdvogada Izadora Santos Mourão
O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Francisco Costa, mais conhecendo como “Barêtta”, afirmou que a polícia não acredita que a mãe de Izadora Mourão, Maria Nerci, tenha assassinado a filha no dia 13 de fevereiro na cidade de Pedro II com 11 golpes de faca.
De acordo com o delegado, a Polícia Civil tem provas e indícios fortes de que o irmão da vítima, João Paulo Murão, seja o autor do crime, e que mãe apenas auxiliou durante a ação.
O delegado afirma ainda que apontar Maria Nerci, de mais de 70 anos, como autora do crime seria uma estratégia da defesa.
“Houve mais uma coisa criada pela estratégia da defesa. Na realidade a Polícia Civil fez um trabalho brilhante, as provas matérias e as provas testemunhais são robustas, é um verdadeiro encadeamento do ato criminoso praticado pelo João Paulo. Mostra que ele é o autor material, que foi ele que agiu, foi ele que praticou auxiliado pela mãe dele. Tá lá nos autos do processo. Quanto a provas, não existe argumentos”, explicou o delegado à imprensa.
Ainda segundo Barêtta, o crime teria sido premeditado e foi motivado por uma herança deixada pelo pai de vítima de aproximadamente R$ 4 milhões. O delegado explica que foi realizada a venda de um imóvel e que a princípio Izadora havia recusado a parte dela na venda. Após a advogada começas a contestar seus direitos, o irmão e a mãe planejaram o crime.
- Foto: DivulgaçãoMaria Nerci e João Paulo
“Ele deixou bens materiais, aí somados em uma herança de quase R$ 4 milhões com terro, com casa, e houve a venda de um imóvel e a Izadora não quis a parte dela, disse que eles podiam usar. Quando ela começou a reivindicar a parte dela, eles começaram a criar um problema e a dizer que ela não tinha direito. Foi a onde levou a dona Maria Nerci e o João Paulo a realmente planejar e a executar o ato criminoso”, disse o delegado.
Defesa diz que mãe assumiu autoria do crime
Na última sexta-feira (25), a advogada de defesa dos réus, Esmaela Macedo, afirmou que durante a audiência de instrução e julgamento realizada no dia 23, Maria Nerci assumiu autoria do crime. A advogada ressaltou ainda que o irmão de Izadora, João Paulo Mourão, apontado como autor material, não estava na cena do crime, já que não há provas da presença de João Paulo nos laudos da perícia.
fonte www.viagora.com.br