sexta-feira, 13 de março de 2015

Investigação Homem suspeito de matar tenente Itamar Oliveira é preso em Teresina


Investigação

Homem suspeito de matar tenente Itamar Oliveira é preso em Teresina

De acordo com o Comandante do 9º batalhão, Vicente Carlos, o suspeito foi preso durante uma operação montada pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Civil do Piauí com o apoio da Polícia Militar.

Os policiais da Força Tática do 9º batalhão em conjunto com a Polícia Civil prenderam Leonardo Danilo dos Santos, mais conhecido como “Leo Grandão”, suspeito de participar da morte do tenente Itamar Oliveira de Carvalho, no último sábado (07) na zona rural de Timon.
Imagem: ReproduçãoTenente Itamar(Imagem:Reprodução)Tenente Itamar
De acordo com o Comandante do 9º batalhão, Vicente Carlos, "Leo Grandão" foi preso durante uma operação realizada pela Força Tática, com o apoio do Ronda Cidadão e Ciptran. “Ele estava dentro de um taxi e havia acabado de desembarcar no Aeroporto de Teresina em um voo de São Paulo”, comentou o comandante.

O major Gerson, responsável pelo comando da operação, afirmou que os policiais já tinham imagens de Leonardo, que durante a abordagem apresentou um RG falso, identificando-se como Alexandre Ígor Nunes Faustino. “Como nós já possuíamos imagens dele, a gente já detectou que ele estava portando um documento falso e o prendemos em flagrante. Havia também um mandado de prisão expedido pela Justiça do Maranhão que foi cumprido na ocasião”, detalhou o major.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Léo Grandão(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Léo Grandão
Leonardo Danilo foi encaminhado à Central de Flagrantes de Teresina e após passar pelo IML foi levado para a Casa de Custódia. “A Polícia Civil vai dar prosseguimento às investigações para apontar a participação do suspeito na morte do tenente”, finalizou.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Documentação falsa(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Documentação falsa

O crime 

O tenente da Polícia Militar do Piauí, Itamar Oliveira de Carvalho, 45 anos, foi morto com nove tiros na noite de sábado (07), depois que quatro homens invadiram sua propriedade, localizada no povoado Buriti Cortado, zona rural de Timon.

Segundo informações da família, na residência estavam a mãe de Itamar, a irmã, o cunhado e o tenente, que já estava dormindo. O bando chegou se identificando como policiais que estavam à procura de um bandido, então a família foi acordar o tenente que conversou com os bandidos, se identificou como policial e reclamou da forma como eles entraram na residência, irritados, eles pegaram a arma do tenente e dispararam nove tiros contra ele.

O bando foi embora levando apenas a arma do tenente. Antes de saírem, eles ameaçaram a família de Itamar.

“Ao perceber que ele se tratava de um policial os homens efetuaram nove disparos que atingiram o peito, ombro e a cabeça e durante a fuga levaram a pistola de uso particular do policial”, informou o major Lucena.

Após o crime, o bando entrou em fuga na estrada que dá acesso aos munícipios de Matões e Parnarama. Ainda de acordo com major, não há informações sobre furto ou roubo de veículo com as características da Hilux utilizada pelo bando.

fonte gp1

Operação Sefaz apreende mercadorias de depósito clandestino em Picos


Operação

Sefaz apreende mercadorias de depósito clandestino em Picos

A operação foi realizada de forma conjunta com a COE, COFIT e DECCOTERC.

A Secretaria da Fazenda (SEFAZ) apreendeu nesta quinta-feira (12) mercadorias em um depósito clandestino, localizado na cidade de Picos. A operação foi realizada de forma conjunta com a COE, COFIT e DECCOTERC.
Imagem: DivulgaçãoDepósito clandestino em Picos(Imagem:Divulgação)Depósito clandestino em Picos
De acordo com a Sefaz, cerca de R$ 148,100 em mercadorias foram recuperadas. Foi aplicado o valor de R$ 33,682 em multa para o proprietário do depósito ilegal.
Imagem: DivulgaçãoMercadorias apreendidas (Imagem:Divulgação)Mercadorias apreendidas 

fonte gp1

Família pede ajuda para encontrar estudante desaparecida


Família pede ajuda para encontrar estudante desaparecida

Outra jovem também encontra-se desaparecida desde a quarta-feira (11)

A estudante de Direito, Maria da Conceição Cardoso Lima, está desaparecida desde a noite de ontem (13). Ela saiu de casa em direção a faculdade que estuda, entretanto, não se sabe se ela de fato chegou até a local.
Familiares e amigos estão a procura da estudante e pedem ajuda. Maria da Conceição não atende o telefone desde a noite anterior. A família está aguardando completar 24h depois do desaparecimento para entrar com o pedido formal de buscas na polícia.
Quem tiver informações sobre o paradeiro da estudante, deve entrar em contato através do telefone (86) 8877-7829.
Outra estudante também está desaparecida
Na noite de quarta-feira, outra mulher desapareceu em Teresina. A jovem Jhussyelle Reis de Oliveira, foi vista pela última vez no trabalho, por volta das 14:30 daquele dia. A estudante deixou um e-mail enviado ao namorado se despedindo dele e da família e pediu para não ser encontrada. Ela saiu com uma calça azul escuro, um colete jeans e mochila cor-de-rosa com estampa xadrez.
Quem tiver alguma informação a respeito do paradeiro da jovem, deve entrar em contato com qualquer delegacia em Timon ou Teresina.
fonte portal o dia

Ex-parlamentares do Piauí recebem aposentadoria de até R$ 17 mil


Ex-parlamentares do Piauí recebem aposentadoria de até R$ 17 mil

Deputadores e senadores precisavam ter contribuído somente 8 anos para o IPC.

Trabalhar de oito a, no máximo, 16 anos e se aposentar com um salário entre R$ 17 mil e R$ 8.700. O que parece um sonho para a maioria dos brasileiros é a realidade de 12 ex-parlamentares do Piauí. Uma reportagem publicada pela Revista Congresso em Foco listou quais são os 242 deputados e senadores de todo o país que conseguiram a aposentadoria devido às condições especiais oferecidas pelo Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), criado em 1963 e extinto em 1999.
O IPC foi substituído pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas, que passou a exigir 35 anos de contribuição para que um deputado ou senador peça aposentadoria, desde que tenha completado 60 anos de idade. Agora, o parlamentar recebe 1/35 do seu salário para cada ano de mandato.
Durante o tempo em que o IPC existiu era diferente. Deputados federais e senadores poderiam contribuir com 10% dos seus salários e a lei previa a aposentadoria depois de oito anos de contribuição, a partir dos 50 anos de idade. Depois de extinto, nenhum parlamentar pode aderir ao benefício, no entanto, quem já estava pagando o IPC continuou contribuindo e tem o direito à aposentadoria de acordo com as vantajosas regras anteriores.
É o caso dos ex-parlamentares do Piauí, Freitas Neto, José Luiz Maia, Heráclito Fortes, Felipe Mendes, Lucídio Portella, Ludgero Raulino, Celso Barros, Jesus Tajra, Murilo Rezende, B. Sá, João Henrique e Paulo Silva. Até hoje, eles recebem a aposentadoria pelo tempo de serviço como deputados federais ou senadores.
A exceção é apenas o deputado federal Heráclito Fortes (PSD), que foi eleito novamente. Desde que perdeu sua vaga no Senado, em 2010, ele recebia a aposentadoria de aproximadamente R$ 10 mil. O benefício seria reajustado para pouco mais de R$ 13 mil, porém, ele garantiu uma vaga na Câmara dos Deputados e não tem mais direito enquanto estiver cumprindo mandato.
De acordo com a lista divulgada pela Revista Congresso em Foco, Freitas Neto, ex-senador pelo extinto PFL, é o que tem a maior aposentadoria do IPC no Piauí. Ele recebia R$ 13.500, mas o valor foi reajustado após o aumento do salário dos deputados federais. A partir de janeiro, o ex-parlamentar passou a ganhar pouco mais de R$ 17 mil de aposentadoria.
Freitas Neto defende o benefício e lembra que na época em que o IPC foi extinto, os contribuintes puderam optar em receber o valor que já havia sido pago, ou continuar contribuindo para se aposentar após o fim do mandato. “Eu achei melhor não receber logo e ter minha aposentadoria”, disse o ex-senador.
Para ele, o IPC não deveria ter sido extinto. “Se dava prejuízo, pois que fosse feito um cálculo atuarial, aumentasse o valor de contribuição, mas a previdência é justa. Se você passa 20 anos como parlamentar, dedicou a vida toda aquilo, já largou sua profissão. Todo mundo precisa de uma previdência”, defende Freitas Neto.
Valor da aposentadoria dos ex-parlamentares
Freitas Neto tem 68 anos. Foi deputado federal de 1983 a 1987 e senador de 1995 a 2003. Recebe R$ 17.064,87.
José Luiz Maia tem 76 anos. Foi deputado federal de 1982 a 1994. Recebe R$ 13.167,60.
Heráclito Fortes tem 64 anos. Foi deputado federal de 1982 a 1988. Em 1994 foi eleito novamente e ficou de 1995 a 1999. De 2003 a 2011, foi senador. Recebia R$ 10.422,02, mas teve o benefício suspenso porque foi empossado deputado federal este ano.
Felipe Mendes tem 65 anos. Foi deputado federal de 1986 a 1990, depois assumiu a vaga no lugar de Átila Lira, pois era o primeiro suplente. Foi eleito novamente em 1994. Recebe R$ 12.070,29.
Lucídio Portella tem 92 anos. Foi senador de 1991 a 1999. Recebe R$ 8.778,39.
Ludgero Raulino tem 84 anos. Foi deputado federal de 1979 a 1987. Recebe R$ 8.778,39
Celso Barros tem 92 anos. Foi deputado federal de 1974 a 1978 e de 1985 a 1987. Recebe R$ 8.778,39.
Jesus Tajra tem 83 anos. Foi deputado federal de 1987 a 1995. Recebe R$ 8.778,39.
Murilo Rezende tem 84 anos. Foi deputado federal de 1975 a 1979 e de 1991 a 1995. Recebe R$ 8.778,39.
B. Sá tem 68 anos. Foi deputado federal de 1991 a 2007. Recebe R$ 8.778,39.
João Henrique tem 65 anos. Foi deputado federal de 1991 a 2003. Recebe R$ 8.778,39.
Paulo Silva tem 58 anos. Foi deputado federal de 1987 a 1995. Recebe R$ 8.778,39.

fonte portal o dia

Lagoa do Sítio: cidade dividida entre o mistério do assassinato da 1ª dama


Lagoa do Sítio: cidade dividida entre o mistério do assassinato da 1ª dama

A primeira dama não tinha inimigos. Era querida, respeitada. Família continua destroçada. Filhos estão com tios em Teresina e com acompanhamento psicológico

Não caiu a ficha. A gente ainda não acredita”. Foram as primeiras palavras do professor José Nilton de Sousa Filho, 42 anos, ao falar em frente ao túmulo da irmã, Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo, 34 anos. Ela era a primeira-dama e secretária de Assistência Social de Lagoa do Sítio, Sertão do Piauí, e foi uma das últimas vítimas de feminicídio (assassinato de mulheres) no estado.
José Nilton, irmão mais velho da primeira dama, observa túmulo da irmã em Lagoa do Sítio. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Gercineide foi encontrada morta na manhã do dia 10 de fevereiro em sua casa, no Centro de Lagoa do Sítio, com um tiro na cabeça. Inicialmente especulou-se que ela tinha morrido vítima de derrame. Tão logo policiais chegaram ao lugar constaram que a morte tinha sido por arma de fogo e disparada por alguém.
A Polícia Civil do Piauí diz ter desvendado o caso em menos de 24 horas, prendendo o esposo da vítima, o prefeito José de Arimatéas Rabelo, o Zé Simão (PT), e a empregada doméstica da residência, Noêmia Maria da Silva Barros. Eles teriam matado a primeira dama após a mesma descobrir que os acusados tinham um relacionamento amoroso. O caso já foi concluído e remetido à Justiça.
Mas muitos fatos ainda são cercados de mistérios, dúvidas e desconfianças.
A população da cidade divide-se em acreditar ou não no envolvimento do prefeito. A maior curiosidade é em saber os reais motivos da primeira-dama, tida como pessoa querida, sem inimigos e sem envolvimento em confusões, ter sido cruelmente morta. A principal linha de investigação é que foi vitimada por motivos passionais, mas uma parte teima em não acreditar no envolvimento do prefeito.
José Nilton divide seu dia em quatro funções: continuar coordenando a secretaria municipal de Educação (onde foi secretário municipal da pasta até o último dia de 2014), tratar de negócios de sua escola de idiomas em Valença do Piauí, saber notícias de seus dois sobrinhos órfãos, e procurar Justiça para o caso de sua irmã.
O professor, que é irmão mais velho de Gercineide Rabelo, recebeu a reportagem de O Olho no Centro de Lagoa do Sítio, depois foi visitar o túmulo da irmã, ato que faz praticamente todos os dias.
No cemitério falou como era a vida da primeira dama, como foi seus últimos dias e o fato de ainda não acreditar direito em tudo o que ocorreu. Durante a conversa de mais de uma hora mostrou-se choroso, mesmo estando sempre com óculos escuro.
Vestindo roupa preta e com voz marejada, intercalada com com soluços (por conta da emoção) falou do seu último encontro com a irmã e a alegria de, três dias antes do crime, mostrar seu novo apartamento, em Teresina. “Ela conheceu o apartamento na sexta. Domingo ela veio embora com o marido. Ela não relatou nada, nenhum atrito”. O professor só teve novas notícias da irmã quando ela estava morta.
Na cidade a movimentação é mais próxima aos prédios públicos, localizados todos na região central. Uma parte dos moradores evita comentar sobre o caso e emitir opiniões. Os poucos que falam dividem-se entre dizer que a Polícia Civil está totalmente certa ou em querer saber os motivos que levariam um casal tido como feliz acabar sendo protagonista do crime que mais chocou a população da cidade.
CRIME CONTINUA MEXENDO COM A CIDADE
Lagoa do Sítio é uma pequena cidade do Sertão do Piauí. Como praticamente todos os municípios do interior piauiense: tem menos de dez mil habitantes, sobrevive da agricultura de subsistência e do pagamento dos benefícios sociais do Governo Federal. As principais fontes de renda são o funcionalismo público (quase todo municipal) e os proventos de aposentados da Previdência Social.
Lagoa do Sítio continua abalada com o crime mais chocante de sua história. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Localizada a 252 quilômetros ao Sul de Teresina, com 5.022 habitantes (sendo 64,5% na zona rural e 35,5% na zona urbana). É um lugar tido como pacato. Só há uma única estrada asfaltada, a PI-469 (que liga a cidade até Valença do Piauí).
Sua tranquilidade é tão grande que moradores ficam a qualquer hora do dia e praticamente todas as horas da noite nas portas de casa. Visitantes são logo notados por conta da pouca movimentação de estranhos no lugar. Uma boa parte dos donos de motocicletas deixam os veículos na porta de casa com chave na ignição. Bicicletas ficam sem a mínima tranca.
Lagoa do Sítio, entre os seus menos de 30 anos de existência (antes pertencia à Valença do Piauí) foi testemunha apenas de raros crimes, às vezes com intervalos de anos de um para o outro.
Toda essa tranquilidade só foi quebrada no dia 10 de fevereiro deste ano.
Era uma terça-feira, um dia semi-nublado, quando a formanda em Serviço Social Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo, 34 anos, foi encontrada morta em sua casa, na rua Mundico Félix (esquina com rua Mundico Ferreira), Centro de Lagoa do Sítio. Ela estava na cama de casal, deitada, no principal cômodo da casa.
Local do crime. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Não era uma residência qualquer. Além de ser uma das casas mais visíveis de Lagoa do Sítio, é uma das maiores, mais bonitas, mais confortáveis e abrigava, nada mais nada menos, que o casal de mandatários do município.
Gercineide era a primeira-dama da cidade e entrou para as estatísticas de mais um feminicídio no Piauí. Um dos últimos antes dos esforços da Polícia Civil do estado (pressionado por movimentos de defesa da mulher) em criar setores de investigação especiais para esse tipo de ocorrência.
Gercineide Rabelo está enterrada no cemitério de Lagoa do Sítio, bem no Centro da cidade, há poucos metros do local em que trabalha seu irmão mais velho, José Nilton.
UMA FAMÍLIA DESTROÇADA
Gercineide era a filha mais nova do casal João Monteiro Filho, conhecido por Valdeci, e Raimunda Félix de Sousa Monteiro. Além dela há os irmãos José Nilton, 42 anos, atual líder da família, a dona de casa Gilvanete, 41 anos, o agente de endemias Gilvanildo, 36 anos, e a dona de casa Gilvaneide, 35 anos.
Gilvanildo: recordações da irmã. Diz não dormir direito traumatizado com assassinato. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Dos irmãos, apenas Gilvanildo mora em Lagoa do Sítio. Com fotografias da irmã na mão, e por várias vezes com os olhos cheio de lágrimas, disse que não consegue esquecer o caso. “Não durmo direito. Acordo de madrugada, fico sem sono. A ficha não caiu. A gente acha que ela está em Teresina. Só sei que ela morreu porque a gente vai no cemitério”, comentou. “Eu ia sempre na casa dela. Ela gostava muito de minha filha”, complementou.
Gilvanildo diz que é complicado achar que foi o cunhado que matou sua irmã. “Conhecia ele demais. Não tenho certeza se foi ele. Vi ele chorando no dia do acontecido”.
José Nilton, o irmão mais velho, conta que o prefeito preso já mandou chamá-lo para uma conversa, para tentar explicar os fatos. Mas disse que, por enquanto não quer contato. Os dois são compadres, já que Nilton é padrinho do filho mais novo do prefeito. Além disso são correligionários do mesmo partido, o PT.
Givanildo mora há pouco menos de 300 metros do local em que ocorreu o assassinato. Ele foi um dos primeiros a chegar na casa da vítima. “Era muito sangue, então ela não tinha morrido de derrame. Estava embolada. Por isso desde o início sei que ela tinha sido morta”.
“Algumas pessoas jogavam indireta dizendo que foi a empregada. Nunca ouvi falar dessa história de caso”, completou Gilvanildo.
Prefeito pediu para conversar com o irmão da primeira dama. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Mas o irmão conta alguns detalhes que podem ajudar a elucidar o crime. Ele diz que Gercineide estava incomodada com algumas insubordinações da empregada Noêmia chegando a procurar um advogado para ter mais informações de como dispensar a funcionária e pagar seus direitos trabalhistas. “No dia que ocorreu o crime ela ia demitir a empregada”.
“Não é porque ela morreu, mas todo mundo gostava dela, até os adversários políticos”. Gilvanildo disse saber mais informações do caso na imprensa e que a polícia passa poucos dados para a família.
Perguntado sobre o cunhado, Gilvanildo diz saber que muito em breve ele estará solto e finaliza destacando que o mundo se acaba para quem morre. Indagados sobre possível questão de revanche ou vingança os irmãos disseram que isso é totalmente descartado e entregam o caso à Deus.
PAIS DA PRIMEIRA DAMA FALAM PELA PRIMEIRA VEZ COM A IMPRENSA
Os pais da primeira-dama assassinada, os aposentados José Monteiro Filho, 70 anos, e Raimunda Félix de Sousa Monteiro, 63 anos, falaram pela primeira vez com a imprensa depois do acontecido.
Pais da primeira dama assassinada: filha não tinha inimigos e era muito querida na cidade. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Ainda muito abalados, com lágrimas nos olhos e tristeza visível, coincidem suas falas com as dos filhos, destacando que ainda não acreditam que Gercineide Monteiro foi assassinada.
Os pais da primeira-dama moram menos de cem metros da residência da acusada pelo crime, a doméstica Noêmia da Silva. A casa em que ocorreu o assassinato fica menos de 500 metros da residência de José Monteiro e Raimunda Monteiro.
“Estou arrasado, sofrendo muito. Ninguém esperava. Era uma menina novinha, cheia de vida. Não dá para saber o que aconteceu. Nem dá para acreditar direito que foi ele (o prefeito)”, falou, com ar de muita tristeza, o pai da primeira-dama. Ele foi um dos primeiros a chegar ao local do crime, pois tem um ponto comercial em frente à residência dos então mandatários de Lagoa do Sítio.
José Monteiro acredita que sua filha realmente foi assassinada e descarta que tenha sido por motivos políticos. “Ela não tinha queixa de ninguém e muito menos inimigos políticos”.
Raimunda Félix disse não acreditar que seu genro tenha assassinado sua filha. “Ele é uma pessoa boa, nunca agrediu ninguém. Ela não volta mais, mas entrego tudo para Deus”, disse ela, que é membro da Igreja Assembleia de Deus. “Minha filha não tinha intriga com ninguém. Tinha era um coração muito bom”, falou a mãe, que disse só estar mais conformada porque sabe que sua filha vai para o Céu.
Os pais de Gercineide também destacaram que a primeira-dama nunca tinha se queixado de agressões físicas ou ameaças por parte do prefeito. “Queremos é que descubram”, falaram quase que simultaneamente. “Nossos dias têm sido de tristeza”, finalizaram, quase que como uma ladainha.
FILHOS ESTÃO EM TERESINA COM TIA. PASSAM POR ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO. MAIS NOVO ACHA QUE O PAI ESTÁ EM BRASÍLIA
Os filhos da primeira dama assassinada e do prefeito de Lagoa do Sítio, acusado pelo crime, os garotos M.R.M.R, 12 anos, e M.K.M.R., oito anos, continuam morando com a tia Gilvaneide Monteiro, em um apartamento do conjunto Verde Que Te Quero Verde, na zona Sul de Teresina.
Tio lutará para que órfãos de mãe continuem com a família da primeira dama. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
Há cinco anos as crianças moravam com a tia materna. Eles vieram para a capital a fim de ter uma educação de qualidade. Os dois meninos eram semanalmente visitados pelos pais, tidos por todas as pessoas ouvidas pelo portal  como bons educadores e preocupados com o futuro dos filhos.
Depois que a mãe foi enterrada as crianças não mais pisaram em Lagoa do Sítio.
O tio José Nilton diz que eles eram o amor da vida do prefeito, hoje preso, e da primeira-dama, assassinada.
O assunto do crime e da prisão tem sido tratado com muita cautela pela família, principalmente para não traumatizar mais ainda as crianças. Os dois meninos estão em constante acompanhamento psicológico.
O filho mais velho compreendeu a gravidade dos fatos: assassinato da mãe e prisão do pai. O mais novo sabe que a mãe morreu e, ao perguntar pelo pai, foi informado pelos parentes que o mesmo está em compromissos em Brasília. O mais velho ainda não visitou o pai preso.
“A guarda dos filhos é um assunto delicado, a gente prefere esperar a Justiça, mas queremos ficar com as crianças, já que eles moram com minha irmã”, apelou José Nilton, tio paterno dos garotos.
PREFEITO CONTINUA PRESO
O prefeito de Lagoa do Sítio, José de Arimateas Rabelo, continua preso. A família prefere não dar mais detalhes sobre sua prisão e o local e que está encarcerado. Mas tenta, a todo custo, dizer, e provar, que ele é inocente.
Irmã do prefeito preso, professora Fátima Santos, disse que Deus provará inocência. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
A professora Maria de Fátima Barros Santos, 54 anos, recebeu a reportagem de do portal em sua residência, na cidade de Valença do Piauí (a 210 quilômetros ao Sul de Teresina).
Secretária de Finanças de Lagoa do Sítio até o último dia de 2014, relatou que Deus provará a inocência do irmão. Sua confiança em Deus está no fato de ser evangélica. Ela diz que depois do crime o irmão se converteu também.
“Também estamos sofrendo. Quem conhece ele sabe que não seria capaz de fazer isso”. A professora diz que a família está unida e que a polícia sabe que o irmão não tem histórico de violência. Ela complementa questionando porque a investigação do fato foi realizado tão rápido.
Maria de Fátima assume que o irmão, por uma vez, manteve relações sexuais uma vez, há dois anos, com a empregada, também acusada pelo crime. “Mas ele não tinha coragem de matar nem uma galinha”.
“Queremos que haja uma investigação justa”. A família do prefeito é que está responsável por contratar a defesa do mesmo. O gestor de Lagoa do Sítio é defendido pelo advogado Lucas Vila, conhecido por atuar no Caso Fernanda Lages.
A casa em que ocorreu o crime continua fechada e está sob responsabilidade da família do prefeito.
MARIDO DE ACUSADA VIVE DIAS DE VERGONHA
Se alguém já foi condenado pelo crime que vitimou Gercineide Monteiro, foi a própria vítima e, entre o mundo dos vivos, o funcionário da prefeitura de Lagoa do Sítio: Francisco Moura, que atua na cidade fazendo as vezes de oficial de Justiça.
Pacato, tido por vizinhos como boa pessoa, calado e muito caseiro, Moura é esposo da empregada doméstica Noêmia Silva, encarcerada em Teresina. Ela é acusada de participação na morte da primeira dama de Lagoa do Sítio.
Francisco Moura, desde o crime, pouco sai de casa. Ele vive mais trancado na residência ou vai para a casa de parentes na zona rural da cidade (alguns desses lugares distantes quase 40 quilômetros do Centro).
A única pessoa realmente condenada é a primeira dama, que está enterrada. Foto: João Brito Jr. / O Olho.
A vergonha de ter sua esposa acusada pelo crime e o suposto romance, ou caso amoroso, que manteria com o prefeito, foram o auge da vergonha e da condenação por parte de quase toda a população da cidade.
Francisco Moura e Noêmia Silva moram na primeira casa do Conjunto Portelinha, no Centro de Lagoa do Sítio. É uma residência simples, com um pequeno cercado. Ao fundo nota-se criação de aves. Na casa moram ainda o filho e a nora do casal, que também sumiram desde o acontecimento trágico que marcou Lagoa do Sítio.
“Foi uma surpresa para todos nós. Seu Francisco é gente muito boa, já ela (Noêmia) não falava com ninguém. O povo continua achando muito estranho tudo isso. O povo está julgando ele, coitado”, contou o aposentado José Auri Pereira de Sousa, vizinho do casal.
As dúvidas, comentários, especulações e ainda novas histórias que o caso traz só são suplantadas por uma única certeza, gravada no portal de entrada/saída da cidade: “É sair e querer voltar”. Gercineide não voltou, está enterrada no cemitério da cidade. Seu espírito aguarda justiça. Sua memória tenta continuar viva para não ser mais uma no histórico de feminicídios do Piauí, geralmente insolúveis por conta do machismo tão presente em nossa sociedade.

fonte portal o olho

Funcionários do Hemopi acusam primo de Wilson Martins de nepotismo


Funcionários do Hemopi acusam primo de Wilson Martins de nepotismo

Diretor teria retirado funcionários alegando excedente de pessoal, mas ao mesmo tempo nomeou três primos e um tio para o Hemopi

Atual gestor do Hemopi, Jurandir Martins

Funcionários do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), organizam uma paralização de 70% do pessoal na próxima terça-feira (17/03). Os funcionários alegam falta de estrutura, material de trabalho e ainda acusam o diretor da prática de nepotismo.
Atualmente quem gere a pasta é Jurandir Martins, filho do ex-prefeito de Santa Cruz do Piauí, Jurandir Martins, primo do ex-governador Wilson Martins (PSB). Jurandir foi posto fora do cargo após ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI), que comprovou a prática ilícita de compra de votos.
Os funcionários afirmam que o gestor assim que assumiu a pasta devolveu 15 funcionários para a Secretaria de Saúde do Estado, alegando excedente de pessoal, mas ao mesmo tempo, nomeou quatro parentes, entre eles, três primos e um tio, além de manter outros 11 atuando avulso, mas que recebem por produtividade no Hemopi.
Diário Oficial do Estado revela a nomeação de todos os parentes do atual diretor 
Além desse pessoal, o gestor mantém mais outros 10 funcionários que são de outras pastas, mas que foram levados para o Hemopi.
Lista dos funcionários que são de outras secretarias mas que estão atuando no Hemopi e recebem pelo órgão
Relação de pessoas que trabalham no Hemocentro sem vínculo empregatício, colocados em 2011, com pagamento na produtividade GIMAS, e que ocupam o lugar de servidores concursados devidos à Sesapi pelo atual diretor do Hemopi
Os parentes nomeados por Jurandir e suas respectivas funções desempenhadas são as seguintes: Flávio Luís Martins Rodrigues (primo) para exercer o cargo de auxiliar administrativo; Igor de Aguiar Martins Santos (primo) para exercer o cargo de fiscal de contratos; James Brito Martins dos Santos (primo) para exercer o cargo de presidente da comissão de licitações; Ubiratan Martins dos Santos Segundo (tio) para exercer o cargo de coordenador técnico de interiorização.
Destes, Ubiratan Martins aparece na folha de pagamento disponibilizada no Portal da Transparência do Estado, ainda no mês de janeiro de 2015, como lotado na Secretaria de Saúde. O médico recebia vencimentos no valor de R$ 17 mil.
Médico tio de Jurandir já estava lotado na Secretaria de Saúde do Estado e recebendo mais de R$ 17 mil mensais
De acordo com o funcionário Levy Nunes Piauilino, integrante do Sindicato dos Funcionários da Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), a situação no órgão está insustentável. O mínimo necessário para que os funcionários possam atuar não está sendo fornecido.
Levy Piauilino alega que não há condições de trabalho no Hemopi (Foto: Nataniel Lima/OOlho)
"Hemocentro vive numa situação alarmante, falta material para trabalhar. Na última vez em que o Hemopi fechou por falta de material passou quase um dia sem atendimento, e as bolsas de sangue tiveram que vir de Fortaleza, todas emprestadas. Atualmente só temos 760 em estoque, o que durará somente uns 15 dias", revela.
Os funcionários reclamam ainda que nem mesmo o material de assepsia está sendo fornecido, e que faltam luvas, água sanitária, sabonete, desinfetante, detergente, hipoclorito, papel toalha e todos os outros itens básicos.
O sindicato diz ainda que o gestor tem alegado que uma dívida de mais de R$ 3 milhões, deixada pela gestão passada, não permite a atualização do quadro de profissionais, mas os funcionários não aceitaram a resposta.
"O Hemopi tem uma receita mensal de R$ 1,53 milhões e ele já está no cargo faz três meses. Se ainda não conseguiu pagar é porque é muito incompetente. Não justifica ele tirar funcionários de lá alegando excedente e ao mesmo tempo nomear parentes", denunciou.
Estoque de material no Hemopi está vazio (Foto: Sindespi)

fonte portal o olho

Protesto pró-Dilma reúne mil militantes, deputados e tem início de tumulto em Teresina

Kleber Veras, que se envolveu em um tumulto no início do protesto ao gritar palavras contra a manifestação pró-Dilma, passou mal e foi socorrido por uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele afirma que tem câncer no fígado e deve passar por uma cirurgia na segunda-feira (16/03).
Foto: Manoel José/O Olho
Na próxima terça-feira (17/03) haverá uma reunião às 18h na CUT com as lideranças de todos os grupos e partidos que participaram do ato hoje. O objetivo é avaliar o movimento e marcar novos protestos em apoio à Dilma Rousseff.
Atualizada às 17h29
O protesto já reúne mil pessoas na avenida Frei Serafim, Centro da capital piauiense.  O trânsito está totalmente bloqueado no sentido zona Leste.

 Foto: Manoel José/O Olho
 Foto: Manoel José/O Olho
 Foto: Manoel José/O Olho
EX-PETISTA GRITA "LEVEM A PETROBRAS" EM ATO PRÓ-DILMA E INICIA TUMULTO
O ex-militante petista Kleber Veras, um dos fundadores do PT no Piauí, ao lado do ex-secretário estadual de Educação nas gestões anteriores de Wellington Dias, Antônio José Medeiros, sofreu agressões em frente à igreja de São Benedito. Hoje ele não é mais ligado ao PT e ao passar no meio da manifestação, gritou: "Levem logo a Petrobras". Depois disso, iniciou-se um tumulto contido logo em seguida. Nesse momento os manifestantes estão fazendo uma caminhada na principal avenida de Teresina, a Frei Serafim.
Kleber Veras é afastado de conflito com manifestantes pró-Dilma em Teresina / Foto: Manoel José/O Olho
APENAS DOIS DEPUTADOS PETISTAS PARTICIPAM DE PROTESTO: FLORA E LIMMA
O deputado estadual Francisco Limma (PT) também está no manifesto e discursou no meio dos manifestantes. Ele diz que o que existe é uma luta entre pobres e ricos, onde a direita que é rica busca a todo custo entregar as riquezas do país, como a Petrobras, para os países ricos como o Estados Unidos. O parlamentar diz ainda que existe um movimento vindo da grande mídia, liderado pela Rede Globo. "A Globo é uma das que estão viabilizando esse golpe da direita. Existe um movimento dentro da grande mídia pra apoiar as ideias da direita e tentar a todo custo tirar o PT do poder", argumentou.
Deputado do PT no Piauí: Francisco Limma / Foto: Manoel José/O Olho
A deputada Flora Izabel (PT) também está presente no movimento e afirma que não é a primeira vez que o país passa por momentos de turbulência como esse. Ela destaca que na gestão do ex-presidente Lula houveram manifestos oriundos de segmentos conservadores que visavam a queda do governo, mas o país e a democracia resistiram. 
"Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Já quiseram tirar o governo do PT outras vezes mas a democracia resistiu e vai continuar resistindo. Nunca houve no país uma quantidade tão grande de dinheiro devolvido aos cofres públicos. Tudo enquanto for de dinheiro público tirado de forma ilícita vai ser devolvido e os culpados pagarão. Essa é a intenção do governo da presidenta Dilma", disse Flora.
300 manifestantes protestam em Teresina contra "golpe" para tirar Dilma do poder
Um grupo de aproximadamente 300 pessoas se reuniu por volta das 15h desta sexta-feira (13/03) na Praça da Liberdade, ao lado da igreja São Benedito, no Centro de Teresina. O grupo tem como pauta a defesa a presidente Dilma Rousseff (PT) e barrar os setores da sociedade e da imprensa, que segundo eles, está tentando dar um golpe de estado e retirar a petista do poder.
Foto: Manoel José/O Olho
De acordo com a professora Odenir Silva, integrante do grupo de defensores da educação, existe uma tentativa de querer tirar à força o atual governo. Ela diz que a população deve ser reunir para iniciar uma defesa da Petrobras. "Em todos os lugares existe corrupção, em todos os governos, mas apenas o atual governo teve coragem de escancarar os problemas e buscar resolver. Nós temos que defender a Petrobras e apoiar as ações do governo", diz.
Segundo os manifestantes as ações pró-Dilma acontecem em pelo menos 15 capitais neste momento. O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) diz que o golpe que se pretende dar por parte do segmento político mais conservador, visa unicamente levar para o capital internacional o pré-sal brasileiro. Ele diz que as ações partem dos senadores José Serra (PSDB) e Aluízio Nunes (PSDB).
Foto: Manoel José/O Olho
Foto: Manoel José/O Olho
A professora Lourdes Melo (PCO), uma das mais agressivas durante a campanha eleitoral de 2014, está junto ao movimento que visa a manutenção do atual governo no poder. Segundo ela, sua presença não significa uma mudança de ideologia, mas sim uma forma de mostrar que os partidos de esquerda estão todos contra o golpe pretendido pela direita.
"Não mudamos nossa opinião em relação ao governo. Quando estiver errado vamos falar, mas nesse caso não aceitamos o golpe que a direita quer dar no país. De forma alguma poderemos concordar. Devido a isso, estamos envolvido no movimento 'fica Dilma', é assim que seguiremos", ressalta.

fonte portal o olho