sábado, 18 de março de 2017

Estudantes revoltados denunciam a situação do transporte escolar no PI

Estudantes revoltados denunciam a situação do transporte escolar no PI


A situação do transporte escolar em Aroeiras do Itaim ganhou repercussão depois que estudantes da zona rural do município usaram as redes sociais para denunciar o estado do ônibus escolar encarregado de levar alunos da rede municipal e estadual de educação.
Em vídeos e fotografias, eles expõem o interior do veículo sujo, com uma porta que não fecha, bancos quebrados, uma janela estilhaçada e até um adolescente que teria se ferido nos vidros da janela quebrada. O veículo está sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação de Aroeiras do Itaim.
Uma estudante explica porque resolveu divulgar o caso nas redes sociais. “O ônibus está muito acabado, a gente corre risco de vida. A gente decidiu gravar o vídeo mostrando a situação porque a gente não acha justo um ônibus daquele jeito ser transporte escolar”, argumenta.
“O ônibus não tem condições de ir nas estradas, tem uma ladeira que é muito dificultosa para os alunos subirem a pé”, diz outra estudante. Segundo ela, todos os passageiros são obrigados a descer para que o veículo denunciado possa subir uma ladeira que faz parte do percurso até a sede do município.
Os estudantes protestam contra a mudança de veículo, pois, segundo eles, até o ano passado as comunidades da região eram atendidas por um ônibus com todas as condições para o transporte escolar, mas este teria sido transferido para outra comunidade do município, o que gerou revolta entre os pais e os estudantes.
“O carro que tinha que estar lá era o micro-ônibus que já tinha, com um motorista acostumado a trabalhar, não esse carro velho que botaram agora. Esse aí está lá porque não querem em lugar nenhum mais”, reclama o lavrador Josino Carvalho Moura, que tem três filhos que dependem do transporte escolar para frequentar as escolas do município.
A falta de estrutura do ônibus é denunciada também pela jovem Juliana Maria de Sousa, 22 anos, residente na comunidade Passagem Funda, aluna da rede estadual de educação. A jovem tem mobilidade reduzida, mas o veículo atual não oferece condições de acessibilidade. “Antes era [adaptado], mas agora é só um carro velho caindo aos pedaços”, critica a estudante.
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A reportagem do portal Grande Picos procurou a secretária municipal de Educação de Aroeiras do Itaim, Maria Fátima de Sousa Rodrigues. A gestora informou que a situação já está contornada e que o veículo filmado pelos estudantes já passou por uma revisão completa. De acordo com a secretária, o ônibus que antes transportava os adolescentes agora serve como transporte escolar para os alunos de uma creche municipal.
“A situação já está contornada. Os alunos ficaram chateados porque a gente fez uma troca do ônibus de uma rota por outro, por haver a necessidade da gente fazer a substituição do ônibus com mais segurança para transportar alunos de dois a seis anos”, explica.
Após a denúncia dos estudantes, Maria Fátima pontua que o veículo que aparece nas imagens foi levado para uma oficina mecânica e passou por uma revisão completa antes de retornar ao transporte dos alunos da região. “Hoje o ônibus está em risco de trafegar normalmente sem oferecer risco aos alunos, eles estão em segurança”, garante.
Fonte: 180graus.com/Com informações do portal Grande Picos

Em Parnaíba, João Henrique defende 'oposição mais estruturada'

Em Parnaíba, João Henrique defende 'oposição mais estruturada'


A Caravana Piauí em Movimento, do PMDB, chegou à cidade de Parnaíba nesta sexta-feira (17). Na ocasião, o vice-presidente regional do partido no Piauí e presidente nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), ex-ministro João Henrique de Almeida Sousa, voltou a criticar o fato de o PMDB ocupar cargos no governo e pediu uma oposição "mais estruturada".
"Estamos clamando para que se forme uma estrutura de oposição no Estado, para que se forme uma oposição mais estruturada, que já está acontecendo", declarou. Durante a palestra, ele comparou o governo Dilma Rousseff (PT) com o governo de Michel Temer (PMDB).
Esta é a terceira edição da Caravana Piauí em Movimento, que reuniu políticos, empresários, industriais e lideranças políticas de Parnaíba e de vários municípios vizinhos no prédio do Senai (Serviço Nacional da Indústria) da avenida Capitão Claro. 
Participaram da palestra em Parnaíba, o prefeito Mão Santa (SDD), o ex-governador Zé Filho (sem partido) e a deputada estadual Juliana Moraes Souza (PMDB), além de vereadores de Parnaíba e municípios vizinhos. O ex-governador Zé Filho disse que o ex-ministro é a única voz da oposição hoje que se expressa claramente contra o Governo do Estado.
Ainda sem partido, Zé Filho afirmou que vai se filiar a alguma sigla apenas no próximo ano. "Só vou decidir em março de 2018, depende de como as coisas vão acontecer", enfatizou.
Iniciativa da Fundação Ulysses Guimarães, a caravana tem por objetivo mostrar a situação do Piauí e discutir as perspectivas do estado para o futuro. Foi a terceira palestra do Piauí em Movimento – a primeira ocorreu em Piripiri, em janeiro, e a segunda em Floriano, em fevereiro. A ideia da caravana é percorrer as 15 maiores cidades do Piauí, incluindo a capital Teresina, até o final do ano, para levantar dados e debater sobre o que os piauienses querem e esperam para o futuro do Estado.

fonte cidadeverde.com


PRF apreende 22 canários em ônibus na BR-230 em Floriano

PRF apreende 22 canários em ônibus na BR-230 em Floriano


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu em Floriano, no km 305 da BR-230, 22 pássaros silvestres. A ação foi na noite desta sexta-feira (17). Os animais, conhecidos popularmente como "canário da terra", estavam em posse de um idoso com 63 anos, de iniciais F.G.O.
A apreensão aconteceu quando os policiais abordaram um ônibus que seguia de Brasília-DF para a cidade de Patos-PB e, ao verificar as bagagens dos passageiros, encontraram dentro de uma mala uma gaiola com os 22 pássaros.
Os canários estavam sem ventilação e correndo risco de morte. O homem disse à polícia que não possuía licença para transportá-los e que levaria os pássaros para Patos-PB. 
A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil de Floriano e os animais entregues ao IBAMA. O homem foi preso e enquadrado por transporte ilegal de animal silvestre.

fonte cidadeverde.com

Trio Armado Leva 10 mil em Assalto a Posto de Gasolina no Morro do Chapéu

Trio Armado Leva 10 mil em Assalto a Posto de Gasolina no Morro do Chapéu

fonte:diariodolonga


Três elementos armados realizaram na noite desta sexta – feira ( 17 ) assalto ao Posto Caraíbas na cidade de Morro do Chapéu. Durante a ação ocorrida por volta das 22 h, os bandidos invadiram o escritório do estabelecimento e arrombaram o cofre levando todo o valor, estimado em cerca de 10 mil reais.

Segundo informações, um vizinho ao posto percebeu a movimentação no local e acionou a polícia.
Policiais de Morro do Chapéu e a polícia de Esperantina estiveram no local realizaram diligencias na região mas ninguém foi preso.
Toda a ação foi registrada através de câmeras de segurança do local.

fonte http://emanuelsousamatiasolimpio.blogspot.com.br

SEM SALÁRIOS: MORTE DE RONALDO SERVE DE COMBUSTÍVEL PARA COVEIROS ENTRAREM DE GREVE EM CAMPO MAIOR

SEM SALÁRIOS: MORTE DE RONALDO SERVE DE COMBUSTÍVEL PARA COVEIROS ENTRAREM DE GREVE EM CAMPO MAIOR

Um caixão seguido por um melancólico cortejo entra pelos portões do Cemitério do Bairro Cidade Nova em Campo Maior. Em meio à tristeza, os amigos e parentes de Ronaldo da Costa, 35 anos, que faleceu na tarde da última quinta-feira (16) em decorrência de uma grave doença degenerativa tiveram um sofrimento ainda maior ao solicitar o sepultamento do jovem por conta da greve do coveiros que estão sem receber há três meses.  Numa Campo Maior sofrida com escândalos que envolve desfalque milionário na previdência própria, aposentados sem receber há 8 meses, obras inacabadas e serviços mal feitos, onde está difícil viver com serviços públicos deficientes, morrer tem se tornado um martírio ainda maior.


Desde janeiro, os coveiros dos dois principais cemitérios de Campo Maior não recebem seus salários. Ontem (17), durante o sepultamento, a dor da família de Ronaldo Costa serviu de combustível para  situação sair de controle e os coveiros cruzaram os braços e a cova do falecido teve que ser feito por um retroescavadeira em um canto isolado do cemitério graças a ajuda de amigos da família. O espaço mais distante foi o único local onde o maquinário poderia realizar o serviço sem danificar os demais túmulos e a sepultura de uma história de luta pela vida ficou ofuscada em um canto da casa dos mortos.
— Hoje, em Campo Maior, ficar doente é um problema. Morrer é outro problema. Se tiver um acidente e morrerem dez pessoas, não tem como enterrar — diz um morador vizinho do cemitério do Bairro Cidade Nova, que é testemunha da greve do coveiros de Campo Maior.
Os coveiros argumentam que, além dos pagamentos atrasados, a greve se justifica pela falta de condições de trabalho. Sem material adequado, os servidores cobram do prefeito Professor Ribinha, além do salário, a aquisição de mascaras de proteção e novas luvas. 

Secretaria Milionária não paga seu servidores
A secretaria que comanda os serviços do coveiros é a mesma que quer licitar 49 milhões para contratar uma empresa que visa lucro para cuidar da iluminação pública de Campo Maior.  Enquanto milhões são negociadas em uma reunião com meia dúzia de gente as portas fechadas, os familiários dos falecidos sofrem ainda mais em busca de ajuda de terceiros para enterrar seus entes queridos em Campo Maior.

fonte http://www.portaldeolho.com

Caso Felizardo Batista repercute nacionalmente e ginecologista é comparado a Roger Abdelmassih

Caso Felizardo Batista repercute nacionalmente e ginecologista é comparado a Roger Abdelmassih

Vítimas relatam abusos

Mais duas mulheres formalizaram denúncia na Delegacia da Mulher de Teresina e na Delegacia Geral da Polícia Civil do Piauí acusando o médico Felizardo Batista de violação sexual supostamente praticada durante exames ginecológicos e obstétricos. Os dois últimos registros na polícia ocorreram nesta sexta-feira (17). Até o momento já foram oficializadas nove denúncias.
Clínica Santa Fé
Clínica Santa Fé
Neste sábado (18), o site UOL divulgou uma reportagem contendo os relatos de duas das supostas vítimas do médico. As mulheres relataram à reportagem que se sentiram abusadas devido à forma como foram examinadas por Batista, mas por vergonha ou medo, não haviam procurado logo a polícia.
UOL entrevistou ainda o delegado geral do Estado, Riedel Batista, o qual chegou a comparar o caso com o do médico cassado Roger Abdelmassih, que foi condenado a 248 anos de prisão por estupro e atentado violento ao pudor cometido contra pacientes.
A investigação partiu da denúncia de uma das mulheres que se consultou com o ginecologista na maternidade Santa Fé, zona Norte de Teresina. Ela saiu chorando do consultório e afirmou que Felizardo Batista não teria agido com ética, tocando e olhando a paciente de forma não profissional.
O ginecologista negou as acusações de abuso sexual e afirmou estar sendo vítima de uma situação embaraçosa. Na época, a Clínica e Maternidade Santa Fé chegou a afastar o médico ginecologista, mas voltou atrás e continua em suas atividades ambulatoriais, já que até o momento não há nenhuma denúncia formal ao Conselho Regional de Medicina.
Por se tratar de investigação sobre violência sexual, o caso corre em segredo de Justiça para preservar a identidade das supostas vítimas. A polícia não pode repassar detalhes dos depoimentos.

Confira a reportagem do UOL na íntegra:

Polícia do Piauí investiga 9 denúncias contra obstetra por violação sexual*
Pelo menos nove mulheres formalizaram denúncia na Delegacia da Mulher de Teresina e na Delegacia Geral da Polícia Civil do Piauí acusando o médico Felizardo Batista de violação sexual supostamente praticada durante exames ginecológicos e obstétricos. Os dois últimos registros na polícia ocorreram nesta sexta-feira (17).
Segundo a polícia, as vítimas relataram que os supostos abusos ocorreram em duas clínicas particulares da capital piauiense, das quais o ginecologista e obstetra é sócio e faz parte do corpo clínico. Batista nega as acusações, continua trabalhando nos dois locais e sua defesa chama as denúncias de "inconsistentes".
A Polícia Civil informou que as denúncias de pacientes começaram a ser registradas em janeiro, quando uma mulher procurou a Delegacia da Mulher para abrir um B.O. (Boletim de Ocorrência) sobre a conduta do profissional. Depois que o caso foi divulgado pela imprensa local e a polícia garantiu que a identidade das denunciantes seria preservada, outras mulheres se encorajaram e procuraram a delegacia para também relatar supostos abusos.
"Nesta sexta-feira (17), atendemos mais outras duas mulheres que relataram supostos atos de violação sexual cometidos durante exames feitos pelo médico em questão. Agora já são nove relatos semelhantes dados por pacientes que não se conhecem e nunca tiveram contato com outras mulheres que também denunciaram a conduta do médico", disse o delegado-geral do Piauí, Riedel Batista dos Santos.
Por se tratar de investigação sobre violência sexual, o caso corre em segredo de Justiça para preservar a identidade das supostas vítimas. A polícia não pode repassar detalhes dos depoimentos.
Carícias e exames doloridos
O UOL entrevistou duas das supostas vítimas do médico sob a condição de mantê-las em anonimato. As mulheres relataram à reportagem que se sentiram abusadas devido à forma como foram examinadas por Batista, mas por vergonha ou medo, não procuraram logo a polícia.
Mariana*, de 29 anos, estava com 32 semanas de gravidez quando começou a sentir fortes dores e procurou o atendimento de urgência na Clínica e Maternidade Santa Fé. O médico plantonista era Felizardo Batista e ela não o conhecia – havia feito pré-natal com uma médica.
"Cheguei na Santa Fé porque estava sentindo muita dor. Ele pediu para entrar em outra sala para ser avaliada, era o exame de toque. Eu nunca tinha feito aquele exame antes. Quando ele fez, ele demorou e forçou muito, ficou doendo o canal vaginal. Durante o exame, ele ficou dizendo para eu relaxar e quando terminou, ele passou a mão no meu rosto e sorriu", contou a jovem, que precisou ficar internada.
"Achei muito estranha essa atitude do médico, mas meu esposo pensou o mesmo que eu na hora, que podia ser uma forma de 'apoiar' porque eu ia ficar internada. Fiquei sentindo incômodo no canal vaginal devido ao exame por quase dois dias. Depois, fiz três exames de toque com minha médica e percebi que realmente não dói, é um exame rápido, diferente de como ele fez comigo na maternidade", relatou a suposta vítima na quarta-feira (15).
Nesta sexta (17), a reportagem conversou com uma segunda pessoa que registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher denunciando a conduta do médico depois que viu que outras mulheres procuraram a polícia. Clara* contou que não tem plano de saúde e pela dificuldade de conseguir o exame ginecológico pelo SUS (Sistema Único de Saúde) procurou a Clínica Batista, indicada por ter preços populares.
"Quando vi a cara dele [no noticiário], com o nome, lembrei logo daquela situação que passei e, por vergonha, por medo, na época, não fui à polícia, mas agora está tudo aí. Nunca mais voltei naquele médico", contou.
Ela relatou que durante exame ginecológico, o médico teria acariciado as pernas dela, tocado em sua vagina de forma diferente e ainda feito perguntas sobre sua vida sexual que não eram relacionadas ao exame realizado naquele momento. 
"Quando deitei na maca, ele pediu para eu colocar as pernas para cima, no suporte, e começou a alisar minhas pernas dizendo: 'relaxe, relaxe!', isso sem luvas. Eu me contraindo e ele dizendo que eu relaxasse, abrindo minhas pernas e pegando na minha vagina. Fiquei morrendo de medo porque estávamos sozinhos na sala, não tinha enfermeira com ele. Depois, eu muito constrangida, sentei na cadeira para ver com ele a data da entrega do exame e ele ficou me fazendo perguntas sobre quando eu perdi a virgindade, se foi bom, se sangrou, se doeu", disse a mulher.
Um médico ginecologista e obstetra consultado pelo UOL nesta sexta-feira, que atua há pelo menos 25 anos em Maceió e tem seu nome aqui preservado por questões éticas, disse que para evitar mal entendidos durante exames ginecológicos, por serem realizados em áreas delicadas, é recomendada a presença de uma enfermeira na sala, inclusive para auxiliar na preparação da paciente. 
Ele explicou que o exame do toque, indicado no final de gestações e no trabalho de parto, não deve ser demorado e a paciente não sente dor durante e nem depois. O exame consiste em observar como se encontra o colo do útero e avaliar a dilatação para decidir pelo parto normal ou cesárea. O médico, com luvas e usando lubrificante, introduz dois dedos no canal vaginal até chegar ao colo e examinar se há abertura ou não do local. O exame não dura mais que um minuto.
Relatos semelhantes
As primeiras denúncias contra o médico Felizardo Batista começaram a ser investigadas pela Delegacia da Mulher em Teresina, onde foi registrado o primeiro Boletim de Ocorrência em janeiro. Porém, neste mês, a Delegacia Geral de Polícia decidiu designar uma delegada especial e mudou o local em que as oitivas estão ocorrendo.  Os trabalhos iniciados por Vilma Alves foram repassados para a delegada especial Carla Brizzi.
"O caso é complexo e requer atenção especial às vítimas. A Delegacia da Mulher tem outras demandas e, no início, observamos que as vítimas estavam muito expostas. A estrutura da Delegacia da Mulher não facilitava a oitiva da vítima preservada, por isso, mudamos para a Delegacia Geral", explicou o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista dos Santos.
"Há grande coincidência na conduta do médico relatada pelas vítimas. São pessoas que não se conhecem, de classe social diferente e relataram que sofreram situação similar durante atendimento médico. Por se tratar de caso com difícil prova testemunhal, o depoimento da vítima tem uma força maior", destacou o delegado, relembrando o caso do médico cassado Roger Abdelmassih, que foi condenado a 248 anos de prisão por estupro e atentado violento ao pudor cometido contra pacientes. Naquele caso, ocorrido em São Paulo, os depoimentos das vítimas tiveram maior peso nas acusações feitas contra o médico à Justiça.
A delegada da Mulher, Carla Brizzi, afirmou que já colheu depoimento de 20 pessoas, dentre vítimas, o acusado e testemunhas. O inquérito ainda não foi concluído devido à quantidade de denúncias e detalhes a serem apurados. A polícia solicitou à Justiça dilação de prazo para mais 30 dias para conclusão das investigações.
"O inquérito foi aberto com base nos três primeiros Boletins de Ocorrência registrados por mulheres contra o acusado. As demais vítimas fizeram Termo de Declaração, que é uma declaração inicial à polícia, mas agora, todas já registraram B.O.s, com depoimentos colhidos de supostas vítimas e testemunhas", explica a delegada, destacando que não pode repassar detalhes das acusações porque o caso está em segredo de Justiça.
Segundo a delegada, o caso se insere no artigo 215 do Código Penal, que trata na sua redação sobre o crime de violação sexual: "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima". A pena, em caso de condenação para quem comete este tipo de crime, varia entre dois a seis anos de prisão.
Outro lado
O advogado do médico Felizardo Batista, Palha Dias, informou que não vai comentar sobre o assunto porque "ainda não existe acusação formalizada". Dias disse que acompanhou o cliente durante o depoimento dado à polícia e que as denúncias são "inconsistentes".
O assessor jurídico do CRM-PI (Conselho Regional de Medicina), Ricardo Abdala Cury, informou que o órgão não vai se pronunciar sobre as investigações policiais sobre a conduta de Felizardo Batista, "pois o caso corre em segredo de Justiça". Cury se recusou a informar se existem denúncias contra o médico feitas por pacientes no CRM-PI, mas afirmou que o conselho apurará toda e qualquer denúncia que chegue ao CRM-PI.
A Clínica e Maternidade Santa Fé informou que não recebeu qualquer denúncia ou reclamação de atendimentos sobre o médico Felizardo Batista e que ele continuará atuando normalmente no corpo clínico. "O profissional de reputação ilibada em quase 30 anos que participa do Corpo Clínico da maternidade, sendo, atualmente, um dos profissionais mais requisitados pelas pacientes."
A Clínica Batista informou, nesta sexta-feira (17) que Batista continua trabalhando normalmente no local. A clínica afirmou que nunca recebeu denúncia de pacientes sobre a conduta do médico.
[Foram usados nomes fictícios a pedido das entrevistadas]
*Fonte:www.portalaz.com.br/com informações UOL