Delegado do Greco investiga mais um PM envolvido em fraude
Um sargento e seu filho estão entre os novos envolvidos. Greco já prendeu 11.
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado Greco investiga a participação de outro policial militar na fraude do concurso da PM. Um sargento, que não teve o nome revelado teria ligado para o tenente Elivaldo Moraes dos Santos, na manhã da aplicação da prova, e dito que "houve um problema" com o filho dele, que era um dos candidatos.
De acordo com o delegado Tales Gomes o sargento disse na ligação telefônica, que o celular do seu filho havia sido apreendido em um local de prova. O tenente Elivaldo teria respondido que é melhor não conversar sobre isso por telefone e pediu para encontrar o sargento pessoalmente.
Delegado Tales Gomes
"Tanto o sargento quanto o tenente Elivaldo não estavam escalados para trabalhar no dia do concurso, mas trocaram o plantão. O tenente Elivaldo ficou com a viatura o tempo todo próximo ao colégio onde a moça que passaria o gabarito fazia prova. Tanto o sargento quanto o filho dele e também o filho do tenente prestaram depoimento na manhã de hoje", explicou o delegado.
Depoimento
Durante o depoimento Riroshi Moraes filho do tenente Elivaldo Moraes dos Santos, admitiu que tinha conhecimento da fraude, mas garantiu que não aceitou ser beneficiado. O delegado Tales acrescentou que no dia da prova Riroshi foi revistado, mas não foi encontrado nenhum celular ou aparelho eletrônico com ele, o que condiz com o depoimento do investigado. Riroshi não quis falar com a imprensa.
"Mesmo que não tenhamos encontrado nenhum aparelho eletrônico com o Riroshi vamos solicitar ao NUCEPE o gabarito que ele marcou na prova para comparar com o gabarito da moça que iria repassar as respostas. A partir daí, poderemos dizer se há coincidências entre os dois gabaritos", declarou o delegado.
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
Tenente Elivaldo, preso na operação
Investigação
O delegado Tales disse ainda que uma outra jovem estava sendo investigada por ter tentado entrar com um aparelho celular no colégio Antonino Freire no dia da prova. Além disso há a informação de que a Polícia Militar sabia da possibilidade de fraude e não interferiu.
"Sabemos que um policial militar ligou para o 190 no sábado a noite anterior ao dia da prova. No domingo de manhã a corregedoria teria chamado o tenente mas o liberou e ele seguiu com a fraude. O que nós fizemos de sábado para domingo, foi comparar as ligações feitas pelo celular do tenente Elivaldo, com os inscritos no concurso. Pelo menos cinco números coincidiam com o do tenente", revelou o delegado.
Entre os cinco números encontrados no histórico do tenente, três confirmaram a fraude. Um deles era da moça que passaria as respostas e os outros dois de outros candidatos. Um quarto número seria de uma moça que desistiu de participar do esquema na véspera do certame e teria pedido mil reais de volta. "Ela foi revistada e foi provado que ela não portava celular. A Polícia também pedirá o histórico de mensagens de texto do celular do tenente Elivaldo", finalizou Tales Gomes.
fonte cidadeverde.com