sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Comandante Geral participa de solenidade no CANIL do 4º BPM em Picos
Hospital troca corpos e família tem que desenterrar pai que morreu de Covid
Foto: João Albert/Ccom
Uma troca de corpos no Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela causou transtornos a duas famílias nesta quinta-feira. A família do aposentado Boa Ventura Pereira Filho, de 68 anos, chegou a sepultar o outro corpo e só depois foi informada do incidente.
De acordo com o genro do aposentado, o vigia Acácio Fernando, o sogro estava internado há 15 dias com Covid-19, quando informaram que ele não tinha resistido. Ontem pela manhã uma das três filhas foi com o marido para reconhecer o corpo e retornar a Alto Longá (a km de Teresina) onde moram.
“Eles reconheceram e saíram porque tinham que entregar fechado. Como foi covid, não teve velório, só fizemos o cortejo até a localidade Nazaré, em Novo Santo Antônio, onde a mãe dele é enterrada e ele queria que fosse ao lado dela. Quando chegamos do enterro, umas três horas da tarde, meu cunhando recebeu a ligação de que tinha tido um problema na entrega do corpo e que era para levar de volta”, contou Acácio ao Cidadeverde.com.
Parte da família voltou ao cemitério para desenterrar o corpo entregue e retornar à Teresina. “Enterramos ele de madrugada, só fui eu, uma nora e o filho, porque ninguém mais teve capacidade de ir”, contou o vigia.
A outra família envolvida na situação é a do autônomo Almir Torres de Araújo, de 39 anos, que morreu no Hospital Natan Portela por complicações de uma infecção digestiva.
Após receber a confirmação do falecimento, o cunhado de Almir, José Orlando Gomes, deu início aos trâmites para liberação do corpo, acionado a funerária. No início da tarde, o equívoco foi percebido, já durante a preparação do caixão para o enterro. Nesse momento, a família deu início a uma corrida por informações que só foi encerrada no final da noite de ontem.
Por volta das 21h, a família decidiu registrar um boletim de ocorrência no 6º Distrito Policial. Minutos após o registro, a informação de que o corpo de Almir havia sido trocado e enterrado por engano em outro município foi comunicada.
"Eu consegui essa informação conclusiva já era quase 10 da noite. Eu estava no Distrito. Depois que eu registrei o B.O é que ligaram para mim dizendo que o corpo estava em Alto Longá e iam desenterrar e esse corpo chegaria até meia noite no Natan Portela", relatou José Orlando ao cidadeverde.com.
O corpo de Almir foi enterrado na manhã de hoje, no cemitério Santa Cruz, na zona sul da capital. Além do luto, a família também vivencia o sentimento de revolta com a situação enfrentada ontem.
"Era uma vida, que tinha família, um cidadão, trabalhador, pai de família. Era um ser humano e isso não se faz com ninguém, principalmente em um hospital em que a direção é do Estado, que a gente sabe que tem como fazer um bom trabalho", desabafou o cunhado.
O Hospital de Doenças Tropicais lamentou o ocorrido e informou que abriu uma sindicância para apurar as causas do transtorno e disponibilizou apoio de assistência social e psicologia para as famílias envolvidas.
Confira nota na íntegra:
"A direção do Instituto Natan Portela lamenta profundamente o episódio e pede desculpas pelo transtorno gerado aos familiares.
A direção esclarece que foi aberta uma sindicância para saber onde o protocolo de identificação de cadáveres foi rompido para esses pacientes.
Tão logo a gestão do incidente seja concluída, as famílias serão chamadas para uma tratativa a fim de terem conhecimento do que realmente aconteceu.
As equipes de assistência social e de psicologia do Instituto estão acompanhando o lamentável episódio e à disposição para prestar todo o apoio aos familiares das vítimas.”
fonte cidadeverde.com
Prefeitura de Picos é suspeita de computar uso de testes de Covid-19 sem que tenha realmente usado
Decisão da conselheira Waltânia Alvarenga determinou o afastamento temporário da presidente da Comissão de Licitação de Picos após inúmeras suspeitas
Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que também deverá ser embasada por inquérito da Polícia Federal no âmbito da Operação Reagente, segundo a própria Corte, evidenciou indícios de que a Prefeitura de Picos não teria comprovado a utilização de testes para Covid-19 comprados em meio já a aquisições supostamente superfaturadas com empresas suspeitas.
Trecho de uma decisão da conselheira do TCE Waltânia Alvarenga, relatora do caso, traz que:
"A Prefeitura Municipal de Picos-PI publica os atos relacionados ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus no sitio eletrônico específico referente à pandemia. A Secretaria Municipal de Saúde Picos, em 09/05/2020, havia utilizado 825 unidades de testes rápidos. Todavia o Boletim Epidemiológico, da mesma data, que apresenta todos os casos suspeitos no Município, relacionava 87 casos notificados, sendo 29 descartados e 57 confirmados".
A decisão, embasada em relatório de auditoria, constata ainda que:
"Do exposto, observa-se uma discrepância entre a quantidade de testes utilizados com os dados oficiais de testagem da população picoense, partindo o pressuposto que a utilização adequada da testagem deve ocorrer em indivíduos suspeitos e após o oitavo dia de sintoma. Assim, observa-se um descontrole e, consequentemente, a não comprovação de utilização dos testes rápidos contra os anticorpos da SARS-CoV-2 em favor dos munícipes daquela localidade".
AFASTAMENTO E PEDIDO DE EXPLICAÇÕES
No ato decisório, que também determinou o afastamento temporário da presidente da Comissão de Licitação do município Maria dos Remédios Gonçalves Monteiro, já por outras suspeitas, a conselheira Waltânia Alvarenga mandou citar o prefeito e o secretário de Saúde Waldemar Santos Júnior.
Este último terá a oportunidade de explicar nos autos como é que ele conseguiu esse engenhoso cálculo matemático de usar vários testes de Covid-19 sendo que os casos notificados - descartados e confirmados - não batiam com os números de testes utilizados.
fonte 180graus.com
PI: vendedora de lanches tem mercadorias destruídas e é agredida na frente de posto
O caso de uma vendedora de lanches que teve suas mercadorias destruídas e foi agredida na cidade de Bom Jesus, Sul do Piauí, tem causado muita indignação.
Barbara Moreira vendia lanches na frente de um posto de combustíveis, o Posto Café 2, quando foi proibida de trabalhar ali pelos proprietários do local, segundo informações repassadas ao portal.
"Foi a dona Catarina, a dona do posto, a 'Rainha da Cocada Preta', ela acha que esses três metros beirando a pista é dela, só pode, nem na área dela eu estou, estou na área do DNIT. Mas tem nada não, depois que ela esbagaçou tudo veio querer fazer acordo. Eu? Acordo? Não, a humilhação que ela me fez passar... Ela não chegou nem conversando, foi metendo a mão nos meus peitos, eu titubeei para trás e torci o pé", disse a vendedora em áudio.
A Polícia Militar logo chegou ao local e atendeu a ocorrência. O caso aconteceu às margens da BR-135 e a mulher aproveitava a sombra de uma placa do posto para tirar o sustendo da família. Na confusão, ela torceu o pé, que ficou muito inchado.
O caso gerou muita revolta e foi registrado na delegacia da cidade, que já ouviu as partes. Nas redes sociais moradores fazem uma campanha para que o responsáveis pela agressão sejam punidos.