Wilson Filho/Cidade Verde
Apesar da vitória nas urnas, o deputado estadual Fábio Novo (PT) ainda se demonstra ferido com as críticas feitas ao Partido dos Trabalhadores e seus candidatos durante a campanha eleitoral. Reeleito para mais um mandato na Assembleia Legislativa, o parlamentar defendeu que os adversários que adotaram tal postura fiquem na oposição a partir de 2015.
"Estou falando em meu nome. Eu sou do diálogo. Só que tem situações que não podemos dialogar. A opinião pública pôs algumas figuras na oposição e eu acho que elas devem se manter lá. Isso pelo forma que fomos ostilizados, pela falta de respeito durante a campanha", disse Novo, único deputado encontrado pelo Cidadeverde.com na Alepi na manhã desta segunda-feira (6).
Fábio Novo criticou a forma como a coligação "A Vitória com a Força do Povo" foi atacada. "Em política não se pode ter vale tudo. Deve se respeitar o adversário. Tivemos situações na campanha muito dolorosas. Eu disputei algumas eleições e no meu histórico não vi tantas agressões e desrespeito", comentou o deputado.
O discurso, no entanto, não se extende a todos os setores da futura oposição. Fábio Novo afirma que a base do futuro governo vai buscar alianças para ter maioria na Assembleia.
Por enquanto, a base de apoio a Wellington Dias terá 10 deputados. Os aliados do governador Zé Filho (PMDB) elegeram 20. "Esse é o preço que se paga quando se faz alianças. Temos a consciência disso. A nossa coligação elegeu 10 deputados e agora precisamos fazer uma composição para ter a maioria no parlamento. Com bastante serenidade, vamos discutir isso no momento certo", declarou Fábio Novo.
Novo governo
Fábio Novo comemorou a eleição do senador Wellington Dias para o governo, mas afirmou que é preciso trabalhar pela reeleição de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
"Quando Lula era presidente e Wellington governador, fizeram o Piauí evoluir e experimentar o maior crescimento do PIB. Agora nossa expectativa é continuar com essa evolução. Reduzimos a pobreza na última década e realizamos muitas obras. Mas ainda há muito o que fazer, e acredito que essa é a hora. Temos que reeleger a presidenta Dilma", disse.
Dilma no Piauí
O deputado Fábio Novo lembrou que o Piauí deu o maior percentual de votos para Dilma Rousseff no primeiro turno e lamentou que a presidente não tenha vindo ao Piauí durante a campanha.
"Acho que fomos discriminados. A Dilma teria que ter vindo ao Piauí ainda no primeiro turno, apesar de ter vantagem. Se ela tivesse andado mais e ouvido mais o povo, ela teria ganho ainda em primeiro turno. A Dilma é muito técnica e acho que ela se fechou. Apesar disso, continuo achando ela a melhor opção para o Brasil e para o Piauí, e vou continuar fazendo campanha para que ela seja reeleita", concluiu.
fonte cidadeverde.com