jornalista Roberto Marques ao lado do ex presidente Bolsonaro
Em um país marcado por contradições sociais, disputas políticas internas e externas e os desafios históricos na área da segurança pública, surgem, de tempos em tempos, figuras que quebram o molde e se tornam referências em múltiplas frentes de atuação. Roberto Marques, hoje reconhecido como uma liderança política de maior ascensão na direita no Piauí e em Teresina, representa um desses grandes nomes que emergem das bases, dos movimentos sociais, da força das ruas e da crença inabalável de que é possível construir um Brasil mais justo, democrático e seguro para todos.
Sua trajetória é uma síntese rara de militância, disciplina, coragem e habilidade estratégica. Do movimento estudantil ao rádio popular disc jockey, das artes marciais aos bastidores de campanhas eleitorais, da luta sindical à disputa por uma vaga na Câmara Federal, Roberto construiu uma jornada multifacetada, marcada por coerência ideológica e um profundo compromisso com as causas sociais.
Cresceu em uma realidade onde a desigualdade não era um conceito abstrato, mas uma experiência diária. Filho da periferia, desde cedo foi exposto às dificuldades enfrentadas por milhares de jovens brasileiros: escolas com estrutura precária, transporte público deficitário, falta de lazer e oportunidades.
Foi nesse cenário que floresceu sua consciência política. Ainda no ensino médio, envolveu-se com o movimento estudantil, onde, nos anos 80, foi diretor de escolas técnicas da UBEs nacional no Nordeste, onde teve um espaço tradicionalmente efervescente da vida pública brasileira. Atuou em grêmios escolares, fóruns de juventude, conselhos comunitários e sindicatos do segmento da segurança pública do Piauí, e em congressos pelo país, defendendo pautas como o passe livre, a merenda escolar de qualidade, o acesso à cultura e à educação integral.
Essa atuação precoce moldou suas primeiras habilidades como articulador político. Aprendeu a negociar com diretores de escola, a organizar manifestações pacíficas. Já falar em público era um tom natural. Sobretudo, aprendeu a ouvir. “Foi ali que entendi que política é, antes de tudo, escuta e empatia. Aprendi a ouvir a dor dos outros e tentar traduzi-la em ações concretas”, relembra.
Em entidades militares da Polícia Militar, Roberto se deparou com uma instituição complexa, estruturada sob forte hierarquia e disciplina. Teve também um breve envolvimento no segmento militar, vindo de família das Forças Armadas, com destaque na região Norte do Brasil, mas também marcada por desigualdades internas, falta de investimentos e uma cultura que muitas vezes marginaliza seus próprios profissionais da área de segurança pública.
Movido pelo senso de justiça que sempre o acompanhou, não tardou a se engajar nas lutas da categoria. Passou a atuar em entidades da PM do Piauí, entidades combativas que buscavam defender os direitos dos praças e garantir melhores condições de trabalho. Participou ativamente da cobertura e da participação em negociações com os governos, de campanhas por reajuste salarial, planos de carreira e tickets de alimentação, e, sobretudo, por uma reformulação humanista do papel da polícia na sociedade.
Seu perfil agregador e combativo, aliado à capacidade de se comunicar com diferentes setores — da base ao comando —, o destacou como uma voz ponderada, mas firme. Foi reconhecido por colegas como alguém que não temia enfrentar estruturas estabelecidas quando o que estava em jogo era a dignidade da tropa.
Fora do ambiente institucional, Roberto encontrou, nos anos 80, nas artes marciais um caminho de autoconhecimento, equilíbrio e defesa. Praticante dedicado da alta linhagem do Karatê Dô Tradicional e da arte mãe das lutas de chão, o temido Tai Jitsu, conquistou faixas e medalhas, mas, mais do que isso, incorporou ao seu dia a dia os princípios da disciplina oriental, autocontrole, respeito, perseverança e foco.
Esses ensinamentos se tornaram alicerces de sua conduta pessoal e política. “O karatê me ensinou a lutar sem precisar usar a força. Me ensinou que o verdadeiro combate é contra os próprios impulsos e fraquezas”, diz ele, sempre com um semblante calmo, mas assertivo e firme.
Na comunicação, comunicador nato, Roberto Marques também encontrou no rádio um poderoso instrumento de transformação social. Como radialista e jornalista de segmento, levou informação, cultura e debates a comunidades carentes na região do Grande Dirceu, muitas vezes esquecidas pelos grandes meios de comunicação, que são alinhados a grupos de interesses políticos do Piauí.
Seus programas, transmitidos por emissoras populares e redes sociais, abordavam temas variados: segurança pública, direitos dos cidadãos, cultura local, saúde mental dos policiais, juventude, políticas públicas. Tornou-se um elo entre as autoridades e a população, um canal direto entre o povo e os espaços de poder.
Além do microfone, trabalhou nos bastidores como assessor de comunicação institucional e, mais tarde, como marqueteiro político, ajudando lideranças locais a se conectarem com suas bases, sempre com ética e foco no conteúdo. Em todas essas funções, manteve o compromisso de usar a comunicação como ferramenta de empoderamento e conscientização.
Como um dos fundadores da direita no Piauí desde 2017, e com a vinda ao estado, naquela época, do então deputado federal Jair Messias Bolsonaro, em 2022, Roberto Marques decidiu dar um novo passo: candidatou-se a deputado federal, e se livrou de falsas bolhas direitistas oportunistas daquela época. Já com o conceito libertário conservador, seu ideal era levar ao Congresso Nacional uma plataforma centrada na valorização dos profissionais da segurança pública, no direito do cidadão de ter armas para defesa, na democratização da comunicação e no fortalecimento dos direitos sociais.
Sua campanha foi marcada por criatividade, engajamento popular e forte presença digital. Sem grandes recursos, apostou no corpo a corpo nas ruas, nas redes sociais, nas rodas de conversa e no apoio voluntário de militantes, estudantes, agentes de diversas forças policiais, agentes de segurança privada, militares das Forças Armadas e praticantes de artes marciais.
Embora não tenha alcançado a eleição, obteve conhecimento e respeito, consolidando seu nome como uma nova liderança política com raízes profundas nas lutas populares e institucionais. “A eleição foi só um capítulo. A caminhada continua. Cada voto foi um grito por mudança que ainda ecoa em nosso ideal”, afirma Roberto Marques.
O presente e o futuro de um líder em construção
Hoje, Roberto Marques segue sua atuação como ativista, comunicador, articulador político e defensor intransigente dos direitos humanos e da cidadania. Participa de fóruns e discussões nacionais sobre segurança pública e outras pautas libertárias, colaborando com campanhas de base e falando diretamente com o povo.
Aos olhos de muitos, é apenas questão de tempo até que assuma um cargo eletivo. Para ele, no entanto, o mais importante é permanecer fiel à sua origem e aos ideais libertários que o guiaram desde a juventude.
“Não estou na política por vaidade. Estou porque acredito que podemos viver em um país onde ser policial não seja sinônimo de opressão, onde o jovem da favela tenha oportunidades reais, até de ser um grande empreendedor ou quem sabe um grande empresário, onde a comunicação seja um direito de todos. Luto todos os dias por esse Piauí e por este Brasil.”
Em tempos de descrença, a história de Roberto Marques é um lembrete de que a política pode, sim, ser feita com propósito, coragem e humanidade.