Foi realizado, nesta segunda-feira (9), no Centro Cultural da Cidade de União, o I Seminário de Fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O evento abordou o tema a partir do âmbito de diversas áreas através de palestras com profissionais como promotoras de Justiça, delegado, psicólogo, entre outros.
Uma das palestrantes foi a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid) do Ministério Público do Piauí (MPPI), Amparo Paz. Ela destacou a prevenção a esse tipo de violência, bem como a importância da denúncia e o perfil dos homens envolvidos em contexto de violência doméstica no Piauí.
(Promotora de Justiça Amparo Paz).
“Nós temos que ter essa conscientização do respeito mútuo entre os gêneros para mudar a realidade da violência contra a mulher que presenciamos diariamente. É preciso mais do que prender os agressores. É essencial que seja trabalhada a mente desses homens para que eles não voltem a cometer os atos. Além disso, é fundamental cuidarmos das mulheres que passaram por essa situação e acolhê-las. Não pode ser só repressão. Dessa forma, a Rede tem que ser cada vez mais fortalecida para alcançarmos nosso objetivo”, frisa.
(Promotora de Justiça em União, Renata Márcia Rodrigues.)
Também participou do evento a promotora de Justiça em União , Renata Márcia Rodrigues, que conduziu o debate sobre a atuação da 1ª Promotoria de Justiça de União no Atendimento aos Casos de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. A palestrante ressaltou os números relativos à denúncias apresentadas por mulheres contra seus cônjuges no município.
“Muitas vezes, a vítima não se sente à vontade para fazer a denúncia. Durante 2019, por exemplo, foram à Delegacia de União 19 mulheres noticiar que teriam sido vítimas de violência doméstica. A maior parte é referente a ameaça ou lesão corporal leve. Nós sabemos que o número é inferior ao de casos reais e que, em muitas agressões são minimizadas. Dessa forma, a situação é delicada, pois tem a questão afetiva, o que, muitas vezes, desencoraja as vítimas a levarem a queixa adiante, deixando impunes os seus agressores. Precisamos de ações que estimulem as mulheres a reagirem e tomarem providências”, conclui.
fonte www.mppi.mp.br
Coordenadoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI
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