terça-feira, 9 de maio de 2023

Confira os detalhes da Operação Laje contra facções em Teresina

 De acordo com a Polícia Civil, a ação foi realizada no bairro Alto da Ressurreição, localizado na zona Sudeste da capital.

Nesta terça-feira (09), a Polícia Civil, através do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), deflagrou a Operação Laje, com o objetivo de cumprir mandados de prisão em nome de membros de organizações criminosas em Teresina.

De acordo com a Polícia Civil, a ação foi realizada no bairro Alto da Ressurreição, localizado na zona Sudeste da capital. A polícia informa também que 10 pessoas foram presas, sete deles em flagrante por tráfico de drogas e integrar facções criminosas.

Foto: Divulgação/ DRACOOperação Laje prende 10 membros de Facção em Teresina
Operação Laje prende 10 membros de Facção em Teresina

O coordenador do Draco, delegado Charles Pessoa, explicou que a operação teve como alvo uma construção não finalizada, que era utilizada como esconderijo pelos criminosos.

“Nós identificamos que naquele espaço, existia a presença de vários membros de facções criminosas. Eles utilizavam tanto para se esconderem das forças de segurança pública, como também atuavam com o próprio crime lá dentro, de tráfico de drogas, e também algumas ações relacionadas a essas facções criminosas”, disse.

O delegado Charles Pessoa, também informou que a Operação laje teve apoio de vários órgãos como o setor de inteligência da Polícia Civil, Polícia Militar, e Polícia Especializada.

“Identificamos que aquele espaço mesmo sendo uma propriedade privada era um prédio inacabado e estava sendo utilizado pela marginalidade. Com esse foco a gente combate as organizações criminosas. Nós deflagramos essa operação, que foi presidida e coordenada pelo Draco, mas contamos com o apoio de várias outras forças”, falou.

Ainda de acordo com o coordenador do Draco, foram apreendidas armas de fogo, dinheiro e anotações referentes a organizações criminosas no Piauí.

“Além da apreensão de várias pessoas, nós conseguimos apreender vários materiais ilícitos, como arma de fogo, drogas, anotações que fazem referência a facções criminosas e também dinheiro”, comunicou.

O comandante do Policiamento Especializado (CPE), o coronel Adriano Lucena, comentou que as forças de segurança do estado estão se empenhando para restabelecer a paz e tranquilidade da população.

 “O objetivo da operação foi alcançado, foram cumpridos todos os mandados de busca e apreensão nos alvos estabelecidos pela justiça. Ao nosso olhar, o aspecto mais importante dessa ação foi restabelecer a tranquilidade e a paz social naquela comunidade”, comentou.

Conforme a Polícia Civil do Piauí, o nome dado a operação se refere a construção não finalizada, que era utilizada pelas organizações criminosas como esconderijo e ponto de comercialização de drogas, além de depósito onde eram guardados material roubado.

fonte www.viagora.com.br

Lucas Pereira pede demissão do cargo de secretário de comunicação da PMT

 Jornalista alega que decisão foi pessoal e que pretende seguir novos rumos

O jornalista Lucas Pereira pediu demissão do cargo de secretário de Comunicação da Prefeitura de Teresina (PMT) nesta terça-feira (09). Ele estava à frente da pasta desde o início da gestão Pessoa.

portal apurou que Lucas deixou a gestão por motivos pessoais e que pretende exercer a advocacia, além de fazer uma pós-graduação. O gestor alegou que estaria sem tempo para cumprir outras atividades. Recentemente ele teve um filho. 

Lucas Pereira, secretário municipal de ComunicaçãoLaura Parente/ A10+
 
 
 

O jornalista foi indicação pessoal de Dr. Pessoa (Republicanos) e era considerado braço direito do gestor. Ele ficará no cargo até o prefeito nomear um novo secretárioA Prefeitura não se posicionou sobre a saída de Pereira até o fechamento desta matéria.

Veja abaixo a nota de Lucas Pereira sobre o caso: 

Entreguei no dia de hoje o cargo de secretário municipal de comunicação social da prefeitura de Teresina. Agradeço à confiança depositada pelo prefeito doutor Pessoa durante o período enquanto estive à frente da Semcom. Reafirmo o apreço e admiração pelo prefeito, um exemplo de integridade e honestidade. Deixo o cargo por decisão pessoal. Agradeço os colegas da imprensa pela parceria dispensada durante esses dois anos, agora irei me dedicar integralmente à minha carreira na área jurídica. Fico na semcom até o prefeito encontrar um novo nome para a pasta.

fonte a10mais.com

Suspeito de participação em assassinato de sobrinho de vice-prefeito de Palmeirais é preso

 Renato Carlos foi atingido por disparos de arma de fogo em novembro de 2022 em Teresina

A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) prendeu preventivamente nesta terça-feira (09) G.V. de S.F., suspeito de ter participado do assassinato de Renato Carlos Ribeiro Teixeira, motorista e sobrinho do vice-prefeito de Palmeirais, Macim Teixeira. Renato foi morto em novembro de 2022, na Avenida Gil Martins, zona Sul de Teresina.

De acordo com o relatório policial, G.V. de S.F. foi preso em sua residência localizada no bairro Saci, também zona Sul da cidade. No dia 30 de novembro do ano passado o suspeito, acompanhado de outro homem, assassinou Renato a tiros enquanto ele trafegava em seu carro pela Avenida Gil Martins. Dentro do veículo também estava a namorada da vítima, que sobreviveu ao ataque.

  

Renato Teixeira, sobrinho de vice-prefeito de Palmeirais, foi morto a tirosReprodução 

  

Renato foi atingido por pelo menos 5 disparos de arma de fogo. Segundo a polícia, a vítima e o suspeito teriam se envolvido em uma briga em uma loja de conveniência por conta de uma caixa de som. A polícia relatou ainda que o suspeito, em depoimento, afirmou que cometeu o crime por se sentir ameaçado por Renato. 

Ainda segundo a PC-PI, o suspeito afirmou que a vítima fazia parte de uma organização criminosa rival a que ele participava. O outro suspeito de participação no crime ainda não foi preso. O caso continua sendo investigado pelo DHPP.

fonte a10mais.com

Roberval Queiroz vai indicar a esposa, Vanicleudi Queiroz, para SAAD Sudeste II

 Foto: Reprodução redes sociais

O vereador capitão Roberval Queiroz (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (9) que vai nomear a presidente da Federação das Entidades Comunitárias do Piauí, Vanicleudi Queiroz, esposa dele para ser a superintendente das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) Sudeste II. 

Ela é fonoaudióloga e também atuava como diretora do UPA do bairro Renascença. 

Com ampla experiência técnica, o ex-secretário de Meio Ambiente, Agamenon Bastos, será nomeado para a superintendência executiva e vai ser o “número dois” na pasta. 

“O Dirceu é nossa região, é quase uma cidade, liderada por vários líderes comunitários. Os líderes acharam por melhor, pelo conhecimento, colocar a minha esposa, que é a líder da Federação das Entidades Comunitárias do Piauí e além do Dirceu, conhece as lideranças. É importante colocar uma pessoa também uma pessoa que tem renome como o Agamenon Bastos, tem uma experiência vasta com a engenharia de Teresina”, disse. 

Segundo o parlamentar, a SAAD Sudeste contará com recursos dos empréstimos que foram aprovados na Câmara Municipal para garantir a continuidade das obras. Hoje, a administração municipal conta com pelo menos R$ 1 bilhão em caixa em operações de crédito. Roberval Queiroz, inclusive, anunciou o primeiro projeto que tem para a SAAD Sudeste II: os novos gestores vão extinguir a via exclusiva de ônibus na Avenida Francisco de almeida neto para a construção de um novo estacionamento na área. 

O parlamentar também admitiu que pode deixar o União Brasil. Segundo ele, o seu destino partidário será decidido pelo prefeito Dr. Pessoa (Republicanos). 

Segundo apurou o portal, a outra parte da SAAD Sudeste deverá ser indicada pelo vereador Markim Costa (Sem partido). Já a SAAD Sul II será comandada por Juca Alves.

fonte cidadeverde.com

Jornalista Francisco Magalhães sofre infarto e é internado na UTI

 Foto: arquivo pessoal

O jornalista Francisco Magalhães sofreu um infarto na tarde desta terça-feira (9) e está internado no HTI (Hospital de Terapia Intensiva), do bairro Piçarra, zona Sul de Teresina.

O cardiologista Paulo Márcio divulgou agora há pouco o quadro de saúde do jornalista.

Segundo apurou o Cidadeverde.com, Magalhães estava sentindo um mal estar deste sexta-feira. Ao se consultar observou que estava com arritmia cardíaca e ficou no hospital em observação. Durante os exames, Magalhães teve um infarto e foi atendido de imediato. Inicialmente ele estava no HTI Norte (Rio Poty) e foi transferido para o HTI Sul.

Veja boletim: 

Gostaria de compartilhar a informação, autorizada pela família, que é verdadeira a notícia  que o Jornalista Magalhães apresentou quadro infarto agudo do coração. 

Trata-se de um infarto evoluído, e  com importante repercussão clínica. 

Foi submetido a cateterismo cardíaco que evidenciou oclusão total (100%) na origem da principal artéria do coração. 

Foi submetido a angioplastia com Stent deste vaso. O procedimento obteve sucesso, apesar do tempo de evolução do infarto. 

A nossa equipe de cardiologistas do Hospital RIO POTY fez a assistência ao paciente que seguirá internado em ambiente de UTI, para suporte intensivo a vida. 

O paciente encontra-se consciente, lúcido e respirando com suporte  de oxigênio. 

Dr Alexandre Adad 
Médico responsável pelo procedimento 
 
Dr Paulo Márcio Nunes 
Médico assistente do paciente

 

´Magalhães é jornalista político bastante conhecido no estado, atualmente trabalha na Band e divide bancada com a jornalista Nadja Rodrigues. 

 

Fonte cidadeverde.com

Corpo do vereador Wilden Brito é velado e sepultado sob forte comoção em Campo Maior

 O corpo do vereador Wilden Brito, de 56 anos, foi sepultado no fim da tarde desta terça-feira (09/05), no cemitério do bairro São João, em Campo Maior, sob forte comoção de familiares e amigos.

O corpo chegou por volta das 3h em sua residência, no bairro Paulo VI. Colegas vereadores, secretários e membros da comunidade em geral foram prestar últimas homenagens a Wilden.

Durante a tarde, por volta das 14h, foi realizada sessão solene com corpo presente na Câmara de Campo Maior, onde foi exaltado seu legado de trabalho e dedicação durante anos em prol da sociedade campomaiorense.

Foi realizada também uma celebração religiosa no plenário, antes do corpo seguir em cortejo por ruas da cidade até ao cemitério. 

Wilden Brito morreu na última segunda-feira (08/05) em hospital de Teresina, onde se encontrava internado para tratamento de saúde.

A prefeitura decretou luto por três dias.

THE: Perícia particular aponta responsabilidade da Mota Machado em alagamento de condomínio de luxo

 No último dia 09 de janeiro, nas primeiras horas da manhã de uma segunda-feira, uma forte chuva caiu na região da zona leste de Teresina. A imprensa local deu ampla cobertura para um sinistro ocorrido no Condomínio Mirante Theresina, construído pela Incorporadora cearense Mota Machado.

Durante o temporal as águas invadiram um canteiro de obras, de responsabilidade da Vanguarda Engenharia, que fica ao lado desse condomínio, e seguiram seu curso para em seguida alagar o segundo subsolo do Mirante Theresina, destruindo veículos de luxo e trazendo diversos prejuízos aos moradores.

O evento viria a pôr em rota de colisão a Vanguarda Engenharia e a Mota Machado. Ambas passaram a olhar para a obra da outra, apontando eventuais situações que teriam contribuído para o alagamento do prédio residencial.

FOTO: DIVUGALÇÃO/LAUDO PERICIAL
_Local da obra da Vanguarda
_Local da obra da Vanguarda

Passados quase quatro meses a Vanguarda Engenharia tornou público um laudo técnico oriundo de perícia contratada junto ao escritório especializado Avaliar Mercado.

As investigações teriam comprovado que nunca houve rompimentos de paredes como noticiado pela imprensa no dia do sinistro.

Os vídeos que circularam mostraram as águas tomando toda a área do canteiro e subitamente esvaziaram, como uma descarga.

Vários meios de comunicação, além das redes sociais, replicaram os vídeos à época informando sobre um suposto desabamento da contenção do subsolo do Condomínio Mirante Theresina.

A conclusão do laudo da perícia contratada pela Vanguarda aponta causa diferente.

“Comprovou-se também que na passagem das águas pluviais, houve uma captação descendente abrupta (vídeos internet) comprovando [que] essa captação fluída exagerada só se deu, devido à má qualidade do reaterro deixado pela obra do Ed. Condomínio Mirante Theresina, que funcionou como uma “peneira de vazios” pelo excesso de porosidade existente na granulometria encontrada dentro do canteiro de obras do Studio V, zona limítrofe a um nível entre (4,0m a -6,00m). Do lado interno do condomínio existente a área de drenagem - canteiro lateral localizado no subsolo 2, (vide fotos anexas) não funcionou como Retentor, mas sim como um Elemento de dinamização do Fluido Pluvial”, diz o documento.

“Afetando”, continua o laudo, “toda pavimentação e toda área deste pavimento conjuntamente prejudicando vários veículos, motos, bicicletas, objetos gerais, elevadores, etc. (Vício Construtivo e que gera Responsabilidade Civil Objetiva - visto que se comprova diretamente o DANO, O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O FATO E O DANO E A CULPA LATO SENSU (CULPA- IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA E OU IMPERÍCIA; OU DOLO DO AGENTE) Referência Código Civil Brasileiro, Lei Federal nº 10.406/2002)”.

FOTO: REPRODUÇÃO / MONTAGEM 180GRAUSFotos do dia
_Fotos do dia

Diz o laudo ainda que “nos dias subsequentes ao sinistro, o exato ponto de passagem ainda era um mistério”, mas que com o avançar das apurações e uso de várias técnicas, foi encontrado o que seria o elo entre os dois terrenos, o canteiro de obras da Vanguarda e a área do Condomínio Mirante Theresina.

“Quando a escavação chegou abaixo do nível de subsolo foi encontrado o exato ponto de conexão entre o terreno da obra e o Condomínio Mirante Theresina. Esse ponto de alívio de pressão, situação “sine-qua-non”, devido ao residual de solo nos níveis de (-3,00m) a (- 6,00m ) funcionaram como dreno em forma de embolo com diâmetro de percolação de quase 2m² (Rolha cilíndrica residual) resultante do fluído entre o canteiro de obras e o subsolo2, somente possível pelo número de reaterros encontrados logo após o sinistro”, diz trecho do documento que possui 1.126 páginas.

FOTO: REPRODUÇÃORetirada da página 36
_Retirada da página 36

Com isso, afirmaram, “comprova-se a total inadequação do aterro utilizado como substrato contra os princípios normativos da NBR 15.575/2015 (Norma de desempenho)”. E que “a destinação final inapropriada de resíduos sólidos vai contra toda a legislação ambiental em especial a lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais)”.

Ou seja, pelo laudo técnico a vazão da água para o condomínio Mirante Theresina só teria ocorrido devido a essas constatações e não por supostos buracos, rompimentos ou qualquer abalo na contenção do Condomínio Mirante, vez que a parede teria continuado firme, feito que teria sido verificado após o esgotamento das águas.

Em sendo assim, as águas teriam passado por baixo das fundações, entrando por uma jardineira localizada no segundo subsolo, onde não havia laje de concreto.

FOTO: REPRODUÇÃORetirada da página 36
_Retirada da página 36

Concluíram ainda:

“Após dias, contados a partir do dia 10 de Janeiro de 2023, o perito signatário e sua equipe, com mais de 40 visitas “in loco” entre canteiro de obras do Studio V, análises de campo e contorno, altimetria e planimetria das quadras que compõem o fluxo pluvial, testes de SPT (internos) a obra e ao condomínio, testes de percolação, testes e análises diversas em todo trecho da parede de contenção na faixa divisória entre o sinistro (condomínio / obra), uso de drone para mapeamento e projeção, uso de termografia pontual, uso de videoscopia entre os pontos suspeitos, mapeamento dos entulhos, medição do nível de alagamento, por fim e pela não documentação de projetos não recebidos com foco em drenagem, o laudo pericial enquadra o Condomínio Mirante Theresina em imperícia sobre o reaterro utilizado e os vícios endógenos de projeto. Imprudência no quesito temporal pela falta de entrega dos projetos de drenagem ao uso e manutenção do cliente condomínio até o momento do início das obras do Studio V, e Negligência do ponto de vista da lei de impacto de vizinhança, que ao se pedir o laudo do sinistro o mesmo ainda não tinha os documentos em mãos”.

LIXO NO “REATERRO”

Outro achado declinado no laudo é que a perícia técnica teria detectado “através das inspeções muito lixo de obra e resíduos inadequados e inapropriados para reaterro, encontrados nos níveis (-4,00m a – 6,00 m)”.

Entre os materiais catalogados na perícia estavam “sacos plásticos, latas, ferros retorcidos, maçaricos, residuais de tinta, banners, uniformes, restos de tapumes, etc”.

Esse laudo deve ser encaminhado à Delegacia de Meio Ambiente e à Procuradoria de Meio Ambiente.

MOTA MACHADO DIZ QUE TUDO OCORREU APÓS OBRA DA VANGUARDA

Ao responder a questionamentos do 180graus.com, com a íntegra das respostas disponibilizadas logo abaixo, a Incorporadora Mota Machado afirmou que “há 06 anos a Construtora entregou o empreendimento e, desde então, não houve intercorrência, sempre mantendo uma relação harmoniosa com os condôminos. Contudo, com o empreendimento realizado pela Vanguarda no terreno vizinho, viu-se que não houve os devidos cuidados de contenção”

E que “essa assertiva se baseia em perícia contratada, a qual concluiu que 'uma série de fatores resultou no incidente do alagamento do subsolo do Condomínio Mirante Theresina', notadamente, a ação da Construtora Vanguarda da 'redução do caminho de percolação, ocasionado pela escavação, sem a execução de uma nova estrutura de contenção', conforme atestado pelo Dr. Alan Scipião em nosso laudo”.

 O QUE DIZ O CONDOMÍNIO MIRANTE THERESINA

Diante de questionamentos enviados pela reportagem à gestão do condomínio, após envio do laudo técnico, foi dito:

"Acusamos recebimento do Laudo Pericial produzido pela Vanguarda Engenharia relativo ao sinistro Studio V. Inicialmente enviamos a nossos engenheiros contratados e assessoria jurídica para análise prévia. A discussão sobre o conteúdo apresentado no Laudo deverá ser objeto de discussão em Assembleia do Condomínio. Agradeço a preocupação ao tempo em que informo que todas as medidas estão sendo adotadas pelo Condomínio para recuperação dos danos causados".

O QUE DIZ O DONO DA VANGUARDA ENGENHARIA

180: Qual o posicionamento da empresa sobre o ocorrido?

Engº Jivago Castro: Desde os primeiros momentos entramos em ação para ajudar os moradores; fizemos um planejamento de guerra e conseguimos barrar a entrada de novas águas, naquele dia tinha previsão de mais chuvas; esgotamos nossa área e o subsolo do Mirante, tudo em menos de 24 horas. Após isso para nossa surpresa não havia nada rompido. Contratamos um escritório especializado em perícias para apuração dos fatos que deram causa ao evento. Agora recebemos o laudo após quase 120 dias de perícia e constatamos as causas que deram origem ao problema. Neste tipo de evento que envolve os moradores, outra empresa e seguradoras é preciso ir a fundo nas respostas, em perícia de engenharia legal não cabem respostas inconclusivas para um evento de tamanha magnitude.

180: Mas é possível apontar as causas? As chuvas contribuíram para o evento?

Engº Jivago Castro: Nossa obra está 100% aprovada, com todas as licenças e até aquela data, não havia apresentado nenhuma anormalidade, pelo contrário, estávamos desenvolvendo os trabalhos em bom ritmo e segurança. As chuvas são eventos previsíveis e tomamos devidos cuidados com as drenagens adjacentes. Mesmo com todas as chuvas as águas jamais poderiam ter chegado a quase 8 m de profundidade, tínhamos escavado uma cota de 4,00 abaixo do nível do terreno natural para assentamento de nossas sapatas e nesses trechos não havia reaterro indevido. Como engenheiro civil posso afirmar que mesmo com toda a chuva, seria mais provável um rompimento da contenção que as águas conseguirem percolar tão profundo e encontrar do lado interno do Condominio um ambiente favorável e facilitador para o evento.

180: O senhor poderia explicar melhor?

Engº Jivago Castro: Nossa perícia encontrou no ponto por onde as águas percolaram, áreas de drenagem com pequenos sumidouros, com as chuvas nestas áreas o solo satura perdendo estabilidade, assim temos uma pressão de água externa imensa e um solo sem resistência nesta interface, esse ambiente foi fundamental para o evento. No mesmo cenário a perícia comprova inconformidades de engenharia, uso indevido de material, falta de compactação, ausência de projeto de drenagem adequado e aprovado e também, construção irregular de sumidouro.

Com essa conclusão dos resultados vamos apresentar aos moradores e acionar os responsáveis judicialmente, quem não tem responsabilidade são os moradores, que adquiriram um imóvel de alto padrão e receberão uma contenção, item de segurança máxima, de péssima qualidade, reaterrada com lixo de obra e sem estanqueidade, pondo em risco a vida dos moradores e nossa obra prejudicada.

180: Mas suas afirmações são muito sérias, o senhor tem como provar isso?

Engº Jivago Castro:A perícia já comprovou o que deu causa ao alagamento de um segundo subsolo. As águas encontraram um caminho facilitado, um dreno oculto por toda a extensão da contenção deixado há mais de 6 anos; eu duvido que o proprietário desta empresa tenha mandado alguém fazer isso, não é racional que uma empresa faça isso, mas foi feito e trouxe prejuízos aos moradores e a nossa empresa; se não houve controle na obras isso pode acontecer. O laudo será encaminhado ao Ministério Público, Policia Civil, CREA/PI, ao Condomínio e às seguradoras.

Vídeo enviado pelo engenheiro: 

O QUE DIZ A INCORPORADORA MOTA MACHADO

Procurada pelo portal a Incoporadora Mota Machado respondeu a uma série de perguntas e disse que as respostas enviadas têm como base o Laudo Técnico Pericial, lavrado após inspeção in loco, assinado pelo engenheiro Civil Alan Scipião, CREA 15.010D.

portal: Qual o posicionamento da construtora sobre o ocorrido?

Mota Machado: Há 06 anos a Construtora entregou o empreendimento e, desde então, não houve intercorrência, sempre mantendo uma relação harmoniosa com os condôminos. Contudo, com o empreendimento realizado pela Vanguarda no terreno vizinho viu-se que não houve os devidos cuidados de contenção. Essa assertiva se baseia em perícia contratada, a qual concluiu que “uma série de fatores resultou no incidente do alagamento do subsolo do Condomínio Mirante Theresina”, notadamente, a ação da Construtora Vanguarda da “redução do caminho de percolação, ocasionado pela escavação, sem a execução de uma nova estrutura de contenção”, conforme atestado pelo Dr. Alan Scipião em nosso laudo.

portal: A construtora recebeu o laudo pericial produzido pela Vanguarda Engenharia?

Mota Machado: Não. Recebemos somente uma notificação técnica inconclusiva, relatando “que estão impedidos de tomar qualquer resolução técnica”, ocasião a qual foi enviada contra notificação à Construtora Vanguarda para questionar a comprovação das licenças ambientais permissivas para a obra, bem como o projeto de drenagem de águas pluviais aprovado, estes imprescindíveis à grande construção realizada no terreno vizinho ao Condomínio Mirante Theresina. Contudo, a Vanguarda nunca respondeu a Contranotificação expedida, bem como quaisquer dos documentos solicitados.

portal: A empresa prestou assistência aos moradores durante e após o ocorrido?

Mota Machado: Sim. O corpo técnico de engenharia civil da Construtora esteve presente em vários momentos in loco no Condomínio Mirante Theresina, além da inspeção realizada pelo Perito Dr. Alan Scipião, o qual buscou primeiramente averiguar a segurança e solidez da construção do Condomínio Mirante Theresina após o incidente provocado pela obra da Construtora Vanguarda no terreno vizinho. Pode-se concluir, após análise técnica especializada, que “o incidente não representa risco estrutural de colapso ou ruína do Condomínio Mirante”.

portal: Foi realizada perícia por parte do condomínio? Se sim, você poderia me disponibilizar?

Mota Machado:Temos ciência da realização da perícia técnica elaborada pelo Condomínio. Contudo, não tivemos acesso ao teor. Ademais, ressaltamos que nós realizamos perícia técnica, também de ciência do Condomínio.

portal: A empresa tomou providências para evitar novos alagamentos?

Mota Machado: Os alagamentos não têm qualquer relação com a construção do Condomínio Mirante Theresina. Conforme se pôde concluir, o alagamento foi consequência da ação praticada pela Construtora Vanguarda em terreno vizinho, em evidência de falhas procedimentais na contenção da obra, resultando no desmoronamento da via pública e, consequentemente, escoamento de toda água pluvial no terreno, conforme registro:

FOTO: REPRODUÇÃOImagem enviada pela Mota Machado
Imagem enviada pela Mota Machado

portal: A empresa utilizou resíduos de obra no reaterro da contenção?

Mota Machado: Não. Na obra do Condomínio Mirante Theresina não houve nenhum tipo de reaterro de contenção, sendo realizada seguindo todos os parâmetros técnicos estabelecidos em lei, além da prática da boa engenharia.

portal: Quais ações foram tomadas pela empresa para que o incidente não volte a ocorrer? Foi realizada a verificação da segurança nas demais ruas? Será conduzida a verificação?

Mota Machado: Tendo em vista que trata-se de um evento de causa externa, a indagação deverá ser respondida pela Construtora Vanguarda, responsável pelo evento de alagamento, ocorrido no terreno vizinho e que repercutiu, por consequência, no subsolo do Condomínio Mirante Theresina, na data de 09.01.2023.

portal: Quais medidas preventivas foram tomadas para que o incidente não volte a acontecer?

Mota Machado: Tendo em vista que trata-se de um evento de causa externa, a indagação deverá ser respondida pela Construtora Vanguarda, responsável pelo evento de alagamento, ocorrido no terreno vizinho e que repercutiu, por consequência, no subsolo do Condomínio Mirante Theresina, na data de 09.01.2023.

portal: Você acredita que novos alagamentos e incidentes da mesma magnitude voltem a acontecer?

Mota Machado:Os moradores do Condomínio Mirante Theresina estão receosos com a possibilidade de ocorrer novo alagamento no terreno vizinho e que possa repercutir novamente no subsolo do Condomínio Mirante Theresina, por dúvidas quando a segurança da obra gerida pela Construtora Vanguarda. 

fonte 180graus.com