Fotos: Portal do Rurik
Estudantes de uma escola no município de Buriti dos Lopes (a 281 km de Teresina) passaram mal e há suspeita de que elas tiveram um surto psicológico dentro do colégio.
Quatro alunas - todas do sexo feminino - foram levadas para o hospital da cidade com falta de ar, descontroladas, gritando e se debatendo. A escola abriu sindicância para apurar o caso.
Circulou informação de que as estudantes da Unidade Escolar Maria Teresa de Jesus Castro Teles estariam participando do jogo "Charlie Charlie Challenge", desafio que é uma releitura das antigas brincadeiras do copo e do compasso e se assemelha muito com o tabuleiro.
O diretor do colégio, Cícero Benício, disse ao Cidadeverde.com que os relatos eram de que elas não estavam jogando o desafio de "Charlie Charlie". Ele disse que conversou com a professora e alunas e informaram que inicialmente um estudante passou mal - com falta de ar e gritando - e ao socorrerem a jovem outras iniciaram em cadeia o mesmo sintoma.
"É um espécie de surto, difícil de descrever. Tivemos que chamar o Samu pois não é normal quatro pessoas tentando controlar uma adolescente de 13 anos", relatou o diretor.
Na sala estudam 35 alunos e durante o suposto surto, os outros estudantes que estavam no colégio ficaram amedrontados e saíram das salas. A escola ficou em polvorosa com a crise dos quatro estudantes.
A escola é municipal e atende 370 alunos do ensino fundamental na idade de 7 anos a 16 anos. O diretor disse que já ouviu estudantes relatarem que alguns brincam com o jogo "Charlie Charlie" e que sempre advertia para não participarem do desafio.
"Vamos apurar pra saber o que aconteceu, mas é um fato muito estranho, mas vamos buscar uma solução", admitiu o diretor.
Ele disse que acionará o CAPs para acompanhamento psicológico dos estudantes.
As alunas que foram levadas para o hospital tem na faixa de 13 a 14 anos.
Quadro de ansiedade
De acordo com a enfermeira Berenice Amaral, as quatro jovens deram entrada no Hospital Estadual Mariano Lucas de Sousa com quadro de ansiedade e foram liberadas por volta do meio-dia, cerca de 40 minutos após darem entrada na unidade.
“O hospital prestou socorro, todas foram medicadas, ficaram em observação e assim que se sentiram bem, e a família disse que já tinha as condições de levá-las para casa, elas foram liberadas. O quadro delas era de ansiedade”, contou a enfermeira.
Alegando não ter autorização para dar mais detalhes, Berenice disse que elas não chegaram a relatar o que estavam fazendo antes de passarem mal. “Elas não contaram nada. Chegaram muito nervosas, foram medicadas, ficaram em repouso e foram para casa”, disse.
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fonte cidadeverde.com