A feira de frutas e verduras localizada na Rua João Cabral, ao lado do Mercado Central, é bastante conhecida e visitada. Com produtos a preços mais acessíveis que em supermercados, é uma excelente opção para quem quer economizar. Porém, o local recebe constantes críticas com relação à limpeza, que deixa a desejar, principalmente após a suspensão desse serviço.
É o que conta a feirante Lúcia Monteiro, que trabalha na região há mais de 30 anos. Ela conta que, há 15 dias, o serviço de limpeza feito pela Prefeitura de Teresina foi retirado do local, obrigando os próprios feirantes a fazerem este trabalho. “Eu deposito a mercadoria que não serve mais em um tambor, porque a Prefeitura retirou os varredores e quem está tendo que fazer a limpeza é a gente. Nós varremos, chamamos esses moradores de rua para levar até um ponto de coleta e pagamos um valor simbólico para eles”, disse.
Clientes evitam comprar no local por conta do mau cheiro e sujeira (Foto: Moura Alves/ O Dia)
Segundo Lúcia Monteiro, nem todos os feirantes aceitam pagar para que o lixo seja despejado no container e acabam jogando no chão, o que deixa a feira com acúmulo de resíduos, causando mal cheiro e afastando os clientes. “A limpeza é muito importante porque estamos trabalhando com a alimentação e todo cuidado é pouco. As doenças surgem por falta de higiene adequada, então é preciso evitar sujeira. Sem os varredores, nossa situação ica complicada, porque nem todos os feirantes têm a consciência de manter seu espaço limpo”, frisa.
Consumidores reclamam
A dona de casa Francisca Sales conta que dificilmente frequenta a feira ao lado do Mercado Central, exatamente pela falta de limpeza do espaço. Ela conta que as frutas e verduras ficam próximas dos produtos que foram descartados, o que torna o ambiente favorável à proliferação de pragas.
“Isso faz com que surjam moscas, ratos, baratas e isso contamina os alimentos. Os feirantes vão jogando tudo no chão e ica uma verdadeira sujeira e quem compra no turno da tarde acaba levando um produto totalmente contaminado”, destaca.
Tatiana Maria Sousa também não costuma consumir os produtos vendidos na feira livre, sobretudo pela forma como as frutas e verduras são expostas. De acordo com ela, não há um cuidado devido com os alimentos que são colocados nas bancas, deixando-os vulneráveis à contaminação.
(Foto: Moura Alves/ O Dia)
“Os vendedores pegam em dinheiro e com a mesma mão tocam as frutas. Têm pessoas que até comem a fruta na hora, sem lavar, e ela pode estar contaminada. E também falta um cuidado maior com a limpeza entre as bancas, porque a gente vê que eles jogam tudo no chão, causando um mau cheiro”, finaliza.
Contraponto
Segundo o gerente de Serviços Urbanos da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Centro/Norte, José Pereira Neto, a limpeza do local onde os feirantes atuam, na Rua João Cabral, era feita diariamente nos turnos manhã e tarde. Contudo, esse serviço passou a ser feito em dias alternados, apenas pela manhã.
A limpeza da Rua João Cabral foi realizada no último sábado pelas equipes da Gerência de Serviços Urbanos, sendo feita três vezes por semana. Entretanto, o gerente garantiu que entrará em contato com a empresa responsável pela limpeza da região para regularizar e melhorar o serviço prestado.
fonte portal o dia