Deputado petista diz que partido vai superar desavenças com Ciro “em prol do Piauí”
“Acho que a política tem essa capacidade de juntar adversários", declarou o parlamentar
Os petistas podem até repudiar a presença do senador Ciro Nogueira no palanque de Wellington Dias, mas terão de engolir a seco e encarar o fato até o dia 07 de outubro. O deputado estadual Francisco Limma (PT) é um dos conformados com a situação. Apesar de deixar claro que PT e Ciro são “adversários”, o parlamentar fala em superar as desavenças em prol de “um bem maior, que é Piauí”.
Francisco Limma (Foto: Marcelo Gomes / Portal AZ)
“Acho que a política tem essa capacidade de juntar adversários, pessoas com quem convivemos de forma desconfortável, para um bem maior, que é o Piauí”, amenizou Lima. “Acho que dizer que lá não há pessoas chateadas, insatisfeitas, eu estaria faltando com a verdade, mas eu acho que uma coisa, às vezes, é superada ao longo do tempo”, acrescentou.
Inimigos ontem, aliados hoje
O PT nunca superarou o fato do Progressistas, por orientação de Ciro Nogueira, ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff (presidente da República entre 2011 e 2016). Assim como os demais apoiadores da derrubada, o progressista passou a ser repudiado pelos petistas e, de quebra, intitulado de "golpista".
Em outra fala, Francisco Limma tornou a abrandar o fato dos antes inimigos hoje estarem juntos. “Campanha é campanha, é como na guerra. Na guerra, dois vizinhos que não se falavam, por questão de sobrevivência, eles têm que se juntar para enfrentar o inimigo”, comparou.
“Tô nem aí”
Quem não levou o “golpe” em consideração, ao menos é o que parece, foi Wellington. Interessado em garantir votos suficientes para assegurar reeleição ao Palácio de Karnak, o líder governista acomodou Nogueira, desde o início, em seu time para em trocar tirar proveito do capital político do senador, que conseguiu levar para o Progressistas mais de 70 prefeitos piauienses.