Um caso inusitado chamou atenção na Câmara Municipal de Teresina na sessão plenária de ontem (10). O vereador Ismael Silva (PSD), tentou ir para a sessão de ônibus e devido a greve dos rodoviários o parlamentar só conseguiu chegar à casa em um transporte alternativo.
A crise do transporte na capital causou muita polêmica na sessão desta quarta, uma audiência pública foi aprovada para discutir a melhor saída para o sistema. Um grupo defende a municipalização como alternativa, já uma outra ala quer que uma nova licitação seja realizada.
Em entrevista, Ismael contou a “saga” para sair de sua casa, na Santa Maria da Codipi, Zona Norte de Teresina, até chegar a Câmara, cerca de 15 km distante. O vereador lamentou o drama sofrido pelos trabalhadores da capital.
“Na cidade sempre tivemos problemas no transporte público, sempre foi irregular e a tarifa não condiz com a qualidade do serviço. Hoje, a experiência que eu tive vindo de ônibus para a Câmara, foi a realidade que vivi até 2019 como usuário do transporte público. Para a minha surpresa, constatei que a decisão judicial, que determinou o retorno de 70% da frota, não foi cumprida. Só consegui uma van do transporte alternativo para vir para a Câmara, passei por vários pontos de ônibus e vi trabalhadores esperando a condução para o trabalho, uma situação lamentável”, revelou o vereador.
Já Edson Melo (PSDB) defendeu uma maior discussão com os empresários, que não são os únicos culpados segundo ele.
“O sistema estava em fase de implantação, veio a pandemia e a crise agravou, principalmente por falta de passageiro. Não é só problema técnico, é problema econômico. Tem que haver uma discussão para resolver a situação. Hoje em dia os próprios empresários de ônibus querem sair do sistema, dois já saíram. Não adianta a Prefeitura forçar a barra para funcionar se não existe uma solução imediata.
Já Edson Melo (PSDB) defendeu uma maior discussão com os empresários, que não são os únicos culpados segundo ele.
“O sistema estava em fase de implantação, veio a pandemia e a crise agravou, principalmente por falta de passageiro. Não é só problema técnico, é problema econômico. Tem que haver uma discussão para resolver a situação. Hoje em dia os próprios empresários de ônibus querem sair do sistema, dois já saíram. Não adianta a Prefeitura forçar a barra para funcionar se não existe uma solução imediata.
A municipalização não é solução, a tendência é a privatização e a discussão com os empresários”, finalizou o vereador.