Membros do MPPI participaram de evento alusivo ao Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado nesta quinta-feira (18) em Teresina. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da infância e Juventude (CAODIJ), Joselisse Carvalho, a promotora-corregedora, Ana Isabel e a psicóloga Liandra Nogueira representaram o Ministério Público do Estado do Piauí(MPPI).

No início do dia, foi realizada uma panfletagem no cruzamento da Av. Frei Serafim com Rua Goiás. A ação foi organizada pelo Comitê Piauiense de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes e teve o intuito de mobilizar e sensibilizar a sociedade para participar de ações de defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

Em seguida, as representantes ministeriais seguiram para o auditório Monsenhor Mateus, do Centro Pastoral Paulo VI, onde ministraram palestra alusiva ao tema. A coordenadora do CAODJI, Joselisse Carvalho, destacou a importância da ação e apresentou dados sobre a violência infantil no estado e esclareceu as diferenças entre abuso e exploração sexual. Ela explicou ainda como identificar os sinais de um explorador e como acionar a justiça para denunciar esses casos. “Temos uma lei irretocável. Todavia, na prática, ela falha. Fazemos parte de uma sociedade que é responsável por situações de violência. Por isso devemos trabalhar com a prevenção”, pontuou a promotora.

Em seguida, a psicóloga do MPPI, Liandra Nogueira tratou sobre os impactos da violência sexual na vida das vítimas. “Todos os conceitos individuais e coletivos, estarão afetados pelos efeitos da violência. Não temos um perfil único de abusador. Na maioria das vezes, são pessoas que estão no círculo social dessa vítima. O abusador se comporta de maneira comum”, destacou a psicóloga.

Ao final, a promotora-corregedora, Ana Isabel, abordou os pontos técnico-jurídicos do crime de violência sexual infantil. Ela apresentou os artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente que tratam do crime sexual infantil, e falou como isso é tratado no âmbito penal. Ela orientou que todos os casos conhecidos devem ser denunciados por meio do disque 100.