Após fim de greve, INSS levará 25 dias para atualizar trabalhos
Servidores passaram 78 dias com as atividades paralisadas. Cerca de 30 mil foram prejudicados.
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encerraram a greve de 78 dias em todo o Brasil. Técnicos e analistas retomam os atendimentos na próxima segunda-feira (05), os peritos continuam com as atividades paralisadas no Piauí, mas realizando a cota de atendimento diário.
Uma assembleia realizada na manhã desta sexta- feira (25) reuniu servidores em Teresina que discutiram como o trabalho será retomado e também revisaram a proposta enviada pelo governo de aumento de 10,8 %, sendo parte paga em agosto do ano que vem e outra em janeiro de 2017.
Fotos: Assis Fernandes/O DIA
Servidores votaram pelo fim da greve durante a Assembleia
Sobre o trabalho acumulado durante o período de paralisação, os trabalhadores traçaram metas para atender as demandas que ficaram pendentes na greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Piauí (Sintsprev-PI) afirma que, em pelo menos 25 dias, todo o trabalho estará atualizado e as demandas diárias seguirão normalmente.
"A Federação Nacional dos Servidores da Previdência (Fenasp) orientou que todos voltassem aos trabalhos e hoje estamos organizando nosso corpo de servidores para traçar metas de atualização do trabalho. Cerca de trinta mil piauienses ficaram sem atendimento nesse período nas 32 agências estaduais, mas estamos planejando ressarcir a população", disse Antônio Machado, presidente do Sintsprev-PI.
Antônio Machado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Piauí (Sintsprev-PI)
Os servidores reivindicaram reposição salarial de acordo com a inflação, incorporação das gratificações, paridade entre ativos e inativos, realização de concurso público para repor o quadro funcional e regulamentação das 30 horas de jornada de trabalho para todos os servidores, entre outras pautas.
Sobre as negociações com o governo, o sindicato afirma que esse período de paralisação teve um saldo positivo. "Nós tivemos muitos avanços, apesar de não ter sido como esperávamos, foi satisfatório. Temos um período de dois anos em que estamos voltando nossas atividades, mas ficaremos atentos a esse período de negociação para que, caso seja necessário, retornemos a greve", diz Antônio.
Os peritos continuam paralisados em uma greve que já dura 20 dias. De acordo com o delegado José Ribamar, da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), 80% da categoria já aderiu ao movimento.
As principais reivindicações são a reestruturação da carreira, adequação das condições de trabalho, redução da jornada para 30 horas e adequação nas rotinas administrativas.
Embora boa parte da categoria esteja paralisada, os peritos mantêm a cota de atendimento diário, respeitando o limite de 30%.
