segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Iaspi denuncia que hospital da Primavera fazia atendimento de forma equivocada

Iaspi denuncia que hospital da Primavera fazia atendimento de forma equivocada

Unimed havia denunciado que instituto não estava arcando com procedimentos

“Nos meses subsequentes à inauguração do novo hospital, o mesmo passou a realizar atendimento dos segurados do Planta de maneira equivocada e valendo-se do CNPJ do Hospital  Unimed Ilhotas, ora credenciado", diz a diretora geral do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público do Estado do Piauí – IASPI, Daniele Amorim Aita, que divulgou nesta segunda-feira (11), uma nota de esclarecimento a respeito da polêmica envolvendo o Instituto e os Hospitais da Rede Unimed no estado.
Daniela Aita (Foto: CCOM)
Daniela Aita (Foto: CCOM)
Segundo o Iaspi, o Hospital da Unimed Ilhotas tem denunciado a falta de pagamento pela realização de atendimentos dos segurados do Plamta. No entanto, o instituto destaca que, após a inauguração de uma unidade de saúde da rede no bairro Primavera, eles passaram a fazer atendimentos sendo que este novo hospital não está devidamente credenciado ao Iaspi, e sim, apenas o Hospital Unimed Ilhotas, e que inclusive ambos possuem CNPJ diferentes.
"Os procedimentos eram solicitados com o endereço e cadastro da pessoa jurídica do hospital localizado no bairro Ilhotas e realizados no hospital localizado no bairro Primavera”, diz trecho da nota na íntegra.
O Iaspi esclareceu que “a efetivação do processo de credenciamento dar-se-á pelo CNPJ da empresa, o qual é único e intransferível. Frisa-se que a conduta ora relatada é vedada tanto pelo Decreto nº 15.777, de 20 de outubro de 2014 (regulamenta o plano de médico de assistência e tratamento – Plamta) como por cláusula contratual, além de configurar possível inconformidade contra a administração pública. Ao sê-la detectada, através da auditoria, proibiu–se terminantemente a realização de atendimentos irregulares que estavam acontecendo”.
O instituto informou ainda que “a rede particular chegou a recusar o pagamento dos serviços prestados pelo Hospital Unimed  - Primavera, numa tentativa de associar esse pagamento ao credenciamento do hospital localizado na zona Norte. Ora, este Instituto tem ciência e sensibilidade para reconhecer que, embora possam ser irregulares, os serviços foram prestados e devem ser remunerados, e em nenhum momento se posicionou contra a efetivação do pagamento”.
O Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público do Estado do Piauí ressaltou ainda que mobilizou seu setor administrativo e jurídico para tomar as devidas providências quanto ao caso.

Confira a nota na íntegra: 

Nota de esclarecimento aos prestadores credenciados ao Plamta 
O vem, por meio desta, dar conhecimento à classe médica, bem como à sociedade piauiense, acerca dos últimos acontecimentos que envolvem o Instituto e os Hospitais da Rede Unimed no Estado, além das inverdades publicadas na mídia.
É de conhecimento público que o Hospital da Unimed Ilhotas é credenciado ao Plamta, plano gerenciado pelo IASPI. No segundo semestre de 2016 a rede Unimed inaugurou um novo hospital no bairro Primavera, nesta capital. O referido estabelecimento detém CNPJ diverso do hospital Unimed Ilhotas,(este credenciado junto ao IASPI) e seu credenciamento nunca fora efetivado por este Instituto. Dessa maneira, nunca estando habilitado para atender beneficiários do sistema IASPI/Plamta.
Visto isso, nos meses subsequentes à inauguração novo hospital, o mesmo passou a realizar atendimento dos segurados do Plamta de maneira equivocada e valendo-se do CNPJ do Hospital  Unimed Ilhotas, ora credenciado. Os procedimentos eram solicitados com o endereço e cadastro da pessoa jurídica do hospital localizado no bairro Ilhotas e realizados no hospital localizado no bairro Primavera.
A efetivação do processo de credenciamento dar-se-á pelo CNPJ da empresa, o qual é único e intransferível. Frisa-se que a conduta ora relatada é vedada tanto pelo Decreto nº 15.777, de 20 de outubro de 2014 (regulamenta o plano de médico de assistência e tratamento – Plamta) como por cláusula contratual, além de configurar possível inconformidade contra a administração pública. Ao sê-la detectada, através da auditoria, proibiu–se terminantemente a realização de atendimentos irregulares que estavam acontecendo.
A partir de então, a Rede Unimed principiou uma reação caluniosa frente em relação ao IASPI e vem tomando atitudes de modo a colocar a opinião pública contra este Instituto e forçar o credenciamento junto ao mesmo.
Dentre tais práticas, foram veiculadas notas inverídicas em jornais de grande circulação no Estado acerca de pagamentos não realizados e a não disponibilidade deste órgão para a resolução dos impasses existentes.
Informamos que o IASPI/Plamta está obedecendo a todos os ditames concernentes ao pagamento de seus credenciados que estão apresentando regularmente as faturas/notas dos serviços prestados. Ocorre que a Unimed não está realizando tal apresentação, que inclusive já fora solicitada por ofício, reiteradas vezes, para que o pagamento fosse realizado.
Além disso, após vários encontros realizados para negociação e entendimento, a rede particular chegou a recusar o pagamento dos serviços prestados pelo Hospital Unimed  - Primavera, numa tentativa de associar esse pagamento ao credenciamento do hospital localizado na zona Norte. Ora, este Instituto tem ciência e sensibilidade para reconhecer que, embora possam ser irregulares, os serviços foram prestados e devem ser remunerados, e em nenhum momento se posicionou contra a efetivação do pagamento.
De maneira simultânea, fora iniciada uma demanda consumerista no Ministério Público em face do IASPI, em que um paciente (pai de um dos diretores da Unimed no Estado do Piauí) fora internado no Hospital da Unimed – Primavera e requer ressarcimento sem mesmo ter protocolado pedido administrativo junto ao IASPI e ter enviado quaisquer guias de procedimentos para serem autorizados no que tange ao referido atendimento.
O litígio supra vem tomado proporções que ultrapassam o campo individual e está sendo usado como mais uma das várias tentativas da Unimed de credenciar a todo o custo o hospital situado no bairro Primavera.
Em arremate, informamos que todo e qualquer ato de credenciamento é discricionário, ou seja, é de livre decisão do administrador público, observados os limites da legalidade, da conveniência e da oportunidade. O IASPI/Plamta possui em sua rede credenciada grandes hospitais instalados em pontos estratégicos da capital Teresina capazes de atender toda a necessidade de seus beneficiários, de modo que inexiste demanda reprimida.
Não é enfadonho salientar que o Plamta é patrocinado pela contribuição do servidor público estadual e é notório que, diante da gama de cobertura que ele oferece, é um dos planos menos onerosos do mercado, o que permite depreender que todo o emprego de recurso deve ser minuciosamente estudado de modo a preservar a saúde de financeira do mesmo, pois sua receita não é tão vultosa quanto os custos.
Logo, qualquer credenciamento, por qualquer que seja, deve prescindir de uma análise técnica de impacto financeiro feita com probidade de modo a não comprometer todo o sistema e obedecer a uma série de especificidades inerentes à coisa pública, como é o caso da gestão de recursos financeiros e da responsabilidade administrativa.
Diante de todo esse imbróglio, salientamos que todas as medidas cabíveis, administrativas e jurídicas, estão sendo tomadas de modo que os segurados do IASPI/Plamta não sofram quaisquer danos. Reforça-se também o esforço da gestão do IASPI em continuar contribuindo para uma melhor prestação de serviços aos seus beneficiários e dependentes de maneira contínua e responsável, bem como de maneira transparente e objetiva para com seus credenciados.
Atenciosamente,
Daniele Amorim Aita
Diretora Geral do Iaspi

fonte www.portalaz.com.br

Prefeito baleado reconhece autor do atentado e polícia divulga foto do suspeito

Prefeito baleado reconhece autor do atentado e polícia divulga foto do suspeito


Prefeito acena após ser submetido a cirurgia em Teresina
O delegado geral Riedel Batista informou ao Cidadeverde.com que o prefeito de Riacho Frio,  Adalberto Mascarenhas (PSB), o Betim, reconheceu o autor do atentado ocorrido no último sábado (8). 
"Tanto ele como a mulher e o segurança reconheceram o autor dos disparos", disse Riedel.
Segundo o delegado, todas as hipóteses estão sendo analisadas, mas ainda não se confirmou crime político. A Polícia divulgou foto do suspeito. 
Policiais civis e militares continuam as buscas pelo principal suspeito de atirar contra o prefeito Adalberto Mascarenhas, no último sábado(08). Identificado como Saulo Antonio José, a polícia acredita que ele esteja escondido no matagal nos arredores da cidade. 
Segundo major Marlon Hortêncio, comandante do 7º BPM, com sede em Corrente (a 30 km de Riacho Frio), o suspeito já cumpriu pena no presídio, tem um mandado de prisão em aberto por roubo e ainda é apontado como autor do duplo homicídio em que os corpos foram carbonizados
“Ele é suspeito de ter matado o casal, porque populares o virão com a moto da vítima e é uma pessoa muito perigosa e tem atitudes de psicopata”, afirmou o major Hortêncio.
Sobre o atentado ao prefeito, o comandante revelou que desde a eleição ele o ameaçava e que agora “sua raiva teria aumentado com a chegada de mais polícia na cidade”. “Depois que os familiares denunciaram o desaparecimento do padrasto e da enteada, aumento o movimento de policiais e ele ficou com mais raiva do prefeito dizendo que ele tinha chamado a polícia”, explica o comandante do 7º BPM. 
Saulo está escondido no meio do mato. A polícia encontrou um local que ele teria possivelmente passado, mas já abandonou. “É questão de tempo conseguirmos captura-lo”, destacou major Hortêncio. 
O delegado Yure Aranha, titular da Delegacia de Corrente, informou que o prefeito Betim foi ouvido informalmente enquanto está hospitalizado em Teresina e que sua esposa e segurança também devem prestar depoimento. 
Sobre os corpos carbonizados, o delegado disse que está providenciando a remoção da ossada para o Instituto Médico Legal (IML) em Teresina para passar por exames que possam ajudar na identificação. 
Saulo Antônio José, suspeito de atirar contra o prefeito

fonte cidadeverde,com

Ministro garante liberação de R$ 500 mil para obras do CER de Parnaíba

Ministro garante liberação de R$ 500 mil para obras do CER de Parnaíba


Ao lado do senador Ciro Nogueira (PP-PI), a secretária da Educação, Rejane Dias, esteve em audiência, nesta segunda-feira, com o ministro da Saúde, Ricardo Barros.  Solicitaram a liberação de cerca de R$ 500 mil correspondentes à segunda parcela dos recursos previstos para a continuidade das obras do Centro Especializado em Reabilitação de Parnaíba Daniely Dias.

Os recursos foram garantidos pela secretária Rejane Dias, que, na condição de deputada federal, destinou emenda parlamentar no valor de R$ 4,5 milhões para a construção do centro. O projeto está orçado em R$ 5 milhões, incluindo a contrapartida do Tesouro Estadual. “É uma emenda impositiva e o ministro garantiu que vai liberar todo o recurso necessário para construção do Centro de Reabilitação”, assegura a secretária.
Apoio - Segundo Rejane Dias, o governo federal liberou, até o momento, R$ 100 mil para iniciar a obra, “que já está com uma medição de mais de 13 por cento”. O governo estadual contribuiu com a metade da contrapartida prevista.  “Estou muito feliz por poder contar com o apoio do senador Ciro Nogueira no sentido de agilizar a liberação desses recursos junto ao Ministério da Saúde e à Caixa Econômica Federal, porque a obra já foi iniciada.”
Cronograma – A expectativa é que o CER de Parnaíba seja entregue em setembro do próximo ano. “Nosso esforço é para que não atrase esse cronograma de execução da obra”, destaca a secretária Rejane Dias.
 O complexo de reabilitação funcionará na Rua Mira Rios, entre as Ruas “D”, Rua Fausto Barros e a estrada para o lugar Rosápolis, bairro São Vicente de Paula.
O CER de Parnaíba será a primeira unidade no território de desenvolvimento da Planície Litorânea a oferecer os serviços nas modalidades de deficiência física, visual, intelectual e auditiva, e terá a capacidade de atender, por mês, uma média 700 pacientes de Parnaíba e região. “Será no mesmo  formado do Ceir de Teresina, que hoje é referência no Brasil”, afirma. “O espaço vai contar com médicos especializados, terapeutas e outros profissionais da área de saúde.”
A ideia é construir outro centro de reabilitação de alta complexidade em Floriano a fim de promover a descentralização dos serviços, concentrados no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), em Teresina.

fonte cidadeverde.com

São Raimundo Nonato e Floriano recebem mutirões de exames práticos do Detran

São Raimundo Nonato e Floriano recebem mutirões de exames práticos do Detran

Ascom Detran

Ainda em setembro, as cidades Piripiri, Picos, Campo Maior e Paulistana receberão o mutirão de exames.

Ascom Detran
Testes de direção veicular no interior do estado (Ascom Detran)
O Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI), por meio da Diretoria de Habilitação, realiza, nesta semana, nas cidades de São Raimundo Nonato e Floriano, testes de direção veicular para obtenção da 1ª Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Na cidade de São Raimundo Nonato, os exames serão aplicados de 12 a 15 de setembro, com capacidade diária de 50 testes duas rodas, categoria A, e 50 provas quatro rodas, categoria B, C, D e E.
Já na cidade de Floriano, a banca realiza, nos dias 14 e 15 de setembro, com capacidade diária de 150 exames duas rodas, categoria A, e 250 testes quatro rodas, categoria B, C, D e E.
A banca de avaliação de testes práticos do Detran, ainda em setembro, estará nas cidades de Piripiri, Picos, Campo Maior e Paulistana. “Nosso intuito é descentralizar os serviços da capital, proporcionando agilidade e acessibilidade aos candidatos que residem no interior do estado a retirada da primeira habilitação”, informa Sandro Alves, diretor de Habitação do órgão.
As bancas são compostas por 42 examinadores e 5 secretárias, designados conforme legislação, pelo diretor-geral do Detran, Arão Lobão, além de possuírem curso específico para o exercício da função.

fonte http://www.pi.gov.br

MPPI recebe moção de aplausos na II Reunião Ordinária do Grupo Nacional de Direitos Humanos, em Florianópolis/SC

MPPI recebe moção de aplausos na II Reunião Ordinária do Grupo Nacional de Direitos Humanos, em Florianópolis/SC

Promotor de Justiça recebe troféu

Durante a II Reunião Ordinária do GNDH (Grupo Nacional de Direito Humanos), ocorrida em Florianópolis (SC) nos dias 04, 05 e 06 de setembro, o Ministério Público do Estado do Piauí recebeu moção de aplauso pela premiação do projeto a "Lei Maria da Penha nas Escolas: desconstruindo a violência, construindo o diálogo", executado em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por ter sido vencedor do 5° Prêmio de Educação em Direitos Humanos, na categoria B - organizações da sociedade civil e de educação não formal.

 Várias pessoas posam de pé durante evento

A cerimônia de premiação do 5° Prêmio de Educação em Direitos Humanos aconteceu na Universidade de Brasília no dia 30 de agosto. A premiação consistiu na entrega de diploma e troféu, além de uma viagem para participação no Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos, nos dias 23 e 24 de novembro de 2017, em Bogotá, na Colômbia, onde o projeto será apresentado às comunidades internacionais.

O Prêmio é uma iniciativa da OEI (Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura), em conjunto com o Ministério da Educação e o Ministério dos Direitos Humanos; tem o patrocínio da Fundação SM e conta com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para sua realização.
 Foto do troféu entregue
Oriundo de colégios públicos, Francisco de Jesus Lima, disse, em seu pronunciamento, que não poderia, agora, na condição de Promotor de Justiça, deixar de voltar às escolas e procurar desenvolver um projeto que pudesse mudar a realidade das mulheres vítimas de preconceito e da violência doméstica e familiar. Agradeceu pela moção de aplausos à tão honrosa premiação. “Cumprimento em especial àqueles que de modo sensível vislumbraram no nosso legítimo projeto piauiense uma forma de intervenção social com impacto de relevância na árdua luta pela igualdade de gêneros", declarou.

O promotor destacou, também, a forma comprometida com que a rede pública de ensino estadual acompanhou e foi "a verdadeira protagonista das nossas ações". Lembrou que a iniciativa inspirou peças teatrais, paródias, curtas-metragens feitos por alunas/os e refletiu no bom desempenho no Enem, quando o tema da redação foi a violência contra a mulher.
Reunião de comissão no GNDH

Mesa de honra em reunião de comissão do GNDH

fonte http://www.mppi.mp.br

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI

MPPI promove ciclo de palestras sobre bullying em Cristino Castro

MPPI promove ciclo de palestras sobre bullying em Cristino Castro

Promotor de Justiça fala para uma plateia formada por estudantes

O Ministério Público do Piauí (MPPI), em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), através da Promotoria de Justiça de Cristino Castro, e com o apoio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e da Cidadania (CAODEC), realizou, nos dias 4 e 5 de setembro, rodas de conversa sobre bullying em escolas da rede pública estadual de Cristino Castro. Cerca de mil alunos participaram das atividades.

A ação é resultado de um procedimento instaurado na comarca em virtude de um caso específico que reafirmou a necessidade de conscientização social para o manejo desse tema. A importância da cultura de paz e assuntos relacionados à violência física ou psicológica, intolerância religiosa, diversidade sexual e bullying foram abordados pelo palestrante José Phortela, nas Unidades Escolares Joaquim Parente, José Francisco Miranda, Centro Ed. Int. Adenauer e Escola Família Agrícola – EFA.

Plateia com vários alunos sentados
O professor explica que durante as rodas de conversa foi exibido o filme “Vista a minha pele”, que discute o racismo na educação. E que, após a discussão da temática, foram aplicados questionários que irão mensurar a realidade das escolas no que diz respeito a presença de bullying.

“A iniciativa foi muito bem acolhida pelas comunidades escolares, que revelaram grande interesse pelos conteúdos abordados e no desenvolvimento de atividades de prevenção e enfrentamento ao bullying escolar”, diz o palestrante.

O promotor de Justiça Roberto Monteiro Carvalho, que atua na comarca de Cristino Castro, destaca a relevância das atividades. "Durante visitas às escolas, procuramos esclarecer a comunidade escolar sobre essa temática e orientar gestores e professores sobre a necessidade de se aplicar os regimentos internos, bem como de se buscar na rede de proteção do MP o apoio para resolução de demandas que ultrapassem o âmbito escolar”, destaca Roberto Monteiro.

Mesa de honra em evento na escola

De acordo com a promotora de Justiça e coordenadora do Caodec, Flávia Gomes, a minimização do bullying depende de uma junção de esforços, envolvendo toda a comunidade escolar, ou seja, pais, estudantes, professores, funcionários, diretores e outras instituições da sociedade. "O Ministério Público pode servir de ponte para esclarecimento da sociedade sobre questões como essa. Estamos felizes em ver que é possível promover a mudança de postura no âmbito escolar e estimular a adoção de valores como a justiça, solidariedade e respeito ao próximo”, diz a coordenadora.

Sala de reuniões em escola. Promotor de Justiça reunido com membros da comunidade escolar.

fonte http://www.mppi.mp.br

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI

Tática do 8º BPM prende rapaz com cocaína e maconha no Dirceu

Tática do 8º BPM prende rapaz com cocaína e maconha no Dirceu


A Equipe Tática 02 do 8º BPM (CB Antonio e SD R Bezerra) sob o comando do Major Wilton e do Comandante da 2ª CIA Capitão Wilson em rondas pelo grande Dirceu, domingo(10), em conjunto com outros policiais na Operação Silêncio Total, a FT 02 aborda o cidadão Klismam Diogo de Sales Silva o qual foi encontrado 01 (um) Corsa hetch prata ,12,20 gramas de cocaína, 06 gramas de maconha e R $1.313,30 em dinheiro trocados, o veículo foi feito o procedimento de trânsito sendo rebocado. Tendo como vítimas a sociedade, o indivíduo foi conduzido para a Central de Flagrantes para os procedimentos cabíveis.
Foto_11092017_100901
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fonte http://www.pm.pi.gov.br

Em entrevista Exclusiva, relator do Caso Idepi fala de suspeitas na destinação de pagamentos

Em entrevista Exclusiva, relator do Caso Idepi fala de suspeitas na destinação de pagamentos

"Haveria o risco do dinheiro ser usado em outras finalidades, que não a finalidade das estradas"


* A entrevista reveladora, gravada, abaixo divulgada, com o relator do Caso Idepi no TCE, conselheiro Delano Câmara, foi concedida na Mesa Diretora do Plenário do Tribunal no último dia 22 de agosto, e durou cerca de duas horas.
Ela foi acompanhada pela assessoria de imprensa da Corte de Contas. Quando do retorno do profissional de imprensa do 180 a Brasília, algumas dúvidas ainda foram sanadas com o próprio relator.
_Foto: Assessoria de Imprensa do TCE...
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CORRUPÇÃO
O RUMOROSO, POLÊMICO E MILIONÁRIO CASO IDEPI...
- A previsão de movimentação em suposto esquema de estradas vicinais era de R$ 100 milhões...
- Há cerca de 13 empreiteiras investigadas, ex-gestores do órgão, empreiteiros, ex-diretores, engenheiros...
- Houve pressão sobre um membro do TCE para que não suspendesse os pagamentos, quando detectadas as irregularidades...
- Os pagamentos eram para ter sido feitos no final do governo Zé Filho, em 2014, a toque de caixa...
- Relator acredita que parte do dinheiro seria usado para outras finalidades...
MAIS SOBRE O ESQUEMA DE ESTRADAS VICINAIS NO PIAUÍ
- Esse caso, que ganhou contornos maiores no final do Governo Zé Filho, e, atualmente, ampla repercussão, possui 36 tomadas de contas especial no âmbito do Tribunal de Contas – que tem sido transparente na divulgação de informações...
- Ainda, 42 procedimentos investigatórios no âmbito do Ministério Público Estadual – que tem tido dificuldades no repasse de informações de interesse público...
- Levou jornalistas do 180 e o próprio portal a serem intensamente atacados, com o objetivo de desviar o foco da opinião pública; levou o portal a ser censurado judicialmente a pedido de um dos investigados; sendo que existe um pedido na mesa da juíza Lygia Sampaio, autoridade que fez baixar a censura, para retirar o meio de comunicação do ar. Atos que têm tido repercussão local, regional, nacional e internacional...
- Há no bojo dos procedimentos investigativos no âmbito do Ministério Público Estadual quebras de sigilos fiscal e bancário, e há novos pedidos nesse sentido encaminhados à Justiça pelo promotor Fernando Santos. Muito já foi noticiado. Mas por ordem judicial, o 180 teve que retirar várias matérias do ar...
- Os ataques e processos contra jornalistas e ao próprio meio, além do uso de delegacias para denunciações infundadas – tendo guarita de ao menos dois jornalistas que não cobrem o caso, foram intensificados no início do mês de julho de 2017, após 18 publicações do Portal 180graus, assinadas pelo titular do Blog Bastidores, autor dessa ampla e esclarecedora entrevista.
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_O relator, conselheiro Delano Câmara (Foto: TCE)...
A ENTREVISTA:
“O PAGAMENTO IRIA OCORRER NO FINAL DO GOVERNO [ZÉ FILHO]"
180: A primeira questão é sobre a economia em torno dessas obras quando o Tribunal de Contas começou a fiscalizar e abriu 36 procedimentos para apurar se as estradas vicinais do ano de 2014 tinham sido ou não concluídas.
Delano Câmara: O Tribunal de Contas, a partir de sua ação, economizou pelo menos 20% do valor e graças a nós termos [atuado]. Porque o pagamento iria ocorrer no final de mandato...
180: Isso em 2014, final do governo Zé Filho.
Delano Câmara: É. E com toda a pressão que eu recebi para não fazê-lo, eu, exercendo minha competência constitucional, dei uma medida cautelar inaudita altera parte (não ouvida a outra parte) bloqueando R$ 100 milhões que iriam ocorrer em pagamentos naquele mês [de final de governo].
180: Então o senhor está me dizendo que com a medida cautelar do Tribunal de Contas se economizou 20% aí de cara. Ou seja, já se economizou R$ 20 milhões.
Delano Câmara: R$ 20 milhões. E reconhecido pelos próprios empresários, que ao apresentarem as novas planilhas do que foi executado mostraram que as obras custaram menos do que realmente estavam estimadas originalmente. Se não fosse o bloqueio, o Estado teria gasto pelo menos R$ 20 milhões a mais.
180: Isso poderia ser chamado de desvio de dinheiro?
Delano Câmara: Poderia ser entendido, caso tivesse sido pago esses R$ 100 milhões, como desvio. Por quê? Porque não existia o serviço e teria sido pago. Inclusive, por obras que na época não tinham nem sido executadas. Elas foram executadas depois da ação do Tribunal e depois que nós suspendemos os pagamentos dos R$ 100 milhões.
180: Em todas as 36 tomadas de contas especial foram detectados problemas?
Delano Câmara: Em todas elas houve redução de valor, reconhecidas as reduções pelos próprios prestadores de serviço. Há um ou outro prestador de serviço que ainda hoje não reconhece o valor, mas não foi pago pelo valor cheio. Em todas só foi pago pelo valor reduzido, que de cara não havia sido feito.
180: Certo. Dos R$ 100 milhões, ficou então R$ 80 milhões. Uma questão, aqui seguindo o roteiro mental da entrevista: o senhor acredita, pela sua experiência de conselheiro, que se o TCE não tivesse batido em cima, após denúncias, os pagamentos teriam seguido seu curso normal, sem que ninguém fosse questionar?
Delano Câmara: Com certeza, como em dezenas de obras, acontecem pagamentos com mil falhas ou itens de serviço que não foram executados. Por isso que é importante a denúncia por parte da sociedade, quando ela vê uma obra com uma placa e vê que não está sendo feita, ela trazer a denúncia. Quantas denúncias de valores menores o Tribunal não já suspendeu por decisão cautelar, uma medida monocrática, e que graças a isso o prestador de serviço percebeu que poderia, se não fizesse, não receber, e foi lá e fez, executou. E mais: percebeu que se ele deixasse sem fazer poderia resultar depois em uma ação penal e ele ser responsabilizado penalmente. Então ele teve aquele cuidado de ir logo lá e fazer quando viu o problema.
180: R$ 20 milhões são indiscutíveis. Já de cara, era sobrepreço, reconhecido inclusive pelos próprios empreiteiros...
Delano Câmara: A maioria deles. Aqui, acolá, algum empreiteiro entende que não e pretende ir ainda ao poder judiciário para reaver esse valor que acham que têm direito. Eles já manifestaram isso.
180: Entendo, fica R$ 80 milhões. Entre o que sustenta a área técnica do TCE e o que defendem os empreiteiros, quantos milhões ainda tem aí em dúvida se foi ou não legal o pagamento?
Delano Câmara: Eu acredito que mais outros 20%.
180: Em cima dos R$ 100 milhões ou dos R$ 80 milhões?
Delano Câmara: Dos R$ 80 milhões.
180: Em cima dos R$ 80 milhões?
Delano Câmara: 20% ou 30% em cima dos R$ 80 milhões. Eu acho que discutível, de forma muito forte. Você também tem outros vícios formais. Há entendimento que só pelas simples formalidades poderia gerar multas altas proporcional aos danos causados.
180: Está chegando, ou já chegou, um veículo móvel na Corte que faz fiscalizações com alta precisão, não isso?
Delano Câmara: É um laboratório de estradas para que a gente possa, claro, se o custo benefício valer à pena, a gente colocar nessas obras.
_O Laboratório Móvel (Foto: TCE)...
180: Então se permanecer esse entendimento dúbio entre a área técnica da Corte e a palavra dos empreiteiros, o senhor vai solicitar que esse veículo móvel, que é superequipado, faça essa inspeção, para mensurar a feitura dessas obras?
Delano Câmara: A parte das dúvidas, do que há de dúvidas, com relação a essas obras, sim.
180: Então aí complica um pouco, porque o senhor disse que haveria indícios, agora iria passar a ter provas robustas e reais.
Delano Câmara: É. Eu vou passar a ter a prova e o elemento do que é e do que não é. Agora existem coisas que não têm como mensurar três, quatro anos depois, porque a chuva carreou.
180: O senhor acredita na área técnica do Tribunal de Contas?
Delano Câmara: Eu acredito na área técnica do Tribunal, mas o que acontece, muitas vezes o técnico está tão apaixonado por aquilo, e eu já me vi apaixonado em alguns processos, e eu tenho esse cuidado, sempre que me vejo apaixonado ou com raiva, às vezes você quer ver e quer crer naquilo, porque há todos os indícios. Só que a área técnica não é jurídica, ela é técnica. Ela vê o aspecto da engenharia. E eu não posso construir um processo frágil, baseado em vários indícios, que possa ser levado ao poder judiciário e no poder judiciário ser derrubado.
180: O senhor diria então que os relatórios técnicos do TCE, nessas obras do IDEPI, eles são bons, ruins, péssimos...
Delano Câmara: Eles são muito bons. Os relatórios são muito bons, mas foram feitos pelas mãos humanas, e podem ter uma ou outra falha pequena, e essa falha pequena nós devemos, no nosso julgamento, no meu julgamento, excluí-la por completo. E seu eu não excluir, eu acredito que o plenário vai colocar algo indubitável, para que não seja questionado judicialmente. Para que se for questionado judicialmente, nós tenhamos provas e elementos suficientes para que não seja derrubado no poder judiciário. Então nós vamos construir uma decisão que não seja possível de ser derrubada no poder judiciário. A minha preocupação é construir a solidez do Tribunal de Contas.
180: Certo. O senhor disse que quando foi expedir a medida cautelar para barrar os pagamentos que totalizavam R$ 100 milhões no final do governo Zé Filho, o senhor sofreu muita pressão. De quem foi essa pressão?
Delano Câmara: Eu prefiro não dizer de quem foi.
180: Foi de gente do governo ou das empreiteiras?
Delano Câmara (Sorrir): Não. Não vem ao caso. Mas eu posso lhe garantir que só faltou o padre vir aqui.
180: Pedir para que não fosse suspenso o pagamento?
Delano Câmara: É. Pedindo para que não fosse suspenso. Assim como havia o pedido de várias pessoas da sociedade para que fossem suspensos os pagamentos. Houve pressão dos dois lados. Houve pedido para suspender e pedido para que não fosse suspenso. Mas nós tomados uma decisão, que entendemos, foi melhor para a sociedade, porque ali nós estávamos preservando o patrimônio público, o patrimônio de toda a sociedade brasileira.
180: Mas há alguns pagamentos liberados depois dessa cautelar e houve também umas decisões contraditórias, e o leigo que ler, quem leu - eu já me debrucei sobre grande parte do processo - tem dificuldades. Mas houve decisões da suspensão da suspenção da cautelar que suspendia o pagamento. E o Ministério Público de Contas não tinha sido ouvido, reclamou e torna-se a suspender os pagamentos. Não é isso?
Delano Câmara:  É. O que acontece? Como era final de mandato não deu tempo o plenário apreciar. Era uma medida cautelar minha, monocrática, que suspendeu os pagamentos. Era final de mandato, ficou mesmo suspenso os pagamentos. E conseguiu virar de um mandato para o outro.
180: Isso foi para um outro governo diferente.
Delano Câmara: Nós, através de uma decisão monocrática, conseguimos frear isso daí e conseguimos botar a fiscalização em cima. A partir daí verificou-se uma série de problemas e mesmo no que foi pago, mesmo com essas suspensões de idas e vindas - porque Tribunal de Contas são várias cabeças pensantes. Eu não sou o dono da verdade...
180: O senhor diz aqui, no Conselho, não é?
Delano Câmara: Aqui no Conselho. Então cada um tem seu entendimento, suas convicções, e dentro de suas convicções entenderam que nós não poderíamos fazer a suspensão daquela forma. Então suspenderão a suspensão.
180: Essa decisão de suspender a decisão que suspendeu o pagamento foi do plenário...
Delano Câmara: Foi do plenário. Além disso...
180: Foi por pressão?
Delano Câmara: Não, não, acredito que não. Mas sim o aspecto jurídico. Por que qual foi o fundamento da minha decisão de uma cautelar inaudita altera parte? Uma cautelar é baseada no fumus boni iuris, que é a fumaça do bom direito, e no periculum in mora, o perigo da demora...
180: Ao dar a cautelar, o senhor ali viu que haveria isso?
Delano Câmara: Os dois estavam presentes. Onde é que estava a fumaça do bom direito? Havia realmente indícios de que as obras não custariam aquilo. Havia indícios de que poderia ser pago. Era um final de mandato. Se fosse pago, haveria como recuperar esse dinheiro? Não havia. Porque já ia mudar de governo. Além disso havia o risco desse dinheiro ser usado com outras finalidades, que não a finalidade da obra.
180: Inclusive, para tampar gastos eleitorais?
Delano Câmara: Isso quem está dizendo é você.
180: Eu estou lhe perguntando.
Delano Câmara: Haveria o risco do dinheiro ser usado em outras finalidades, que não a finalidade da obra. Qual a finalidade, eu não posso afirmar. Não tendo mais perigo da demora, porque é um novo governo, que tem quatro anos para ele apurar a responsabilidade, ser responsabilizado, [houve nova decisão]. Aquele [governo] estava no final. Então, o plenário do TCE, que é o entendimento dele, tem que ser respeitado. Não posso afirmar que foi pressão, porque eu não acredito que nenhum conselheiro julga pela pressão. Porque todos têm vitaliciedade, inamovibilidade, então...
180: Mas tem amizades.
Delano Câmara: Dificilmente eu acho que alguém vai julgar alguma coisa pela amizade. Quando a pessoa tem amizade, a pessoa se julga suspeita. A pessoa alega o fórum íntimo e não vai julgar aquele processo que a amizade possa comprometer a isenção. Então nenhum conselheiro aqui, eu acredito, não iria atrair para sim um processo, um problema. Então se ele tem um amigo, ele ou julga de forma imparcial ou ele, diante dos direitos e garantias, ele normalmente se julga impedido, suspeito e não vota naquele processo.
180: Mas retomando, depois que o plenário suspendeu a suspensão de mandar pagar, novamente houve um outro impedimento, mandando não pagar.
Delano Câmara: É que começou a se verificar alguns problemas, o Ministério Público alegou novamente o fundamento do perigo da demora, e com outro fundamento, já que meu fundamento para suspender o pagamento era um final de mandato. Com esse novo fundamento foi que se bloqueou novamente o pagamento.
180: Esse novo fundamento era qual?
Delano Câmara: Era de que foi pago alguns valores e uma parte desses valores pagos era dubitável. E teria empresário que se recebesse o último pagamento não teria como compensar na obra subsequente. Porque quando você paga e o empresário ainda tem crédito a receber, você pode fazer uma compensação. Então ele estava ali colocando que talvez não tivesse mais créditos a compensar.
180: Foi aí que o Tribunal exigiu que fossem feitas mais 27 inspeções?
Delano Câmara: Isso é uma outra história. Inicialmente o pedido de suspensão era somente de 9 obras, mas eu pedi foi de todas, de outras 27, nesse caso sem ter os elementos das outras. Mandei suspender foi tudo.
180: Tudo que eram obras de estrada vicinal do ano de 2014 então foram suspensas?
Delano Câmara: Todas do IDEPI, daquelas que estavam relacionadas para serem pagas até o final do ano, final de governo.
180: O senhor tomou conhecimento de que no dia 18 de agosto agora o Diário Oficial do Estado trouxe a prorrogação de obras do IDEPI? Há ao menos uma barragem, e outras são estradas vicinais, referentes àquele período do Elizeu Aguiar, ex-gestor do IDEPI. O senhor já tomou conhecimento disso?
Delano Câmara: Isso não chegou dentro dos autos para mim. Mas se ainda restar dentro de todas essas obras que estão aí em verificação, alguma coisa faltando ser executada, é normal que ele [órgão] prorrogue, porque se ele não prorrogar e ela [empreiteira] não executar, não vai ter como pagar, e se ele não prorrogar e tiver sido pago, ou tiver sido contratado e não tiver sido feito, pode gerar um problema na hora que forem feitas as comparações e medições. A priori, não há o problema da prorrogação. O problema é: essa prorrogação é para que, com que finalidade?
180: Isso chegando aos autos o senhor pode pedir a verificação do porquê dessa prorrogação?
Delano Câmara: Chegando aos autos a gente pode pedir a verificação de qual é o problema e se realmente procede, se é pertinente, se realmente é possível o prazo de prorrogação. Ou se legalmente no contrato tem essa previsão ou não.
180: O senhor age de ofício ou só sendo provocado?
Delano Câmara: Geralmente, a gente age sendo provocado. Em algumas situações excepcionais, o Tribunal de Contas tem o poder de agir de ofício.
180: Esse caso que eu estou lhe comunicando [publicações no Diário Oficial de 18 de agosto], tem possibilidade de agir de ofício ou não?
Delano Câmara: Não sei. O senhor está me dizendo verbalmente. Às vezes a gente costuma pedir para nossa assessoria dá uma checada. Se a prorrogação indicar ilegalidade, muitas vezes, fiz de ofício.
180: O senhor chegou a comunicar, já nessa época, o caso ao promotor Fernando Santos, ou chegaram denúncias lá também?
Delano Câmara: Nós encaminhamos algumas coisas não ao Fernando Santos, eu não sei como chegou ao Fernando Santos, mas nós encaminhamos normalmente ao Ministério Público em geral. E hoje nós temos a rede de controle. E com a rede hoje, a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual, o Federal [estão unidos]. Então se qualquer membro de qualquer um deles tomar conhecimento e quiser saber, eles têm acesso aos nossos sistemas na hora que quiser. Hoje nós temos a chamada rede de controle. Quem pensa em ser corrupto, bote as barbas de molho, porque cada dia vai ficar mais difícil. Hoje todas as nossas informações são cruzadas com a Polícia Federal, com a Receita Federal, com a Receita Estadual, com a Controladoria da União, com a Controladoria do Estado, então nós não precisamos encaminhar.
180: Sim, no caso lá do Ministério Público, ele vai apurar a questão da improbidade administrativa...
Delano Câmara, interrompendo: Não, ele não vai apurar só a improbidade não. Se ele entender que houve aspectos outros criminais... Mas não sou eu quem vai avaliar aspectos criminais.
180: Eu digo assim....
Delano Câmara: O TCE vai olhar pela lente só do que foi feito ou não foi feito, imputação de débito ou não, há indicativo de improbidade ou não. Lá, no Ministério Público, independente do julgamento do Tribunal de Contas, e o Tribunal de Contas pode até dizer: ‘olha, imputo o débito de tanto, mas não vejo improbidade’. Lá o Ministério Público pode pegar o nosso como um reforço, uma prova a mais, e mesmo que o plenário diga: ‘não teve improbidade’, mas só tem imputação de débito, ele fez'. O que não é o caso. Aqui hipoteticamente, falando. Nada impede que os olhos do Ministério Público percebam que houve, entre com uma ação e o juiz condene. O que o Tribunal de Contas do Estado julga não é se há improbidade ou se não há improbidade. O Tribunal julga imputar o débito, julga imputar a multa e julga que há todos os indicativos de improbidade. A improbidade é um ato de uma ação específica que corre no judiciário. Nós podemos ofertar todos os elementos para que essa denúncia seja oferecida. Nós podemos até deixar o gestor inelegível, inabilitado para disputar eleições, para ocupar cargos públicos, inabilitar empresas para contratar com o poder público, mas o aspecto criminal e o ato de improbidade são com o Ministério Público.
180:  Conselheiro, previsão de julgamento? O julgamento vai ser global, vai ser fatiado e em quanto tempo?
Delano Câmara: Eu acredito que será individualmente e acredito que isso vai se prologar, se não houver um consenso, por mais de ano. Porque vai ter que olhar uma a uma, com o novo laboratório, e construir a prova uma a uma. O pessoal para esse laboratório está em treinamento.
180: O senhor mandou ouvir agora em todos os processos, um diretor de engenharia, o Átila. Por que foi?
Delano Câmara: Sim, porque todo imbróglio começou nos projetos. Ao invés de levarem seis meses, um ano, fazendo um projeto, não. Eles bateram na mesa: ‘oh, o projeto tem que está pronto amanhã’.
180: Mas era um ano eleitoral. Obras eleitoreiras, provavelmente, para desviar recursos públicos...
Delano Câmara: O cara diz: 'eu não tenho gente'. Aí, há a pressão: ‘se você não fizer o projeto...’.
180: O estado do Piauí é carente de projetos para canalizar inclusive recursos federais. Se os projetos do Caso Idepi estavam assim, o senhor não acredita que as licitações também foram feitas a toque de caixa?
Delano Câmara: Sim. Esse é o problema.
180: Então esse é mais um problema.
Delano Câmara: É também um problema. Por isso que eu estou chamando todos eles: ‘vem cá, você tinha noção de que esse projeto não correspondia à realidade?’
180: Sobre este caso, o senhor diria que ele é um caso médio, complexo?
Delano Câmara: De extrema complexidade. Foi o processo mais complexo que eu já peguei na minha vida. Porque quanto mais eu cavo, mais eu descubro um novo problema. Eu descobri essa questão já em curso, o problema dos projetos. Esse engenheiro, no meu entender, deverá responder pelos seus atos dentro do que estabelece as normas do CREA.
180: Tem um engenheiro que disse que sequer tinha experiência e foi posto lá para fazer isso.
Delano Câmara: Bom, é isso que eu vou averiguar no processo.
180: Mas ele declarou isso, ele declarou isso numa das oitivas.
Delano Câmara: Eu não me lembro. São muitos os processos e documentos, de cabeça eu não lembro. Só se eu aferisse e olha-se, nesse momento, os autos.
180: Há o documento nos autos.
Delano Câmara: É por isso que eu estou notificando todos.
180: Outro diz que fazia as medições das estradas usando o medidor de quilometragem do carro, e que não tinha equipamento próprio para tanto.
Delano Câmara: Por aí você avalia.
180: A Tomada de Contas Especial não já é para verificar algo que já foi constatado que há um desvio ali, ou alguma irregularidade?
Delano Câmara: Sim. Está tomada as contas.
180: A defesa do Elizeu Aguiar, ex-gestor do IDEPI, na época, alega que ele não teria como atuar como um técnico, exímio conhecedor dos pormenores, e que por isso seria algo que o eximiria da responsabilidade, inclusive, sendo algo baseado em julgados do TCU.
Delano Câmara: Olha, tem um ex-diretor que na hora que o Tribunal determinou ele realmente suspendeu os processos, abriu os processos administrativos e tem o outro que pagou com base no laudo do engenheiro. E é onde vamos apurar essas responsabilidades. O furo é muito mais embaixo e mais complexo do que você possa imaginar.
180: O Ministério Público está dizendo que a suspeita de superfaturamento sobre o que foi pago é superior a R$ 10 milhões. É uma informação que foi repassada oficialmente para mim.
Delano Câmara: É possível ter ainda dos R$ 100 milhões, uns R$ 10 milhões ou até mais.
180: O Ministério Público [onde há outros 42 procedimentos investigatórios] então chegou depois do corte dos R$ 20 milhões proporcionados pela inspeção inicial do TCE?
Delano Câmara: Eu não tenho essa informação. Até porque a rede de controle toda está atuando. Ele poderia está atuando lá sem que a gente nem soubesse. A ação do Tribunal de Contas e do Ministério Público proporcionaram economia. A ação dos órgão de controle sempre proporcionam economia em benefício da sociedade, assim como, a da imprensa, que permite muitas vezes chamar a atenção dos julgadores e do Ministério Público para o que está acontecendo. Quem veio antes, quem vem depois, portanto, não importa muito. O certo é que ambos continuam e continuarão agindo em defesa da sociedade.
*** Sem mais perguntas.
fonte 180graus.com