quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Família entra na Justiça contra erro médico em maternidade da Prefeitura de Teresina

Família entra na Justiça contra erro médico em maternidade da Prefeitura de Teresina

Ação diz respeito à cesariana mal executada, que deixou Karen Rafaela em estado vegetativo

Já tramita na 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública a ação de indenização contra duas médicas do Hospital Maternidade Buenos Aires e contra a Prefeitura de Teresina, por conta de um erro médico a uma paciente. A ação diz respeito à cesariana mal executada, que deixou Karen Rafaela, de 16 anos, em estado vegetativo. Karen está internada no Hospital Getulio Vargas desde o mês de dezembro, já com alta médica, mas sem condições de poder ir para casa.
Karen Rafaela foi vítima de uma cirurgia cesariana mal executada
Karen Rafaela foi vítima de uma cirurgia cesariana mal executada
O parto foi realizado no dia 11 de setembro. O filho de Karen nasceu saudável, mas depois da cirurgia a jovem retornou à enfermaria da unidade com dores abdominais, pele pálida e fria e pressão arterial caindo. A família afirma ter comunicado as médicas plantonistas, mas o pedido para que Karen fosse reavaliada foi ignorado. Os nomes das médicas ainda não foram revelados.
“Ela saiu do centro cirúrgico por volta das 9h, e mostrou sintomas anormais durante todo o dia. A médica repetiu, todas as vezes que eu a procurava, que eram sintomas normais da cesárea, e eu acreditei. Quando foi pela noite, do mesmo dia, Karen começou a vomitar. Foi quando a médica decidiu ir vê-la. Quando ela a examinou, já foi acionando o Samu para encaminhar ela pra Maternidade Evagelina Rosa”, explicou a tia da menina, Francisca Silva.
Na unidade, depois de feitos exames, foi constatado que a jovem estava com hemorragia interna. Ela foi submetida a uma nova cirurgia de urgência para conter o sangramento. Durante o procedimento, Karen teve parada cardíaca durante 30 minutos e ao estabilizar já estava em coma irreversível.
“Com 20 minutos de parada cardíaca, os médicos já consideram o óbito. Teve médico na sala que já estava assinando o prontuário da morte dela, mas teve um que não desistiu e continuou tentando reaviva-la. Foi quando ela voltou à vida. Ele mesmo me disse que quem ressuscitou ela foi Deus”, desabafou.
Depois de todo o ocorrido, a médica responsável pela cirurgia cesariana não mantive contato com a família, que também não voltou a procurá-la. Mas o caso já está na Justiça. “Entramos com a ação ainda em dezembro passado”, contou Francisca.
Ajuda
A família de Karen Rafaela está realizando uma campanha nas redes sociais para conseguir doações que auxiliem seu tratamento. Por conta do estado de saúde, a jovem vai precisar fazer reabilitação, além de uma home care (UTI em casa). No momento, ela está em processo de alta hospitalar do HGV e sua residência não possui as instalações necessárias para recebê-la.
Por não possuir as condições financeiras necessárias, a família de Karen Rafaela vem realizando a campanha e pedindo ajuda financeira para que o quarto com estrutura home care possa ser construído e auxilie no tratamento da menina.
Aos interessados em colaborar com a campanha, seguem dados bancários:
Caixa Econômica Federal: Agência 1989 / Operação 013 / Conta poupança 22408-4 / Francisca Maria da Silva
Banco do Brasil: Agência 0044-2 / Conta Corrente 121.040-8 / Francisca Maria Silva
Doações podem ser feitas também no Hospital Getulio Vargas, como fraudas (Bigfral ou Plenitude), protetores de colchão, lenços umedecidos, produtos de higiene, pomada para assadura, dentre outros matérias médicos. Qualquer dúvida, os interessados podem entrar em contato com a tia da jovem pelos telefones: 99411-7194 (WhatsApp), 98835-8027.

fonte www.portalaz.com.br