quarta-feira, 23 de julho de 2025

Sobrinho de Dr. Pessoa é um dos investigados na exclusão ilegal de multas na STRANS

 Bruno Pessoa foi um dos superintendentes da STRANS durante a gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa; outro servidor suspeito de participação no esquema, Lucas da Rocha, está foragido.

O ex-superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS), Bruno Pessoa, sobrinho do ex-prefeito Dr. Pessoa, está entre os investigados por participação em um esquema de exclusão ilegal de multas de trânsito em Teresina. A informação foi confirmada pela Polícia Civil. De acordo com as investigações, a fraude ocorreu durante a gestão do ex-prefeito e foi denunciada pelo coronel Edvaldo Marques, também ex-superintendente e ex-gerente da STRANS.

Ex-superintendente da Strans, Bruno Pessoa - (Assis Fernandes/ O DIA)Assis Fernandes/ O DIA
Ex-superintendente da Strans, Bruno Pessoa

Além de Bruno Pessoa, outro servidor identificado como Lucas da Rocha, também envolvido no caso, está foragido. De acordo com as investigações, gestores da STRANS ordenavam que funcionários terceirizados apagassem multas no sistema, favorecendo pessoas próximas à administração. Os beneficiários seriam amigos, aliados e possíveis apadrinhados políticos dos gestores.


O delegado responsável pelo caso, Ferdinando Martins, do Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), afirmou que há indícios de favorecimento político. Segundo ele, a próxima fase da operação vai apurar se parlamentares também foram beneficiados ou atuaram diretamente no esquema.

“A investigação contou que eles tinham esse acesso, e recebiam ordens para executar essa exclusão de multas do sistema da STRANS. As pessoas que estavam pedindo esses favores, estavam se valendo esses favores. Nós temos indícios de que havia, sim, pedido político e apadrinhados políticos beneficiados com essas práticas”, detalhou Ferdinando Martins.

Delegado Ferdinando Martins, titular da Deccor - (Maria Clara Estrêla/O Dia)Maria Clara Estrêla/O Dia
Delegado Ferdinando Martins, titular da Deccor

O delegado-geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, afirmou que, além de membros da gestão passada, servidores da atual gestão também colaboraram com as investigações. "A gestão atual detectou isso e também outras pessoas da gestão passada que não tinham relação com o esquema também informaram a delegacia. Hoje, o delegado Ferdinando, realizou um cumprimento de dois mandatos de busca e apreensão, em desfavor de pessoas que já geriam à época, e também tem um mandato de prisão temporária contra um dos investigados, esse está foragido”.


“Essas duas pessoas que tiveram mandato de busca cumprido hoje receberam a tornozeleira eletrônica enquanto perdurarem as investigações. Mas é importante frisar que apenas em um período de quatro, cinco meses, aproximadamente, o prejuízo foi de mais de 500 mil reais. Então nós vamos levantar ainda todos os outros anos anteriores, em que nós temos aí uma forte convicção de que também perdurou esse ilícito”, complementou Luccy Keiko.

delegado geral Luccy Keikko - (Assis Fernandes/O Dia)Assis Fernandes/O Dia
delegado geral Luccy Keikko

O caso levanta suspeitas sobre o uso da estrutura pública para práticas ilícitas e favorecimentos pessoais. A Polícia Civil segue com as diligências e não descarta novas prisões nem o indiciamento de outros envolvidos nas próximas fases da investigação.


fonte portalodia.com