O Ministério Publico do Piauí, por meio do Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas no Acompanhamento da Covid-19 – Eixo Saúde (SUS), promoveu na manhã desta sexta-feira, 14 de agosto, inspeção no Hospital de Campanha João Claudino Fernandes, que fica anexo ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), para verificar a situação do hospital montado para atender casos de pessoas infectadas com a Covid-19. As inspeções nas unidades de saúde são realizadas pelo Ministério Público em parceria com outros órgãos, como os conselhos profissionais, com objetivo de verificar se as unidades de saúde e os serviços ofertados, estão de acordo com as normas de segurança das autoridades de saúde e sanitária.

O hospital de campanha, que fica na zona Sul de Teresina, possui cinco tendas, cada uma tem capacidade para até 12 leitos, mas, no momento, apenas três tendas estão em atividade. As demais passarão a funcionar à medida que a demanda de pacientes aumentar. Os leitos da unidade de saúde são todos Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou seja, estão destinados, prioritariamente, para o tratamento de casos mais graves de pacientes com o novo coronavírus. Até a manhã de hoje, 21 deles estão ocupados. Os pacientes chegam à unidade de saúde regulados por outros hospitais.

O trabalho de inspeção foi feito pelo engenheiro civil André Castelo Branco e pelo médico Celso Pires Filho, ambos servidores do Ministério Público do Piauí, além do presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito-14ª Região), Rodrigo Amorim, e pela fiscal do Crefito-14, Grazielle Alapenha.

A equipe percorreu as cinco tendas do hospital e conversou com os profissionais de saúde. Em relação a estrutura física e o fluxo de pacientes e profissionais de saúde, a avaliação dos fiscais foi positiva. Uma deficiência encontrada foi o estoque reduzido de alguns medicamentos, como bloqueadores musculares. A gestão do hospital explicou que a dificuldade na compra desse tipo de fármaco é um problema enfrentado por diversos estados do país em função da grande procura. Eles explicaram, ainda, que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem procurado outros fornecedores de remédios e está em contato com o Ministério da Saúde para solucionar a situação.

As informações coletadas na inspeção de hoje serão encaminhadas aos promotores de Justiça do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da Covid-19 – Eixo Saúde (SUS), que adotará medidas para que a FMS promova melhorias no hospital, com base nos relatórios técnicos elaborados pela equipe de fiscais.