Empresário Humberto Marques utilizava ímã para fraudar medidor
"Quando eles [técnicos da Eletrobras] apareceram mostramos tudo, mas eu não sei qual era a intenção deles de verdade. Na delegacia apresentamos os esclarecimentos”, declarou o empresário.
Empresário Humberto Marques
O empresário Humberto Marques Castelo Branco, proprietário do Restaurante “Casarão”, preso na noite de sábado (04) pela Polícia Civil acusado do furto de energia, utilizava um ímã de neodímio instalado na casa de força que fraudava o medidor de energia elétrica. Durante a abordagem, foi perguntado ao proprietário se tinha conhecimento da existência do íma, tendo dito que sim e “que havia comprado de uma pessoa do Pará por dois mil reais”. Além de Humberto Marques, o eletricista responsável pela casa de força do restaurante, Ysmar Wilson Isaias Marques, também foi preso.
O empresário e o eletricista foram algemados em observância a Súmula Vinculante n°11 do Supremo Tribunal Federal porque foi verificado o receio de fuga e/ou perigo a integridade física própria ou alheia, por parte dos presos ou de terceiros.
Humberto Castelo Branco Marques teve deferido pelo juiz plantonista Rodrigo Alaggio Ribeiro, em 08 de agosto de 2016, o pedido de liberdade provisória, mediante o pagamento de fiança no valor de R$ 8.800,00 e o compromisso de comparecer a todos os atos do processo.
A operação de combate ao furto e fraude energia já prendeu seis empresários no Piauí. Todos utilizavam ímã de neodímio igual ao encontrado no restaurante Casarão. A pena para o furto de energia vai de 02 a 08 anos de cadeia.
Em entrevista ao portal, o empresário Humberto Marques afirmou que houve um erro por parte da Eletrobras que considerou que o consumo registrado pelo restaurante era incompatível com o número de aparelhos elétricos. Ele explicou que possui um gerador que funciona pelo menos oito horas por dia. Também negou que tenha sido preso.
“Eu não fui preso. Apenas fui levado para prestar esclarecimento. Aqui temos um gerador de 170 Kva que é ligado todo dia, por pelo menos umas 8h, principalmente nas horas de maior pico, como por exemplo, de 18h às 23h. Então isso não foi levado em consideração. Quando eles apareceram mostramos tudo, mas eu não sei qual era a intenção deles, de verdade. Porque se eles tivessem analisado bem, teriam percebido que quando o gerador é ativado, o fornecimento fica em pausa, em stand-by, então nós esclarecemos tudo isso. Mostramos tudo, mas no dia pareceu que eles estavam querendo provar algo. Na delegacia apresentamos os esclarecimentos”, afirmou.