O candidato do PTB Elmano Férrer, terceiro entrevistado da rodada com os postulantes a uma vaga ao Senado no Jornal do Piauí, rebateu críticas feitas pelo seu principal adversário, Wilson Martins (PSB), sobre seu trabalho e conhecimento acerca dos municípios piauienses.
Elmano explicou que, apesar de ter nascido no Ceará, chegou ao Piauí em 1966, quando o Estado tinha 78 municípios, e participou ativamente da criação dos outros 146, já que ajudou na implantação de projetos e programas como técnico da Sudene, dirigente da Embrapa e como secretário de Planejamento.
"No princípio, trabalhamos na Sudene com energia rural, a cerne que muitos políticos não conhecem a formação do processo de desenvolvimento como eu conheço. Muitos conhecem porque exerceram mandato meteoricamente. Eu não. Soja no Nordeste deve-se ao trabalho da Embrapa quando eu era dirigente. Passei 10 anos na Embrapa. Hoje tem soja nos cerrados do Piauí, do Maranhão, da Bahia, graças a um trabalho da Embrapa. Sou muito sincero. Essa discussão não leva a nada. Eu respondo desta forma", declarou.
Elmano assegurou que mantém uma postura ética em relação às atividades que exerce. "Tudo isso é um histórico de vida. Completei 48 anos de serviço público sem jamais, em tempo algum, como dirigente, eu nunca me servi da coisa pública, nem para mim nem para minha família. Nunca empreguei um filho meu, minha mulher. Minha vida é um livro aberto. As minhas mãos são limpas e é desta forma que me apresento como candidato", comentou.
O petebista esclareceu também que o apelido de "Vein trabalhador" surgiu da própria população, quando era prefeito de Teresina. "A população passava de ônibus e dizia 'olha onde o Vein está. Eu fui mais um mestre de obras, fui um cuidador das pessoas de Teresina. Nós não viemos brincar de ser prefeito, como não vou brincar de ser senador. Aí as pessoas passaram a falar 'ô Vein trabalhador'. Eu fiz administração compartilhada. Isso não é jogada de marketing. Foi o povo que passou a chamar de Vein trabalhador. Eu agradeço a população por isso", disse.
Elmano afirmou ainda que acredita que será eleito e tem se surpreendido, ao longo da campanha, com a receptividade das pessoas em relação a ele, a Wellington Dias (PT) e Margarete Coelho (PP).
"Eu confio em Deus e no voto livre e soberano. Eu serei eleito e a minha preocupação é corresponder à coletividade. Como vou ajudar Wellington a resgatar a eficiência da coisa pública. Vou integrar um colegiado de 81 senadores. O que fiz em Teresina, sempre trabalhei em projetos. Quais são os grandes programas que existem com recursos para os estados e municípios? Não vou trabalhar tão somente com emendas. Vou trabalhar o Orçamento da União, o que podemos tirar do papel, o que existe de dinheiro para o Estado. O que está sendo feito em Teresina hoje é fruto de um trabalho de planejamento que fizemos em curto, médio e longo prazo", afirmou.
fonte cidadeverde.com