Donos de cartório rebatem acusação e admitem que investigações do Gaeco podem ser anuladas
Eles ressaltam que cartório nunca foi envolvido em processo de falsificação de escrituras
Manoel Barbosa e Caio César, do cartório do 1º Oficio de Luis Correia, escreveram ao Portal AZ negando envolvimento com as investigações em torno de prática de grilagem de terras no litoral piauiense. No texto, eles elencam vários assuntos rebatendo as acusações e as divulgações de fatos relacionados à operação Terram Nullius, deflagrada na manha de terça-feira. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em vários lugares.
Caio Arêa Leão e Manoel Barbosa (Foto: reprodução/redes sociais)
Fazendo alusão ao comentário na coluna do jornalista Arimatéia Azevedo, Manoel Barbosa se diz vítima de uma briga que não é sua, mas que envolve autoridades, políticos e empresários do município. Salienta que o cartório nunca foi envolvido em processo de falsificação de escrituras.
No texto, eles terminam afirmando que houve muitos atropelos procedimentais nas investigações cometidas pelo próprio GAECO, que podem vir a ser anuladas.
Leia a nota abaixo:
“Fazendo uso do legítimo direito de resposta frente à notícia veiculada em vossa coluna no Portal AZ, se faz mister restabelecer a verdade, com o escopo de reparar a honra e dignidade do Cartório do 1º Oficio de Luiz Correia, bem como a dos cidadãos ora signatários, os quais possuem notória respeitabilidade no meio social e jurídico.
Sendo de bom tom frisar a princípio que o Sr. Manoel funciona como Tabelião desde os idos de 1975, ano em que fora aprovado em concurso público, nunca tendo sido processado e condenado por qualquer conduta irregular, seja no âmbito do Tribunal de Justiça, seja na seara criminal.
Há de se destacar ainda que rotineiramente é instado pelo juízo de Luiz Correia para participar de audiências e demais procedimentos, oportunidade em que contribui sobejamente para a boa aplicação da justiça, o que denota a lisura e acerto das posturas Sr. Manoel e do Sr. Caio.
Assim, não é crível a afirmação de que exista um centro de falsificação de escrituras no Cartório de Luiz Correia, até porque o GAECO não destacara isso na recente investigação ora em curso, a qual pode, inclusive, ser anulada, face os inúmeros atropelos procedimentais cometidos pelo próprio GAECO, autoridades policiais envolvidas, e o juízo de Luiz Correia, o que denota a temeridade da notícia ora contestada.
Deste modo é imprescindível que o nobre jornalista, por dever de justiça, retifique as informações inverídicas veiculadas, vez que:
1 – O Sr. Manoel Barbosa e seu Filho Caio Leão, não respondem a qualquer procedimento no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí; existe uma denuncia do MP-PI, em relação a fusão e desmembramento de áreas pública, mas esta serventia obedeceu a Lei 6015/73 com a exigência dos memoriais, plantas e o principal que é o Alvará autorizativo da prefeitura municipal desta cidade, que, portanto, é quem tem de responsabilizar pelos seus atos, pois as serventias não tem poder de fiscalização em relação ao poder público municipal.
2 – Que o Sr. Manoel não responde por três cartórios, vez que titular apenas do Cartório de Luiz Correia, tendo funcionado como tabelião Interino do Cartório único de Água Branca por um curto período, em razão de pedido do então Corregedor do Tribunal do Justiça, Desembargador Ricardo Gentil, o qual em face da notória especialização do Sr. Manoel, cumulado ao inequívoco conceito do Cartório de Luiz Correia, entendera a Corregedoria que seu nome era o mais apropriado para a missão em foco;
3 – Que o Sr. Manoel Barbosa, bem como seu filho Caio não são proprietários de nenhuma academia, imobiliária ou quaisquer aras, nem muito menos possuem uma Poldra de nome “Barbie” no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);
4 – Que a atuação do Sr. Wilson, titular do Cartório de São Pedro – PI, não tem qualquer vinculação com a do Sr. Manoel, portanto, se existe algum procedimento investigativo contra o Sr. Wilson, o que não é de seu conhecimento, nada diz respeito aos senhores Manoel e Caio;
5 – Em outra banda não corresponde à verdade a afirmação de que o Sr. Caio Leão responde a processos por falsificação de documentos públicos e falso testemunho, até porque nunca funcionara como testemunha em qualquer processo.
6-Em relação a grilagem de terras não existe no município de Luis Correia-PI; que este notário e registrador nunca foi passivo de atos de nulidade de escrituras públicas consideradas como falsas no período dos últimos 27 anos que está à frente deste serventia.
Manoel Barbosa e Caio Cezar