quarta-feira, 25 de junho de 2025

Inspeção detecta sobrepreço e superfaturamento em licitações de Campo Maior e várias irregularidades

  Conselheira Rejane Dias foi a relatora do caso

- Há uma série de aprimoramentos a serem feitos pela gestão de Joãozinho Félix

- Nenhum servidor do setor de licitações em Campo Maior é concursado

- Haver só comissionados é ambiente propício para "interferências internas"

- Contratação de material esportivo suspeita

- Contratação de artistas com irregularidades

- Determinação pela tomada de contas especial e as empresas envolvidas

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Foto: _Divulgação / Rede Social_Joãzinho Félix, como ele mesmo postou, cheio de estilo
_Joãozinho Félix, como ele mesmo postou, cheio de estilo

A PREOCUPANTE SITUAÇÃO DO SETOR DE COMPRAS DA PREFEITURA

Uma inspeção realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) na prefeitura municipal de Campo Maior, com o objetivo de fiscalizar processos licitatórios previamente selecionados por amostragem, no valor total de R$ 3.481.937,00, apontou um sobrepreço superior a 10%, além de superfaturamento em torno de 4%. As contratações avaliadas visavam pagamentos a artistas em troca de suas apresentações e aquisição de material esportivo no exercício de 2024, totalizando 9 contratações públicas analisadas.

O sobrepreço detectado seria de R$ 366.907,50 em itens do Pregão Eletrônico nº 036/2023, para aquisição de material esportivo para o município, além de um superfaturamento da ordem de R$ 143.103,00, em contratos vinculados ao mesmo pregão. 

Segundo os autos, a justificativa apresentada no termo de referência da licitação para a contratação de material esportivo, com valor estimado para contratação em R$ 5.674.369,00, seria para atender as competições e os eventos esportivos realizados pela Diretoria de Esportes, apoiadas pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, assim como os treinos oferecidos às crianças e aos adolescentes do município e para apoio de atletas do município participarem de competições em outras localidades e zona rural

A divisão técnica constatou que não houve apresentação de justificativa adequada que demonstrasse a real necessidade dos quantitativos indicados no termo de referência em análise, porque não restou demonstrada a quantidade e quais seriam as competições que o município realizaria e apoiaria. Além disso, não foram enumerados os atletas apoiados e quais os treinos ofertados pelo município, a quantidade de crianças e de adolescentes participantes, não restando demonstrada a efetiva necessidade dos quantitativos que se pretendia contratar.

Durante a inspeção, a divisão técnica constatou que no Pregão Presencial nº 036/2023 os itens não foram devidamente especificados, com grande potencial de gerar lesão ao erário pelo risco de fornecimento de bens ou serviços de baixíssima qualidade, a custos desproporcionais ao benefício oferecido.

A DFContratos indicou que as descrições dos objetos foram realizadas de forma incorreta, imprecisa ou inespecífica no Pregão nº 036/2023, podendo levar a contratações desnecessárias ou em desconformidade com a real demanda/necessidade da administração pública, de modo que nenhuma solução posterior é suficiente para afastar o dano material ou jurídico da conduta.

A equipe de auditores verificou a exigência de “alvará de localização e funcionamento” como regra de habilitação no edital do pregão examinado, sem a respectiva justificativa, levando à restrição de competitividade e consequente direcionamento de contratação.

Ainda, conforme verificou a divisão técnica, o termo de referência do Pregão Eletrônico nº 036/2023 conta com diversos itens divisíveis e com valor de até R$ 80.000,00, mas não há nenhuma regra com o objetivo de cumprir o dever de aplicação do tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte, tampouco foi apresentada qualquer justificativa para a não aplicação do instituto.

Além disso, destacou que para afastar a aplicação do tratamento diferenciado, a justificativa apresentada pela Administração deve se coadunar com o rol estabelecido no art. 49, da Lei Complementar n.º 123/06, o que não se verificou no Pregão Eletrônico n° 036/2023.

CONTRATAÇÃO DE ARTISTAS

No que tange à contratação por inexigibilidade de licitação no valor total R$ 1.440.000,00 para contratação de shows artísticos, sem justificativas suficientes de preços, a divisão técnica verificou que nos processos de contratações por inexigibilidade de licitação n° 02/2024; nº 03/2024; nº 04/2024; nº 05/2024; nº 06/2024; nº 07/2024 e nº 08/2024, realizados pela Prefeitura de Campo Maior, para contratação de shows artísticos não constam justificativas fundamentadas para os valores avençados. 

“Os processos são instruídos apenas com notas fiscais de shows realizados entre os respectivos artistas e outras Administrações Públicas, sem a fiel comprovação da compatibilidade dos preços contratados”, sustentou o Ministério Público de Contas. 

“No caso, não houve a demonstração da impossibilidade da realização de estimativa de preços, uma vez que, conforme consulta no sistema Contratos Web deste Tribunal de Contas, existiam contratações por outros órgãos da Administração Pública com os mesmos artistas, com preços distintos dos contratados pela P. M. de Campo Maior/PI (banda Henry Freitas, banda Iguinho e Lulinha e banda Samyra)”, acresce.

COMISSIONADOS

A equipe de auditores também verificou uma desproporção de ocupantes dos cargos comissionados em relação aos cargos efetivos na área das aquisições e contratações públicas do município de Campo Maior. 

Durante a inspeção, a divisão técnica verificou que a equipe da área de contratações públicas da prefeitura é formada integralmente por servidores comissionados.

Contatou-se ainda que a prefeitura municipal não realiza processo de seleção para preenchimentos dos cargos na área de contratações e aquisições públicas, baseado nas competências necessárias ao desempenho dessa atividade, podendo levar a erros de procedimentos, com consequente demandas judiciais, interferências internas e prejuízos ao erário.

Nesse contexto, foi proposta recomendação à prefeitura municipal de Campo Maior para que “implante mecanismos de seleção de cargos comissionados, como forma de evitar interferências em sua atuação, especialmente na área de contratações e aquisições públicas, inclusive no âmbito de suas atividades finalísticas”.

DESCUMPRIMENTO DE DECISÕES DO TCE

A divisão técnica apontou que, no exercício de 2024, a prefeitura municipal de Campo Maior incorreu nas mesmas práticas de irregularidades referidas no TC/004913/2023, sujeitando o gestor às sanções previstas para reincidência de achados nos termos do art. 206 do Regimento Interno do TCE.

Os autos informam que “diante disso, reforçou que o Tribunal de Contas poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de determinação de que tenha ciência o responsável, conforme art. 365 do Regimento Interno”.

Assim sendo, após evidenciar o descumprimento das decisões do Tribunal de Contas, razão pela qual propôs aplicação de multa pelo descumprimento do Acórdão nº 458/2023-SSC.

DECISÃO DA PRIMEIRA CÂMARA: TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

A primeira Câmara do TCE, diante do caso, e de forma unânime, em consonância com o parecer ministerial, determinou que o prefeito adote as providências com vistas à instauração de tomada de contas especial para apurar dano ao erário referente ao superfaturamento detectado, em relação aos itens contratados de material esportivo, registrados com sobrepreços na Ata 036/2023, com as empresas Adriany R. Rodrigues, e Almeida e Representações e Comércio de Material e Alimentos LTDA. em decorrência do Pregão Eletrônico nº 036/2023. 

Houve diversos outros entendimentos, com alertas e determinações.

Decidiu a Primeira Câmara, ainda, de forma unânime, em consonância com o parecer ministerial,  pela emissão do seguinte ALERTA à Prefeitura de Campo Maior para que, sob pena de aplicação das sanções legalmente previstas, adote as seguintes medidas quanto às licitações e contratos do município.

I) APERFEIÇOAR a fase de planejamento das contratações mediante a elaboração de ETP e REALIZAR justificativas de contratações conforme as necessidades de bens e serviços, de forma que as demandas estejam devidamente fundamentadas e vinculada ao atendimento do interesse da Administração;

II) SE ABSTER de inserir em editais cláusula editalícia que traga como exigência de habilitação a apresentação de alvará de funcionamento sem a demonstração de que tal documento constitui exigência do Poder Público para o funcionamento da licitante, o que deve ser evidenciado mediante indicação expressa da norma de regência no edital da licitação, observando, para o caso, o disposto no art. 1º, § 6º, c/c art. 3º, I Lei n.º 13.874/2019;

III) APRIMORAR as pesquisas de preços dos procedimentos de contratação direta, para que que seja elaborado orçamento detalhado e compatível de custos da contratação, inclusive comparando com outras avenças similares feitas pela Administração Pública com os respectivos artistas, no período de até 1(um) ano, conforme art. 23, §1º, II c/c §4º da Lei nº 14.133/21, não restringindo a justificativa dos preços à juntada de notas fiscais nos processos de contratação.

Por fim, decidiu a Primeira Câmara, ainda unânime, em consonância com o parecer ministerial, pela emissão das seguintes RECOMENDAÇÕES à Prefeitura de Campo Maior nos termos do art. 358, III, da Resolução TCE/PI n° 13/2011 (Regimento Interno) para que, de acordo com a Lei nº 14.133/2021, se empenhe em ajustar a execução da governança nas suas aquisições e contratações públicas, conforme os apontamentos feitos nos itens do Relatório de Inspeção, em busca da excelência da gestão pública:

IV) que ADEQUE a proporção de servidores comissionados em relação aos efetivos no setor de contratações e aquisições públicas, priorizando a formação dos servidores efetivos para atuação dessa área; 

V) que FORMALIZE um processo de seleção de comissionados na área das aquisições e contratações públicas;

VI) que INSTITUA comissão de estudo e formalização de normativos para regulamentação do plano de contratações anual, nos termos do art. 174, § 2º, inciso I da Lei 14.133/2021; 

VII) que INSTITUA comissão de estudo e formalização de normativos para regulamentação do Plano de Ação que estabeleçam diretrizes e metodologias da gestão de riscos nas contratações da instituição. Art. 11, parágrafo único e art. 169, caput da Lei 14.133/2021; 

VIII) que DEFINA e SEGREGUE funções, com as respectivas definições de responsabilidades e consequente gerenciamento de riscos nas contratações públicas da Prefeitura de Campo Maior; 

IX) que EDITE normativo e instituir mecanismos para promoção do planejamento anual das aquisições e contratações realizadas pela P. M. de Campo Maior, observando as diretrizes dos arts. 5º, 11 e 12, inciso II, e art. 174 da Lei nº 14.133/2021;

X) que EDITE e PUBLIQUE os regulamentos necessários à aplicação da NLLC, e, caso opte por observar os termos do art. 187 da NLLC, edite ato indicando a adoção dos regulamentos federais, disponibilizado os normativos no sítio eletrônico da prefeitura.

fonte 180graus.com

PF investiga suposto desvio de verbas da saúde durante gestão de Gil Paraibano em Picos

 A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (25/06), a Operação Contrato Simulado, com o objetivo de apurar possíveis irregularidades em contratos firmados pela Secretaria Municipal de Saúde de Picos (PI). A ação investiga fraudes em licitações realizadas entre 2021 e 2023, período correspondente à gestão do ex-prefeito Gil Paraibano (PP).

Foto: Divulgação

A operação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos estados do Piauí e do Ceará. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.

De acordo com as investigações, os contratos analisados teriam sido direcionados para favorecer uma cooperativa que, segundo a PF, não apresentava capacidade técnica para execução dos serviços. A apuração indica que os processos licitatórios eram simulados, com aparente competitividade, mas com resultados previamente definidos.

Foto: Divulgação

A Justiça também autorizou o sequestro de bens e valores de investigados, em um total aproximado de R$ 3,5 milhões. Entre os itens apreendidos durante as diligências estão documentos, aparelhos eletrônicos e veículos. Esses materiais serão analisados para aprofundar as investigações.

Ainda segundo a Polícia Federal, há indícios da utilização de empresas de fachada, movimentações financeiras fracionadas, saques em espécie e planilhas manipuladas. As informações colhidas até o momento apontam para o envolvimento de empresários, agentes políticos e servidores públicos.

Os investigados poderão responder, conforme o andamento do inquérito, por crimes como fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal. A PF informou que as ações têm o objetivo de identificar todos os envolvidos e recuperar eventuais recursos desviados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: 180graus.com/ com informações PF-PI

MENSAGENS Polícia Civil prende homem por descumprir medida protetiva e ameaçar de morte a ex-companheira em Teresina

 No passado ele foi denunciado por sua ex-companheira por conta de ameaças a fim de reatar o relacionamento

A Polícia Civil do Piauí, através da Diretoria de Operações Policiais (DEOP), realizou nesta quarta-feira (25) a prisão de David Lopes Vieira, de 27 anos, pelo crime de descumprimento de medidas protetivas no bairro Noivos, zona Leste de Teresina. No passado ele foi denunciado por sua ex-companheira por conta de ameaças a fim de reatar o relacionamento. 

Feito atendimento na Deam Norte, foram representadas por medidas protetivas que proibiram o preso de se aproximar e manter contato com a ex-companheira. No mês de maio deste ano David voltou a procurar sua ex-companheira e, devido a excesso de ciúmes, enviou mensagens com ameaças de morte.

  

Polícia Civil prende homem por descumprir medida protetiva e ameaçar de morte a ex-companheira em TeresinaReprodução

  

A vítima dessas ameaças procurou novamente a Delegacia da Mulher da zona norte que representou pela prisão preventiva devido ao descumprimento das medidas protetivas. Após trabalho de levantamento, David foi preso por Policiais Civis da DEOP que o encaminharam ao sistema prisional. 

Fonte: Portal A10+ com informações da DEOP

Criminoso envolvido com arrombamentos e até agressão contra agentes volta a ser preso em Timon, Maranhão

 Segundo a polícia, ele é o mesmo homem que chegou a engolir o próprio sangue e cuspiu nos agentes afirmando ter HIV

Um homem de 29 anos, identificado como Francisco da Silva Galvão e conhecido por praticar arrombamentos em Timon, no Maranhão, foi preso na tarde desta quarta-feira (25) durante uma ação conjunta da Polícia Militar do Maranhão e da Guarda Municipal. Ele era foragido do sistema prisional e já havia escapado anteriormente enquanto estava sob custódia policial em um hospital.

Segundo a polícia, Francisco da Silva é o mesmo criminoso que tentou agredir guardas municipais para evitar a prisão e acabou sendo baleado na madrugada do dia 3 deste mês. Encaminhado ao hospital, o criminoso chegou a engolir o próprio sangue e cuspiu nos agentes, afirmando ter HIV. 

"A gente conseguiu lograr êxito na captura desse cidadão que é foragido do sistema prisional. Uma época passada já havia sido preso pela Guarda Municipal. Outra vez, ele estava custodiado pela polícia penal por conta de um procedimento cirúrgico e acabou fugindo. Então hoje lá na beira da linha em uma ação nossa conjunto com a Guarda, a gente conseguiu colocar as mãos nele, que é um arrombador contumaz. Dessa forma a gente consegue dar mais segurança à sociedade timonense e aos comerciantes", disse o tenente.

  

Foragido conhecido por arrombamentos em casas e lojas é recapturado em Timon, no Maranhão
Reprodução

   

Segundo o tenente, o suspeito tentou fugir no momento da abordagem policial. "Quando os policiais estavam se aproximando ele estava encapuzado; quando ele foi perceber a ação dos nossos policiais ele tentou empreender fuga e graças a Deus a gente conseguiu fazer essa recaptura dele e está deixando à disposição das autoridades pra que, com fé em Deus, ele não volte tão cedo a assombrar a sociedade", completou.

Além dos arrombamentos, o homem também é suspeito de participação em um assalto a uma farmácia, ocasião em que foi baleado.

"Outro crime que a gente sabe, além dos arrombamentos de casas, é de um assalto de farmácia, onde ele foi baleado; depois ele foi passar por esse procedimento cirúrgico e conseguiu fugir de dentro do hospital", relatou o tenente Cury.

No momento da prisão, o suspeito estava acompanhado de uma mulher, cuja relação com os crimes ainda está sendo apurada. "Essa mulher é uma parceira dele; estava com ele lá no momento e a gente não tem informações de ela ter algum tipo de envolvimento com o crime, mas sabemos que tem algum tipo de envolvimento com ele", disse o oficial.

O homem foi encaminhado às autoridades competentes e deve permanecer à disposição da Justiça.

Fonte: Portal A10+

terça-feira, 24 de junho de 2025

MPPI participa de solenidade de doação de terreno para construção de nova penitenciária em Oeiras

O Ministério Público do Piauí (MPPI) participou, na última quarta-feira (18), da solenidade de formalização da doação de um terreno destinado à construção da nova Penitenciária Regional Maria de Cota, no município de Oeiras. O promotor de Justiça Raimundo Júnior representou a instituição no evento, que ocorreu no Cine Teatro de Oeiras, no Centro da cidade.

O terreno, com área total de 30 hectares, foi doado pela Fundação Dom Edilberto Dinkelborg e, segundo o secretário de Justiça do Estado, será utilizado para a implantação de uma unidade agrícola vinculada ao sistema prisional. A proposta é que a nova estrutura contribua para a ressocialização de internos por meio do trabalho e da produção agrícola.

A cerimônia contou com a presença de autoridades locais, incluindo representantes da Prefeitura de Oeiras, da Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI) e de policiais penais.
A nova penitenciária deverá atender à demanda regional por vagas no sistema prisional, além de incorporar práticas voltadas à dignidade humana e à reinserção dos apenados na sociedade.

fonte www.mppi.mp.br

Coordenadoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí - MPPI

Promotoras de Justiça visitam CAPS de Miguel Alves para fortalecer políticas de saúde mental

Nessa segunda-feira, 23 de junho, as promotoras de Justiça Luana Azeredo, titular da Promotoria de Justiça de Miguel Alves, e Karla Carvalho, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), estiveram reunidas com a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Miguel Alves.

O encontro teve como objetivo conhecer de perto a estrutura e o funcionamento do serviço de saúde mental local, além de discutir estratégias para aprimorar e fortalecer a assistência prestada à população.

Durante a reunião, a promotora Luana Azeredo destacou a importância da articulação entre os diversos setores da administração pública para garantir um atendimento mais eficaz. “É necessária uma comunicação, uma interlocução com todos os outros setores do município. A saúde, a educação, a assistência social serão provocados para que haja uma atuação intersetorial em favor do aperfeiçoamento da saúde mental em Miguel Alves”, afirmou.

A promotora Karla Carvalho reforçou a necessidade de ações que promovam a reinserção social dos usuários do CAPS. “A reabilitação e a inserção se fazem fora dos muros do CAPS. É necessário haver um diálogo com os demais atores do governo municipal para o desenvolvimento de ações que possibilitem aos cidadãos atendidos condições de serem inseridos em diversas áreas”, explicou.

Medidas definidas
Como resultado da reunião, foram definidas ações a serem implementadas pelo município de Miguel Alves, como:
• Implantação do Sistema Hórus, para qualificação da assistência farmacêutica no CAPS;
• Revisão do processo licitatório referente aos serviços e insumos vinculados ao CAPS;
• Atualização dos cadastros realizados pelos agentes comunitários de saúde, com foco especial nos usuários com condições crônicas, como transtornos mentais graves e uso abusivo de álcool e outras drogas;
• Elaboração de um plano intersetorial, envolvendo as secretarias de Educação, Assistência Social e demais pastas, para promover ações integradas de saúde mental.

fonte www.mppi.mp.br

Coordenadoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí - MPPI

Alepi analisa novo pedido de viagem internacional do governador Rafael Fonteles

Governador pretende visitar Portugal, Espanha e Suíça em julho para tratar de interesses do Piauí


Chegou à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), nesta terça-feira (24), um Projeto de Resolução que concede autorização para que o governador Rafael Fonteles viaje à Europa no início de julho.

Governador pretende visitar Portugal, Espanha e Suíça em julho para tratar de interesses do Piauí - (Arquivo/O DIA)Arquivo/O DIA
Governador pretende visitar Portugal, Espanha e Suíça em julho para tratar de interesses do Piauí

Os destinos da viagem serão Portugal, Espanha e Suíça, com início previsto para o dia 3 de julho e retorno no dia 9 do mesmo mês. A matéria será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, encaminhada ao Plenário da Casa.

Esta é a segunda resolução deste ano analisada pela Alepi para autorizar uma viagem internacional do governador. A primeira foi para a ida à China e ao Oriente Médio, onde Rafael cumpriu agenda administrativa com o presidente Lula e, depois, atuou como presidente do Consórcio Nordeste em missão oficial no Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

De acordo com o Palácio de Karnak, os compromissos no exterior resultaram em avanços nas áreas de energia, infraestrutura e turismo, com perspectiva de geração de empregos e atração de investimentos privados para o estado. Segundo o Governo do Estado, os aportes anunciados por empresas parceiras já ultrapassam R$ 3 bilhões.


fonte portalodia.com

TCE orienta Câmara de Teresina a manter salário de Tatiana Medeiros

 A parlamentar foi presa em 3 de abril sob acusação de envolvimento com uma facção criminosa

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) recomendou à Câmara Municipal de Teresina (CMT) que continue pagando o salário de R$ 24 mil à vereadora Tatiana Medeiros (PSB), mesmo após seu afastamento. A parlamentar foi presa em 3 de abril sob acusação de envolvimento com uma facção criminosa, além de crimes como compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e prática de “rachadinha”. Desde o dia 3 de junho, ela cumpre prisão domiciliar na casa da mãe, localizada na zona Leste da capital.

Foto: ReproduçãoTatiana Medeiros
Tatiana Medeiros

A recomendação foi dada após consulta da Procuradoria da Câmara, que buscava esclarecer se a manutenção do salário poderia configurar crime de responsabilidade fiscal. Segundo o presidente da Casa, vereador Enzo Samuel (PDT), o parecer do TCE confirma que o parlamento municipal agiu corretamente.

Embora Tatiana Medeiros esteja afastada há mais de dois meses e tenha tido seu gabinete fechado após a exoneração dos 15 servidores comissionados que lá atuavam, o suplente Leondidas Jr. (PSB) só assumiu a vaga no início de junho.

fonte conectapiaui.com.br

Esquema digital vende cartões clonados, documentos falsos e dinheiro adulterado

 Grupo de WhatsApp oferece serviços ilegais como morte no CPF, cartões clonados e esquemas de fraudes

Entrei como observador em um dos maiores grupos de crime digital em atividade no Brasil. Com mais de mil integrantes, sendo alguns deles com DDD 86 ou 89 (abrange o Piauí) conectados via WhatsApp, os administradores do canal oferecem diariamente um verdadeiro mercado paralelo: cartões de crédito clonados, documentos falsificados, contas invadidas, dinheiro adulterado e pacotes prontos para aplicar golpes em sites, aplicativos e bancos. A estrutura é clara, direta e voltada para o lucro: com promoções, feedbacks de clientes e até consultoria personalizada.

Foto: Conecta PiauíCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Grupo opera livre (e diariamente) via WhatsApp

O grupo funciona no WhatsApp, com acesso restrito às mensagens: apenas os administradores (que usam apelidos como “Pilotin” e “Professor”) podem postar. Os demais membros, mais de mil de diversas regiões do país, acompanham em silêncio o conteúdo publicado, que inclui catálogos de fraudes, imagens de produtos ilegais, instruções, preços atualizados e provas de entrega.

A composição do grupo chama atenção: entre os integrantes, circulam profissionais de nível superior, como advogados, empresários e autônomos, conforme indicações indiretas feitas nas próprias mensagens do canal. O ambiente é tratado com naturalidade, como se fosse um centro comercial. Há atualizações frequentes, campanhas e até suporte.

Foto: Reprodução/WhatsappCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Produtos oferecidos: do documento falso à fraude institucionalizada

Os serviços seguem uma lógica de catálogo, com linguagem de marketing e foco na praticidade. Abaixo, os principais pacotes ofertados:

Documentação falsa (editável e impressa):

  • RG, CNH e CNH digital
  • Holerites e comprovantes diversos (vacinação, residência, pagamento, renda)
  • CRLV e título de eleitor
  • Certidões de nascimento, atestados médicos e boletins de ocorrência
  • Notas fiscais e históricos escolares

Os arquivos são enviados editáveis, mas há também a opção de adquirir documentos físicos prontos. O canal se apresenta como “referência” em falsificação e se autodenomina “mestre em documentação”.

Foto: Reprodução/WhatsappCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Contas hackeadas e perfis para fraudes em aplicativos

Outra frente do grupo é a venda de contas completas para uso fraudulento em plataformas conhecidas:

  • Uber e 99Pop: com rosto do comprador, nome fictício e dados bancários prontos para pescaria (fraudes com motoristas falsos)
  • Contas com Pix ativo: em bancos digitais e carteiras como RecargaPay e PicPay
  • Golpes em maquininhas: com esquemas de “virada de saldo” em SumUp

Os criminosos ainda anunciam “aprovação de veículos fora dos critérios”, manipulação de dados de reconhecimento facial e uso de fotos adulteradas para burlar validações dos apps.

Foto: Reprodução/WhatsappCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Esquemas em grandes plataformas de e-commerce e apostas

O grupo mantém uma tabela atualizada de fraudes prontas para aplicação em lojas e sites populares. Os “trampos” mais divulgados incluem:

  • Shopee, Shein, Amazon e Aliexpress: compras com dados clonados, estorno indevido e manipulação de cupons
  • Casas Bahia e Magalu: contas fantasmas para compras no crédito
  • Nike: esquema específico que promete aprovações acima de R$ 1 mil
  • Golpe da rifa e golpe do leilão: formas de atrair vítimas para falsas promessas de sorteios e arremates
  • Fraudes em plataformas de apostas e jogos online, incluindo viradas de saldo e manipulação de créditos

A linguagem usada mistura jargão técnico com gírias de rua, numa tentativa de dar aparência de confiabilidade ao serviço ilegal.

Foto: Reprodução/WhatsappCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Dinheiro falsificado circulando com aparência legal

Dois tipos de cédulas são comercializadas: as chamadas notas “básicas” e as notas “fibradas (importadas)”, ambas disponíveis em valores de R$ 5 a R$ 200. O canal afirma que os produtos passam em testes comuns como:

  • Luz negra
  • Caneta verificador
  • Fita de segurança
  • Holografia
  • Textura

Os pacotes partem de R$ 140 e vão até R$ 690, com entrega via sedex e códigos de rastreio. As notas são enviadas “dentro de objetos” para evitar interceptação, segundo os próprios administradores.

Foto: Reprodução/WhatsappCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Serviço para negativar CPF como se fosse óbito

Um dos anúncios mais agressivos do grupo é o serviço que registra o CPF de uma pessoa como “falecido” no painel do SUS. Com isso, a vítima enfrenta consequências reais:

  • Bloqueio para crédito e financiamentos
  • Restrições para abertura de contas
  • Dificuldades para contratação de serviços e empregos
  • Constrangimento em consultas e verificações

O grupo apresenta o serviço como forma de “atrasar a vida de desafetos”, listando até os “malefícios” como se fosse parte de um benefício ao contratante. O nível de frieza e detalhamento revela a completa naturalização desse tipo de crime.

Foto: Reprodução/WhatsappCriminosos vendem cartões clonados, dinheiro falso e esquemas de golpes em grupo

Clientes satisfeitos como propaganda do crime

Grande parte da força do grupo está na exibição constante de feedbacks de clientes. Prints de mensagens, fotos de documentos recebidos, compras realizadas e até vídeos de supostos golpes bem-sucedidos são divulgados como prova da eficácia do serviço.

Essa tática impulsiona a confiança de novos interessados, que passam a consumir os “produtos” como se estivessem contratando qualquer serviço digital, mas com o agravante de que todos os envolvidos estão cometendo crimes.

Para finalizar

O que se observa dentro do grupo é a profissionalização do crime digital no Brasil. A operação funciona como um e-commerce paralelo: tem cardápio, promoções, pacotes personalizados, atendimento exclusivo e logística de entrega. O uso do WhatsApp como plataforma central permite mobilização nacional com facilidade.

Mais do que um grupo isolado, essa rede representa um retrato da impunidade no ambiente virtual. Enquanto o canal cresce e fatura com golpes prontos, milhares de brasileiros têm seus dados violados, seus nomes usados em fraudes, e suas finanças sabotadas por criminosos que não escondem o rosto nem mesmo o número.

fonte conectapiaui.com.br

Câmara vira palco de novas agressões entre vereadores

 O embate de agora é entre Petrus Evelyn e Draga Alana

A terça-feira (24) foi de tensão elevada na Câmara Municipal de Teresina. Com acusações de compra de votos e ligações com facções, o plenário se transformou em um campo de batalha verbal entre os vereadores Petrus Evelyn (Progressistas) e Eduardo Draga Alana (PSD), em mais um episódio que revela o ambiente de animosidade crescente dentro da Casa.

Foto: Reprodução/CMTPetrus Evelyn (Progressistas) e Eduardo Draga Alana (PSD)
Petrus Evelyn (Progressistas) e Eduardo Draga Alana (PSD)

O confronto ganhou tons mais graves quando Petrus, durante discurso, afirmou ter lido na internet que Draga teria envolvimento com compra de votos e até com facções criminosas.

“Já li que você comprou seus votos, que você é ligado a facções”, disse Petrus diante dos demais parlamentares, mencionando ainda que era o presidente da CPI das Águas no plenário, se referindo as acusações feitas por parlamentares da CPI que dizem que este tem feito “corpo mole” na CPI.

Embora tenha declarado que não acredita pessoalmente nas acusações, sugeriu que o colega deveria se defender publicamente delas: “Mas são ações gravíssimas que eu acho que você deveria responder.”

A reação veio com indignação. O vereador Draga Alana, visivelmente contrariado, retrucou com veemência. “É muito baixo querer trazer esse tipo de coisa da internet pra cá. Eu não respondo a nenhum processo, graças a Deus sou o mais bem votado. Quando você diz que tem coisa na internet me ligando a facções, abra uma CPI pra investigar”, afirmou, sugerindo que o ataque teria motivações pessoais.

Draga ainda aproveitou para alfinetar o rival, mencionando a CPI da água de Teresina, instaurada para apurar possíveis irregularidades em contratos de abastecimento, onde, segundo ele, há denúncias de pagamentos de propina que envolveriam o próprio Petrus. A insinuação inflamou ainda mais o ambiente.

No fim do bate-boca, o vereador do PSD lançou um aviso direto ao colega do Progressistas: “você quer comprar uma briga comigo, compre.”

O episódio, além de escancarar um racha interno no legislativo municipal, levanta um alerta sobre o uso político de insinuações extraídas das redes sociais e o esvaziamento dos debates parlamentares em prol de confrontos pessoais. Mesmo com a tentativa posterior de Petrus em amenizar a situação, elogiando a atuação de Draga como ex-secretário de esporte, o estrago político já estava feito.

A repercussão dentro e fora da Câmara foi imediata. Nos bastidores, parlamentares comentam que a fala pode gerar desdobramentos tanto no Conselho de Ética quanto na CPI já instaurada.

Da Redacão - o caso da revelação de Petrus sobre suposto envolvimento de Draga com facções criminosas, se aplica mais à polícia que a uma CPI. Urge, pois, que se abra um inquérito para apurar

Fonte: Portal AZ