sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Encontro OAB discute prerrogativas dos advogados em Encontro de Juízes do Piauí


Encontro

OAB discute prerrogativas dos advogados em Encontro de Juízes do Piauí

"Nós entendemos que fazemos parte do sistema de justiça, temos o mesmo objetivo, que é a prestação jurisdicional mais célere e segura possível", pontuou Guimarães.


Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, participaram na manhã desta sexta-feira (31) de um encontro de magistrados do Piauí, onde disseminaram entre os participantes as prerrogativas do advogado, além de debater pontos relativos ao melhor relacionamento entre a justiça e os profissionais de direito. A reunião aconteceu no Auditório do Tribunal de Justiça do Piauí.
Imagem: DivulgaçãoEncontro de Juízes do Piauí(Imagem:Divulgação)Encontro de Juízes do Piauí

Juízes de diversas comarcas estavam reunidos com o Supervisor dos Juizados EspeciaisCíveis e Criminais do Piauí, Desembargador José James Gomes Pereira, e com a Coordenadora dos Juizados Especiais, Célia Lima Lúcio, para tratar dos procedimentos para a realização do I Fórum Estadual dos Juizados Especiais, que acontecerá nos dias 18 e 19 de setembro. A OAB é parceira no evento, e contará com 50 das 300 vagas disponíveis para participação de advogados interessados.

Durante o encontro, o presidente da Seccional Piauí, Willian Guimarães, reforçou o importante papel desempenhado pela Ordem dos Advogados no sentido de buscar melhorias para o Sistema Judiciário como um todo. “Nós entendemos que fazemos parte do sistema de justiça, temos o mesmo objetivo, que é a prestação jurisdicional mais célere e segura possível. Quando pleiteamos verbas e melhorias para o judiciário, nós estamos com o olhar voltado para o 1º grau de jurisdição, pois é a porta que recebe cerca de 90% da demanda dasociedade”, pontuou Guimarães.

Ao tratar das prerrogativas do advogado, o presidente lembrou que o bom relacionamento entre os profissionais que atuam pela justiça garantirá uma melhoria para o judiciário como um todo. “Isto é uma via de mão dupla, pois da mesma forma que lutamos pela melhoria da estrutura do judiciário como um todo, para que o magistrado consiga produzir de maneira satisfatória, também temos encontrado dificuldades. É necessário fixar alguns entendimentos, como por exemplo, em relação as prerrogativas, para que sempre mantenhamos um bom relacionamento com a magistratura”.

O secretário adjunto da OAB-PI, Antomar Gonçalves, durante participação no encontro, anunciou a criação da Corregedoria Geral da OAB. Para Gonçalves, a OAB é uma instituição responsável pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas, então, a Ordem não pertence apenas ao advogado, mas à cidadania, e entre os cidadãos, está, sobretudo, a magistratura. “A OAB deve respeito e atenção à magistratura, razão pela qual tem se colocado sempre à disposição dos pleitos e das minorias do judiciário do Piauí. Implantaremos a Corregedoria Geral da OAB, porque entendemos que não existe prerrogativa sem ética, sem que o profissional se dê o devido respeito ético”.

O secretário adjunto esclareceu que, mesmo com existência e atuação do Tribunal de Ética e Disciplina, a implantação da Corregedoria visa, dentre outros, oferecer celeridade e resposta àquelas reclamações e demandas conjuntas da sociedade e de todas as autoridades, para que elas tenham retorno de eventual reclamação existente.

O presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados, Antônio Sarmento, apresentou aos magistrados, através de folders informativos, o Estatuto da Advocacia, que dispõe sobre as prerrogativas dos advogados. “Queremos dar a devida transparência, abrindo um canal cada vez mais largo de uma boa convivência entre a classe dos advogados e magistrados. Ninguém melhor para fazer com que essas prerrogativas sejam cumpridas e, com isso, assegurar a cidadania, do que os executores da lei”.

Entre os temas da discussão, o presidente Willian Guimarães pontuou a ideia da conciliação nos juizados. Para o representante da OAB, os conciliadores necessitam de uma capacitação mais intensa na busca pelo acordo, que é o foco principal dos Juizados Especiais.

Outro ponto discutido entre a OAB e magistrados foram os alvarás. Os representantes sugeriram a adoção de um critério já adotado com êxito, por exemplo, na Justiça do Trabalho, em que consta o nome do advogado e do constituinte no alvará. “Esta é uma forma de garantia da execução do que está firmado em contrato de serviços e honorários advocatícios. Queremos uma situação de equilíbrio”, finalizou Guimarães.

fonte gp1