sábado, 23 de abril de 2016

Atrasos Sindicato entra com ação de cobrança contra prefeito Zé Resende


Atrasos

Sindicato entra com ação de cobrança contra prefeito Zé Resende

"O prefeito disse que os pagamentos seriam divididos em nove parcelas e que até o dia 10 de março eles seriam realizados, mas nada foi feito", declarou a presidente do Sindicato.

O Sindicato dos servidores da Educação do município de Boa Hora, que estão com salários em atraso, entrou, em março deste ano, com uma ação judicial de cobrança na Comarca de Barras contra o prefeito Zé Resende.

O prefeito Zé Resende é acusado de não ter pago os meses de dezembro de 2012 e 2014, novembro e dezembro de 2015, abono férias e o reajuste do piso salarial, referente aos anos de 2015 e 2016 dos trabalhadores da Educação.

Ao GP1, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Boa Hora, Maria da Conceição, mais conhecida como “Professora Ceicinha”, contou que recentemente o prefeito andou na cidade fazendo os servidores assinarem uma lista e dizendo que os meses de salários atrasados seriam pagos em nove parcelas. Essa foi uma proposta apresentada pelo prefeito em uma audiência no dia 23 de fevereiro. 
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Prefeito Zé Resende(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Prefeito Zé Resende
“O prefeito disse que os pagamentos seriam divididos em nove parcelas e passou com uma lista obrigando os servidores a assinarem e que até o dia 10 de março eles seriam realizados, mas nada foi feito”, disse.

A professora afirmou que o prefeito vem agindo com descaso para com a educação do município. “O prefeito age com descaso, só diz que foi uma herança maldita” e acrescentou, “eu não fico constrangida em dizer isso, falo com propriedade do assunto. Só não fazemos greve porque pensamos no alunado, em nossos filhos, nos colocamos no lugar das mães dos alunos, mas vai chegar uma hora que não aguentaremos mais e teremos que realizar o movimento grevista”, avaliou.

A Professora Ceicinha ainda se defende de acusações feitas pelo prefeito, ao dizer que o sindicato é usado como palanque político. “Na sua emissora de rádio, o gestor diz que o sindicato é um palanque político, mas na verdade não é um palanque político e nem partidário, e sim exercemos a política educacional. Não estamos aqui para criticar ou fazer oposição à administração atual, mas somente para defender os interesses dos sindicalizados. Não temos a intenção de prejudicar ou fazer oposição, apenas queremos salários em dias, obediência à legislação, uma carga horária regular, cumprimento do piso nacional e outros direitos básicos que estão sendo violados”, finalizou.

Processo

A professora Teresinha Dias da Silva Rocha, que também faz parte do sindicato dos servidores da Educação, entrou com uma denúncia no Tribunal de Contas do Estado em agosto de 2015, relatando sobre o descaso da prefeitura em relação aos trabalhadores da educação.

fonte gp1