A investigação apontou que o réu se aproximou da vítima, fingiu um relacionamento amoroso e a levou para o local onde foi executada
O réu Igor Rodrigues da Silva começa a ser julgado pelo 2º Tribunal do Júri Popular de Teresina nesta terça-feira (07). Ele é acusado de atrair para uma emboscada e matar Gizele Vitória Silva Sampaio, de 17 anos, conhecida como “Sereia”.
O crime ocorreu em 2021. A vítima saiu de casa por volta da 1h com o namorado e desapareceu. O corpo dela foi encontrado em uma cova rasa às margens do Rio Poti, na zona norte, no dia 22 de maio do mesmo ano.
À TV Antena 10, o promotor João Malato Neto, representante do Ministério Público, disse que Igor Rodrigues é acusado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Segundo ele, a motivação do crime foi porque a vítima era ligada ao grupo criminoso Bonde dos 40 e morava em uma região dominada pelo PCC.
“A acusação contra o réu, são dois crimes: Homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Homicídio qualificado por motivação torpe, tendo em vista que o que motivou a morte da vítima Giselle, uma adolescente de 17 anos, por simplesmente ela fazer parte da facção Bonde dos 40 e o réu era da facção Primeiro Comando da Capital”, disse.
O Promotor também destacou a crueldade do crime. A investigação aponta que o réu se aproximou da vítima e fingiu um relacionamento amoroso com ela para atraí-la para a morte. Ele ainda obrigou a adolescente a cavar a própria cova, além de divulgar fotos da execução nas redes sociais.
“Um crime covarde, o réu premeditou o crime, fingiu ter um relacionamento com ela, a convidou para sair na noite do crime, posteriormente, a sequestrou e a levou para a beira do Rio Poty. Obrigou ela a cavar uma cova, depois ele a executou com dois tiros na cabeça e divulgou as fotos dela morta na própria cova em que tinha cavado”, destacou.
Após o crime, o réu Igor Rodrigues da Silva fugiu para o Rio de Janeiro, onde foi preso em 28 de abril de 2023. A fuga e outras provas que ele fazia parte do PCC, de acordo com o promotor, não deixam dúvidas que foi o autor do crime.
“Tem uma farta prova documental que ele integra a facção PCC, tem fotos na internet com armas e fazendo apologia a essa facção. As provas são cabais, tem fotos dele no local antes e depois da morte. Posteriormente, a fuga dele para o Rio de Janeiro, só foi preso depois de muito tempo foragido. Tudo indica que ele é o executor”, finalizou.
Pelo homicídio triplamente qualificado, o réu pode ser condenado entre 12 a 30 anos. A ocultação de cadáver pode incluir mais dois anos na pena.
Fonte: Portal A10+