segunda-feira, 21 de julho de 2025

PRF apreende madeira ilegal em Parnaíba equivalente a derrubada de 500 árvores nativas

 Semarh e PRF retêm 125 m³ de carga irregular; madeira pode ser usada em obras públicas de Cajueiro da Praia e Joaquim Pires

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) do Piauí e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreenderam 125 m³ de madeira ilegal na cidade de Parnaíba, litoral do estado. O volume, transportado em dois caminhões, representa a derrubada de aproximadamente 500 árvores nativas da região. A carga foi retida após fiscalizações de rotina nas rodovias, que identificaram excesso de madeira em um veículo e espécies divergentes das declaradas na documentação em outro.

O material apreendido corresponde a derrubada de 500 árvores.  - (Ascom/Semarh)Ascom/Semarh
O material apreendido corresponde a derrubada de 500 árvores.

Acionados pela PRF, auditores fiscais da Coordenadoria de Fiscalização da Semarh lavraram o auto de infração e iniciaram o processo administrativo. Os responsáveis pelo transporte irregular têm prazo legal de 20 dias para apresentar defesa, mas a secretaria já estuda a destinação social do material apreendido.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Feliphe Araújo, explicou que a madeira poderá beneficiar obras públicas nos municípios próximos. “Uma vez confirmada a perda do material, vamos destinar essa madeira às prefeituras de Cajueiro da Praia e Joaquim Pires. A madeira poderá ser usada em obras públicas como escolas, praças, creches ou projetos sociais que atendam diretamente a comunidade. É a transformação de um crime ambiental em benefício coletivo”, afirmou o secretário.


Além de garantir a autuação, a Semarh designou um depositário para guardar o material até o fim do processo. O gerente de fiscalização da pasta, Mário Filho, reforçou a importância de assegurar a utilização ética da madeira. “Nossa equipe técnica foi acionada tão logo a PRF identificou o crime ambiental. Realizamos a autuação e indicamos um depositário para guardar o material até a conclusão do processo. Nosso foco é que a madeira volte à sociedade de forma justa, legal e sustentável” disse o gerente.

Caso a defesa dos responsáveis não seja aceita, a madeira será definitivamente incorporada a projetos municipais, transformando o impacto negativo do crime ambiental em benefício direto às comunidades locais.


fonte portalodia.com