domingo, 14 de maio de 2017

Festa das mães é realizada na região das vilas em Campo Largo do Piauí

Festa das mães é realizada na região das vilas em Campo Largo do Piauí

Aconteceu na manhã deste sábado (14/05) na Vila Carolina, a festa em comemoração ao dia das mães, festa essa que envolve as três escolas que compõem a região das vilas, Creche Vô Martim Joel, E.M São Bernardo, E.M Joca Batista. O evento aconteceu no ginásio de esportes da Vila Carolina.
Quem esteve presente foi a Primeira Dama Jaci Santos, Vice Prefeito Raimundo Caetano, Vereadora Raimunda Caetano, Secretario de Educação Prof Genivaldo Carvalho e demais autoridades.
As mães participaram de homenagens, brincadeiras e de vários momentos dedicados especialmente a elas. Em seguida houve lanche e a distribuição de brindes as mães presentes
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fonte 180graus.com

sábado, 13 de maio de 2017

WELLINGTON TENTA ANULAR INFLUÊNCIA DE MÃO SANTA

WELLINGTON TENTA ANULAR INFLUÊNCIA DE MÃO SANTA

GOVERNADOR PREPARA UMA SÉRIE DE VISITA A CIDADES DA REGIÃO NORTE E TENTA RECUPERAR A INFLUÊNCIA NA REGIÃO DE GRANDE IMPORTÂNCIA NO ESTADO

Wellington Dias dará atenção especial aos prefeitos após retornar da Europa (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

COM CARINHO
Depois de uma temporada mais restrita a Teresina, o governador Wellington volta a dispensar atenção especial aos prefeitos do interior. Nesta sexta-feira (12), ele visitou, no mesmo dia, cinco cidades do Sul do Piauí. Hoje ele viaja para a Europa, mas quando retornar já tem prevista na agenda uma série de visitas e inaugurações de obras no interior.
2018
Aliados avaliam que o governador dará atenção especial a região Norte. Ele sabe que com a derrota do ex-prefeito Florentino Neto teria perdido força na região. Sem o comando da maior cidade do Norte, Wellington vai trabalhar para minar a influência de Mão Santa na região.
Florentino Neto terá missão de retornar a influência do governador entre os prefeitos do Norte (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)Florentino Neto terá missão de retornar a influência do governador entre os prefeitos do Norte (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)
POSSE
A posse de Florentino Neto na Secretaria de Saúde faria parte dessa estratégia. Com o controle da pasta de maior tamanho do Estado, Florentino terá contado direto com os prefeitos. 
ENCONTRO
Um dos encontros mais esperados da política local é o do prefeito de Parnaíba, Mão Santa (Solidariedade), com o ex-prefeito Florentino Neto (PT), agora secretário de Saúde. Vai ser inevitável. Se depender do clima como foi feita a transição na cidade pode-se espera um encontro no mínimo caloroso.
RESISTÊNCIA
Emanoel Bonfim assume a direção da Agespisa em meio a um clima de batalha entre os servidores da casa e os funcionários da Aegea. Por ordem do sindicato os trabalhadores da Agespisa não estão repassando as informações para a vencedora da subconcessão. Sem dados, a transição entre as duas empresas não foi nem iniciada.
Presidente da Agespisa enfrenta crise na empresa (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)Presidente da Agespisa enfrenta crise na empresa (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)
JUDICIALIZAÇÃO
O sindicato afirma que enquanto o processo de subconcessão da Agespisa estiver correndo na Justiça, nenhuma informação será repassada. Com o impasse, a Agespisa encontra-se praticamente fechada.
DENÚNCIA
Os técnicos de enfermagem que trabalham na Maternidade Dona Evangelina Rosa denunciam que estão há três meses sem receber os salários. Eles afirmam que apenas parte dos profissionais receberam esse mês e a outra metade ficou sem nada. Tem técnico relatando que a situação já é de desespero.

fontehttp://www.politicadinamica.com

Comboio do Exército com 06 carros-pipas e 20 homens chega a Jaicós para substituir pipeiros

Comboio do Exército com 06 carros-pipas e 20 homens chega a Jaicós para substituir pipeiros

Comboio do Exército com 06 carros-pipas e 20 homens chega a Jaicós para substituir pipeiros

Um comboio formado por 06 carros pipas e 20 homens do 25º Batalhão de Caçadores (25º BC), unidade do Exército Brasileiro com sede em Teresina, coordenada pelo capitão Berti chegou na manhã deste sábado (13) em Jaicós, com a missão de substituir os seis pipeiros da Operação Carro-Pipa no município, que se recusaram a dar continuidade ao abastecimento de água, logo após o Exército reduzir a quilometragem e a quantidade das carradas de água.
O anúncio da paralisação dos pipeiros foi anunciada na última terça-feira (9), durante reunião dos mesmos com membros da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC), na Secretaria Municipal de desenvolvimento Rural.
Logo após a chegada do comboio do 25º BC, o capitão Berti se reuniu na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural e Recursos Hídricos, que presidente a COMDEC, Luvercy Carvalho, vice-prefeito Branco Rodrigues, que representa a EMATER na COMDEC, vereadora Oziana e cerca de 35 apontadores, que são responsáveis pelo controle da distribuição da água da Operação Carro-Pipa no município.
Durante a reunião o capitão Berti falou sobre o impasse com os pipeiros cadastrados pelos Exército para fornecer água à população da zona rural de Jaicós, dentro da Operaçao Carro-Pipa “Diante deste transtorno, e para que a população não fique sem água, o Exército numa atitude de minimizar esta situação, enviou estes meios (caminhões pipas e homens). Uma emergência dentro de uma emergência, já que o programa por si só, já é emergencial”.
O oficial também falou do tempo de permanência do comboio no município “Desde já essa equipe vai cumprir a planilha. Os prestadores de serviço (pipeiros) tinham um cronograma durante o mês e nós vamos dar continuidade, apesar do atraso. Só vamos embora quando terminar. Acredito que em menos de vinte dias concluiremos”, informou.
Segundo o capitão Berti a a água que vai abastecer a população será fornecida pelo 3º Batalhão de Engenharia e Construção em Picos (3º BEC) “Vamos atrasar os trabalhos devido à distância, são 50 km, mas foi o único manancial encontrado, sem ônus (gasto) para o Exército, já que o município, nem o estado, não tem como arcar com a despesa da água nesta operação”.
Capitão Berti
O representante do Exército informou que o objetivo é normalizar a Operação Carro-Pipa no município “O próximo passo é notificar os prestadores de serviço que assinaram um contrato. Isso é um procedimento administrativo, até a busca de novos prestadores de serviço para suprir aqueles que se negaram a trabalhar. Isso, é claro, deverá demorar um tempo”, reconheceu.
Os carros-pipas que chegaram a Jaicós na manhã deste sábado (13) são dois caminhões pipas com tanque de 12 mil litros e quatro caminhões com Sun tanque Plotter de 4, 5 mil litros.
As equipes do Exército que permanecerão no município de Jaicós pelos próximos dias, trabalhando na Operação Carro-Pipa será coordenada pelo Tenente Casemiro.
Tenente Casemiro
Cada equipe, num total de seis equipes, será chefiada por um sargento do Exército. São eles: Barbosa, Emerson, Felipe Lopes, Fábio, Nonato e Joel.
Sargentos do 25º BC que chefiarão equipes durante Operação  Carro-Pipa em Jaicós
Após o anúncio e de como vai trabalhar cada equipe, feito pelo capitão Berti, o vice-prefeito Branco Rodrigues, criticou duramente a atitude do Exército em relação ao abastecimento de água no município “Estamos há 13 dias de atraso em relação ao abastecimento de água em Jaicós, dentro da Operação Carro-Pipa. Pela estrutura que chegou hoje, aqui, vai atrasar mais. Se os recursos enviados pelo governo federal, através do Ministério da Defesa continuam os mesmos, cerca de 157 milhões para o programa no Piauí, a redução foi feita pelo Exército. O Exército foi quem decidiu que Jaicós necessita de menos água, embora nós saibamos que necessita de mais. A água que vinha sendo distribuída era insuficiente, imagine agora”, enfocou.
Vice-prefeito Branco Rodrigues
Diante das palavras do vice-prefeito e representante da EMATER na COMDEC, Branco Rodrigues, o capitão Berti adiantou que logo após um novo levantamento que será feito pelo Exército no Município, o comandante da Operação no Estado do Piauí, deverá vir a Jaicós se reunir com a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil em data a ser definida.

Fonte: http://cidadesnanet.com/ com informações Portal Saiba Mais

Celeuma dos precatórios deve parar no Ministério Público Federal

Celeuma dos precatórios deve parar no Ministério Público Federal
Vereadores Adalto Moura (PSD) e Osmundo Andrade (PMDB) ameaçam acionar MPF, Polícia Federal e TCU.




"Vereadores, quem elegeu
vocês fomos nós e não o prefeito".
 "Legislar é fiscalizar o executivo
e trabalhar em prol da comunidade". 


Essas foram algumas mensagens que um grupo de professores da rede pública municipal levou para a sessão plenária desta sexta-feira (12).  Eles reivindicam cumprimento de sentença expedida pela Justiça Federal no âmbito do processo transitado em julgado Nº 6723-25.2005.4.01.4000. A União foi condenada a pagar R$ 10,5 milhões ao município de Itaueira como forma de precatórios do antigo FUNDEF.


Pela determinação judicial e resolução do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), o dinheiro deve ser aplicado nos temos da Lei  nº  9.424/96 (Lei  do FUNDEF) a  qual  dispõe  que  60%  dos  recursos  devem  ser  destinados  na  remuneração  do magistério  e  40%  em  outras  despesas  de  manutenção  e  desenvolvimento  do  Ensino Fundamental.


A Lei Municipal Nº 464/2016 no Art. 2º condiciona a aplicação desse recurso à resolução do TCE-PI. O dispositivo foi proposto pelo vereador Moisés Lima (PTB), atual líder do prefeito na Câmara Municipal. 

“A destinação dos recursos provenientes do crédito especial em que se trata esta lei [R$ 10.594.343,19] obedecerá o disciplinado pelas resoluções a serem editadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí acerca do tema.”


Na sessão de ontem (12) a prefeitura encaminhou para a Câmara Municipal um extrato mostrando que o prefeito gastou R$ 907.665 (novecentos e sete mil, seiscentos e sessenta e cinco reais e dezesseis centavos), restando R$ 9.686.335, 03 (nove milhões, seiscentos e oitenta e seis reais mil, trezentos e trinta e cinco reais e três centavos), aplicados na conta corrente 58022-8, agência 3631-5 do Banco do Brasil. O documento já havia sido publicado pelo Acesse Piauí na última segunda-feira.


Os vereadores Adalto Moura (PSD) e Osmundo Andrade (PMDB), que solicitaram a apresentação do extrato, agora querem as prestações de contas detalhadas do valor gasto e o plano de aplicação dos R$ 9,6 milhões que ainda restam, conforme exigiu o Tribunal de Contas do Estado.


Caso o impasse não seja resolvido conforme a determinação da Justiça Federal e TCE, os parlamentares vão acionar o Ministério Público Federal, Polícia Federal e Tribunal de Contas da União, já que se trata de dinheiro enviado ao município pelo Governo federal.

fonte http://acessepiaui.com.br

Barrense relata casos de abusos e violência

Barrense relata casos de abusos e violência

Com outros 81 trabalhadores rurais, o piauiense Francisco das Chagas da Silva Lira, 38, natural do município de Barras, foi resgatado pela fiscalização do Ministério do Trabalho da condição análoga à de escravo em 2000. Ele limpava o pasto da fazenda Brasil Verde, em Sapucaia, no Pará, a 733 km de Belém. O caso foi parar na Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão jurisdicional da OEA (Organização dos Estados Americanos), que condenou o Brasil por omissão e negligência aos trabalhadores.

Em relatos feitos para reportagem da Folha de S. Paulo, o piauiense relata abusos e violência: 
O pior dia foi quando o fiscal (funcionário da fazenda) quis queimar o rapaz. Era madrugada, ainda estava preparando o café da moçada quando o fiscal perguntou de um dos nossos colegas. Éramos 12 trabalhadores rurais no grupo. Falei que o cabra estava mal, nem conseguia levantar da rede. Daí o fiscal ficou bravo.
Com um pedaço de ferro, pegou uma brasa e partiu para queimar o menino. Eu disse para ele: "Não leve, não. Se levar, você morre".
O rapaz já era escravo, ainda ia ser queimado por um tição de fogo? Você não faz isso com ninguém, nem com bicho. Se machucasse um de nós, os outros iam reagir. E os fiscais tinham armas. Ia dar o pior de tudo. Ele deixou a brasa, mas foi até a rede e sacudiu para o cara levantar.
O convite para trabalhar na fazenda Brasil Verde, em Sapucaia, no Pará, partiu de Meladinho (apelido do aliciador que contratou os trabalhadores em outro Estado). Ele prometeu um salário mínimo (na época de R$ 151) para cuidar do pasto e do gado, com alojamento e equipamentos de trabalho.
Na necessidade, você aceita tudo. Fui para o mundo com outros desempregados aqui de Barras (PI). A intenção era mandar dinheiro para a família. Viajamos dois dias de ônibus e trem, sempre à noite. Quando chegamos na Brasil Verde, era tudo diferente.
O alojamento era um barraco de lona, sem paredes, fogão, banheiro, pia, luz elétrica. Não tinha nada. Um fiscal vigiava a gente o tempo todo. Às 4h da manhã, ele colocava os holofotes (farol) do carro dentro do barracão. Todos os dias, eu preparava o café da moçada. Se a gente não fizesse, não comia. Cansamos de andar até 20 quilômetros à pé para chegar ao trabalho, com chuva ou sem.
O mato não era baixo como o Meladinho tinha prometido. Era uma juquira alta (mato que cresce no pasto), serviço para trator. Um dos trabalhadores fez a conta: cada um de nós estava ganhando R$ 0,75 por dia.
Parávamos por volta de meio-dia para comer. Era arroz com mandioca, fria, sem gosto. Como a gente comia no tempo (à céu aberto), a água misturava na marmita. Nem tinha apetite para comer aquilo ali. Trabalhávamos até anoitecer.
Um dia, um temporal tomou o céu. Era uma chuva de raios. Eu e mais três roçávamos perto de uma cerca elétrica e decidimos retornar ao barraco, com medo. Eram 14h30. Mal entramos e o fiscal veio para cima.
Não adiantou explicar, o fiscal obrigou a gente a voltar. Deu o pior. Um trovão caiu perto da gente e cada um caiu para um lado. Nem sei explicar o que senti. O fiscal fez a gente levantar e retomar o serviço.
Teve dia que voltei para o barracão pisando com o calcanhar. Não sei se era umidade, calor ou alguma outra coisa, mas todos nós pegamos uma doença, a "rói-rói", que dava uma coceira insuportável e comia a carne dos pés. Tinha dedo que ficava no osso. Mas não dava para reclamar. O que é um trabalhador na frente de uma arma?
Nunca disseram: "Rapaz, vocês estão trabalhando muito, vou valorizar o serviço de vocês". Todo mundo precisa ser prestigiado.
RESGATE
Lembro que no meu último dia lá fiz um serviço ruim, que era roçar um mato muito alto. Já passava das 15h quando um fiscal veio dizer que a [Polícia] Federal queria falar com a gente.
"Vocês vão lá e, se perguntarem alguma coisa, diz que está tudo bem". Na hora pensei: "Já sei por onde começar, a vez que quiseram queimar o menino". Lembro também de ter falado: "Quero ir embora, não aguento mais".
Os policiais chegaram até nós porque dois trabalhadores, de um outro grupo, apanharam dos fiscais na sede da fazenda. Por sorte, conseguiram fugir até a cidade e denunciaram.
A Federal levou a gente até o barraco num carro de boi, cheio de lama e fezes. Lá, disseram que não trabalhávamos mais na fazenda e que deveríamos ficar juntos até o dia seguinte, quando voltariam para nos buscar.
Eles precisavam acertar o transporte, acomodação e alimentação para 82 pessoas. Aconselharam a não sair do barraco e não andar sozinho, porque os donos poderiam querer se vingar. Você acha que alguém dormiu naquela madrugada?
Não era a primeira vez dos policiais naquela fazenda, contaram. Outros já tinham sido resgatados de trabalho escravo contemporâneo ali. Na época, em 2000, não tinha consciência do que era trabalho forçado, condições degradantes de trabalho e jornada exaustiva.
Já tinha ouvido falar de trabalho escravo na televisão, mas pensava que escravidão era castigo para quem faz mal ao outro. Mas não. Escravo é sofrer, passar fome, necessidade, ser mandado toda hora. Não quero uma vida de escravo para ninguém.
PROCESSO
A condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos, da OEA (Organização dos Estados Americanos), por negligência e omissão aos trabalhadores, foi a primeira vez que o tribunal condenou um país por trabalho escravo contemporâneo. Desde 1995, mais 50 mil pessoas foram resgatadas no país.
Na sentença, a Corte pediu ainda a reabertura do processo criminal, que envolve o dono das terras, o paulista João Luiz Quagliato Neto, até hoje um importante nome do agronegócio brasileiro.
"Temos a tradição de dar cumprimento à decisões da Corte", diz Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, subprocuradora-geral da República. Em março ela deu encaminhamento à reabertura da investigação.
Em 1988, denúncia feita pela Comissão Pastoral da Terra ao governo brasileiro já falava do crime naquelas terras, onde se cria gado, e do desaparecimento de dois adolescentes.
Desde então fiscalizações da Polícia Federal e do Ministério do Trabalho encontraram violações trabalhistas na Brasil Verde –em 1989, 1993, 1996 e 1997.
Procurado, o advogado de Quagliato não se pronunciou até a conclusão desta edição. Em entrevista a esta Folha em 1998, o pecuarista negou a ocorrência de trabalho escravo na sua fazenda. 
FolhadeSãoPaulo
fonte http://www.agrandebarras.com.br