Defensor acusado de cobrar por atendimento é suspenso por 60 dias
Decisão do governador contrariou relatório da Defensoria Pública, que pedia demissão.
A punição para o defensor público Adriano Moreti Batista, preso pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), foi 60 dias de suspensão sem direito a receber salário. Ele é acusado por cobrar de R$ 2 mil a R$ 5 mil de pessoas de baixa renda para dar entrada em ações judiciais.
A decisão de manter o defensor no cargo foi do governador Wellington Dias (PT) e contrariou o relatório final do processo administrativo instaurado pela Defensoria Pública, que pedia a demissão do servidor.
O crime de corrupção estaria acontecendo desde julho de 2014 e a prisão do defensor aconteceu em fevereiro de 2015. A fraude foi descoberta porque duas, das três vítimas que tinham pago R$ 5 mil cada um, exigiram o dinheiro de volta após não ter êxito nas ações judiciais.
Adriano Moreti ainda ficou preso por quatro dias e foi afastado cautelarmente do cargo através de uma portaria expedida pela Defensoria Pública.
A decisão do governador Wellington Dias foi publicada no Diário Oficial do dia 29 de outubro.