Secretaria de Meio Ambiente autua prefeitura de Altos por lixão irregular
No local foram encontrados resíduos hospitalares, como remédios, seringas, agulhas e bisturis possivelmente contaminados.
Atendendo a uma denúncia anônima, fiscais ambientais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí – SEMAR estiveram na cidade de Altos (PI), localizada a 42 km ao norte de Teresina, para verificar a existência de um lixão clandestino. Moradores reclamavam de forte odor, principalmente pela manhã e durante a noite, nas proximidades do local, além de desconforto provocado pela fumaça advinda da combustão do lixo.
(Foto: Divulgação/SEMAR)
No local foram encontrados diversos tipos de detritos, desde papéis, papelões, embalagens plásticas e demais materiais domésticos até resíduos hospitalares, como remédios, seringas, agulhas e bisturis possivelmente contaminados. Há uma área onde são depositados detritos de granja, como penas, vísceras, ossos e animais abatidos, que está provocando acúmulo de chorume e por consequência a contaminação do solo.
“Nós iremos autuar a prefeitura de Altos e uma granja de Teresina que flagramos quando iria depositar, de forma inadequada, resíduos de aves no lixão. A área será embargada e a prefeitura terá que adotar medidas imediatas como a remoção do resíduo hospitalar e o acondicionamento adequado do lixo, além de cercar e realizar o licenciamento ambiental do local. Além disso, tanto a granja quanto a prefeitura serão multadas. O valor das multas pode chegar a R$ 1 milhão, dependendo dos danos causados, que ainda vamos apurar e quantificar”, afirma Renato Nogueira, gerente de fiscalização ambiental da Semar.
“Além dos danos ambientais há o risco à saúde das pessoas que moram próximo ao lixão e principalmente aos catadores que foram encontrados no local, que não usam luvas, máscaras ou qualquer outro tipo de proteção. E como a primeira previdência que é tomada ao se depositar os resíduos é a incineração, geram-se detritos ainda mais tóxicos que os primeiros depositados, potencializando a contaminação”, finaliza Renato Nogueira.