Trabalhadores da Almaviva fazem paralisação e denunciam 'indústria da justa causa'
A manifestação começou por volta de 8h30 e centenas de operadores ficaram do lado de fora
Colaboradores da Almaviva do Brasil, unidade do bairro Dirceu, realizaram na manhã desta sexta-feira (13/10), uma paralisação para protestar, entre outros motivos, pela grande quantidade de demissões por justa causa que não estariam de acordo com a legislação trabalhista.
A Almaviva é uma empresa de teleatendimento e emprega milhares de pessoas, em especial jovens, e atende de forma terceirizada empresas como Nextel e a Tim.
A manifestação desta sexta começou por volta de 8h30 e centenas de operadores ficaram do lado de fora, onde palavras de ordem foram preferidas.
João de Moura Neto, presidente do Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado do Piauí) afirmou ao 180 que a empresa não dá espaço para que o colaborador possa se defender, e quem muitos erros no sistema causam problemas e os operadores é que são responsabilizados.
“Há uma verdadeira indústria da justa causa e o trabalhador não tem direito de defesa, fazem uma acusação e dá uma justa causa por mau procedimento, por indisciplina, mas não dá a oportunidade de se defender. Como tem sido muito abusivo, chegou ao ponto que os trabalhadores realizaram esse protesto para que a gente pudesse negociar com a empresa um procedimento que fosse mais justo, que obedecesse a lei, já que isso não está acontecendo. Nosso protesto é para fazer a empresa cumprir a lei”, diz.
O presidente do sindicato afirma que uma reunião com a empresa foi marcada para as próximas semanas e que a paralisação deve acontecer apenas nesta sexta. Na unidade do bairro São Pedro uma manifestação foi realizada, mas sem paralisação.
O 180 não conseguiu contato com a empresa.
