quarta-feira, 20 de março de 2019

Servidores da Seduc movimentaram R$ 300 mil por mês em esquema de desvio de merenda escolar

Servidores da Seduc movimentaram R$ 300 mil por mês em esquema de desvio de merenda escolar

Polícia Federal deflagou operação para apurar desvios de recursos

A Polícia Federal concedeu entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (20), onde forneceu maiores detalhes sobre a “Operação Boca Livre”, que investiga fraude às licitações de merenda escola da Secretaria de Educação do Estado.
De acordo com o delegado Reinaldo Camelo, o inquérito se iniciou em 2015 para apurar um pregão de alimentação escolar, onde três empresas participaram do processo licitatório.
Coletiva na sede da Polícia Federal (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)
Ainda de acordo como delegado, em uma das licitações houve um superfaturamento de 68% dos produtos vendidos para a Seduc em relação aos preços de mercado.
 “Conseguimos identificar relações entre essas empresas, e foi solicitado ao juízo, mandados de buscas e apreensões no órgão público e no escritório de uma dessas empresas, percebemos o ajuste de preços entre as empresas concorrentes da licitação”, declarou.
Delegado Reinaldo Camelo (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

Servidores envolvidos

A investigação da Polícia Federal descobriu ainda movimentações financeiras suspeitas incompatíveis com a renda salarial de funcionários da Seduc.
Uma das investigadas chegou a movimentar mais de R$ 300 mil por mês na conta bancária. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela PF, porém, o delegado revelou que alguns dos envolvidos ainda trabalham na pasta.
Controladoria- Geral também deu detalhes sobre a operação (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)
“Foram diagnosticadas transações suspeitas na conta de servidores, mas não podemos divulgar isso ainda, mas alguns ainda possuem vínculos. São servidores públicos, eles tiveram uma participação ao longo do processo, são atos praticados no pregão”, declarou.
A superintendente da Controladoria-Geral da União no Piauí, Érika Lobo informou que alguma dessas empresas ainda mantém contratos com órgãos púbicos.
“A partir de agora a CGU vai reanalisar os contratos e investigar as licitações que essas empresas participaram. A competência da CGU é fiscalizar a aplicação do recurso público federal”, disse.

fonte http://www.portalaz.com.br