quarta-feira, 20 de março de 2019

Alvo da PF, pregão para merenda escolar é foi finalizado durante o governo Zé Filho

Alvo da PF, pregão para merenda escolar é foi finalizado durante o governo Zé Filho

Delegado Reinaldo Camelo, da Polícia Federal

A Operação Boca Livre, deflagrada nesta quarta-feira (20/03) pela Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, iniciou ainda no ano de 2015, após denúncias de irregularidades no Pregão Presencial nº 01/2014, da Secretaria de Educação, à época do governo Zé Filho. O inquérito tramita no âmbito da Delegacia de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Superintendência da PF/PI, como explicou o delegado Reinaldo Camelo, em coletiva concedida nesta manhã.

O pregão era destinada à contratação de empresa para o fornecimento de gêneros alimentícios (merenda escolar) para atender alunos matriculados na Rede Estadual e também nos programas Projovem Urbano e Rural.
A edição do Dário Oficial do Estado, em 26 de maio de 2014, traz a publicação do aviso assinado pela pregoeira Maria José Alcântara Viana, apontando como vencedores do pregão as empresas Silva e Alves Frutos Tropicais, SP Comercial e Distribuidora, CR Distribuidora de Produtos e Norte Sul Alimentos. Em entrevista, a PF confirmou que três empresas são alvos da investigação, mas não apontou os nomes.
Ao tempo da publicação no DOE, quem estava no comando da Seduc era o advogado Alano Dourado. Ele assumiu diante do afastamento de Átila Lira, que se afastou para poder disputar a reeleição na Câmara dos Deputados.
Registro da solenidade de posse de Alano Dourado na Seduc, quando Átila Lira se afastou do cargo para concorrer à reeleição na Câmara Federal. Ato ocorreu no dia 07 de abril de 2014
Registro da solenidade de posse de Alano Dourado na Seduc, quando Átila Lira se afastou do cargo para concorrer à reeleição na Câmara Federal. Ato ocorreu no dia 07 de abril de 2014 
"Houve uma denúncia, e a partir dela as investigações evoluíram. E conseguimos identificar que esse pregão teve uma atuação extremamente restritiva, para eliminar as empresas concorrentes, direcionada para beneficiar determinadas empresas, como também alguns elementos do pregão, como justificativas elencadas, que foram constatadas que eram inverídicas, de forma a beneficiar as vencedoras", explica o delegado Reinaldo Camelo.
Ao longo do inquérito, a PF identificou relações entre as empresas, inclusive bancárias. Os mandados hoje cumpridos eram direcionados às empresas que participaram do pregão, aos sócios administradores e aos pregoeiros da SEDUC.

fonte 180graus.com