Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Após mais de um mês, os vereadores de Teresina aprovaram a alteração que permitirá à Prefeitura de Teresina firmar um empréstimo de R$ 200 milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Em sessão, também foi aprovado a operação de crédito de R$ 38 milhões junto à Caixa Economia, bem como o projeto do novo Refis, Programa de Recuperação Fiscal, que tem como objetivo a regularização e renegociação de dívidas com o município.
As matérias foram aprovadas em duas votações seguidas na manhã desta terça-feira (11). O projeto do Refis foi colocado em regime de urgência.
O presidente da Casa, Enzo Samuel (PDT), ainda colocou em pauta e, em regime de urgência, o projeto de empréstimo de R$ 38 milhões, junto à Caixa Econômica. O pedido foi feito pelo vereador Deolindo Moura (PT). Por outro lado, outro projeto da prefeitura para a criação de novos cargos na Secretaria de Planejamento foi retirado de pauta.
A ação foi comemorado pelo líder do prefeito, Antônio José Lira (Republicanos). “Só não vou dar um beijo no Deolindo e no outro porque acho que é nosso dever. Eu posso dormir tranquilo, fiquei quase doido por cinco dias”, disse.
Os 29 vereadores estiveram presentes na sessão e todos votaram favoravelmente às propostas.
As votações das matérias eram amplamente aguardadas pelo grupo do Palácio da Cidade e passaram por pelo menos dois esvaziamentos de sessões antes de serem votados. A manobra foi uma demonstração do crescente descontentamento de vereadores com o Poder Executivo Municipal.
Vereadores cobram informações
Ao falar sobre a aprovação das matérias, Enzo Samuel cobrou que a Prefeitura de Teresina envie informações sobre o planejamento para a aplicação dos recursos que serão obtidos através da operação de crédito. Segundo ele, apesar da solicitação feita pelos parlamentares, o cronograma de obras não foi repassado ao Legislativo.
“Estamos fazendo a nossa parte, vamos cobrar e fiscalizar. Nós aprovamos o empréstimo e, agora, queremos saber que obras que serão realizadas. E, se não começar [as obras], nós vamos cobrar também. Não é dinheiro dado, é emprestado. Se esse recurso fica parado, há um prejuízo. Quero que haja investimentos para a cidade, que o dinheiro seja realmente aplicado”, declarou o presidente da Casa.
Projeto é aprovado com votos da oposição
Chamou atenção que, apesar da resistência e da cobrança pelo planejamento vista às propostas, os projetos enviados pela Prefeitura de Teresina foram aprovados, inclusive, com votos da oposição. “É mais um crédito que a oposição está dando para essa gestão municipal”, disse o presidente do Progressistas Aluísio Sampaio.
fonte cidadeverde.com