A política, como costumam dizer, é como uma nuvem: você olha e ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou. Essa famosa frase do ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, ilustra perfeitamente a natureza volátil e imprevisível do cenário político. E essa volatilidade ficou evidente no recente rompimento entre o deputado estadual Evaldo Gomes (Solidariedade) e o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos) motivado pela exoneração de Ênio Portela da Fundação Monsenhor Chaves, uma indicação de Evaldo.
Os bastidores políticos são repletos de acordos, alianças e interesses que podem se transformar rapidamente, deixando muitos confusos. No caso em questão, a exoneração de Ênio Portela, um aliado do deputado Evaldo, gerou um rompimento político que evidencia a fragilidade das relações políticas, mesmo entre pessoas que caminharam juntas por um longo período.
Fechou os olhos para os 'erros'
Evaldo Gomes caminhou e esteve ao lado de Dr. Pessoa, este por outro lado, abriu espaço para o parlamentar acomodar suas lideranças e ajudar a manter seu capital político na capital. Ao ter seu grupo político arrancado da prefeitura por telefone, Evaldo agora pretende fazer críticas ao prefeito, o que caracteriza omissão do parlamentar que fechou os olhos para os "erros" enquanto se beneficiava do palácio da cidade, agora fora da gestão, consegue enxergá-los.
Reação do Palácio da Cidade
Apesar das críticas do parlamentar de que a mudança no comando da pasta foi por critério político e não administrativo, circula nos bastidores que a ação foi uma reação do palácio da cidade, pelo fato de Evaldo estar bem alinhado com o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI), Franzé Silva, e longe dos holofotes defender que o grupo do governador Rafael Fonteles tenha candidato único do grupo, influenciando Dr. Pessoa a tomar a decisão.
Começarão as críticas
O fato é que vereadores, e alguns deputados, enquanto estavam com espaços na prefeitura de Teresina, sempre rasgaram elogios para a gestão e fugiram de temas polêmicos quando questionados. Com a proximidade do segundo semestre e a corrida pela escolha de nomes pelos partidos, o jogo de xadrez se movimenta e será a hora de começarem a criticar, por interesses escusos que não são o da população, a gestão municipal.
fonte www.portalr10.com