terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Polícia faz reconstituição da briga que resultou na morte de sargento da PM em Teresina

 O sargento João de Deus Teixeira morreu em novembro após briga com um PM do Maranhão no Parque Sul.

A Polícia Civil está fazendo nesta tarde (07) a reconstituição da troca de tiros que resultou na morte do sargento João de Deus Teixeira, da Polícia Militar do Piauí, ocorrido no dia 05 de novembro do ano passado no Parque Sul, em Teresina. O sargento foi baleado durante uma briga com um PM do Maranhão identificado como soldado Raimundo Linhares.

A reconstituição é feita por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no mesmo local onde o crime aconteceu. O sargento João de Deus foi baleado na porta de casa. A discussão iniciou porque o sargento teria batido no carro do soldado Linhares, que estava estacionado em sua porta. Ao questionar o sargento, o PM do Maranhão teria sido surpreendido com os tiros e disse que atirou de volta para se defender. Um dos disparos atingiu a cabeça do sargento.

Dentro do carro de Linhares foram encontrados projéteis de arma de fogo calibre 38 que, segundo o PM, pertencem ao sargento João de Deus. O soldado se apresentou no DHPP no dia seguinte acompanhado de um advogado e entregou sua arma para perícia. Em entrevista concedida à época do ocorrido, o delegado Francisco Baretta, coordenador do Departamento, já havia revelado que pediria a reconstituição do crime para entender melhor a dinâmica.

O soldado Linhares participa da reconstituição do crime. A versão apresentada por ele é de legítima defesa. Ele afirma que atirou contra o sargento João de Deus porque ele teria atirado antes. A reconstituição vai ajudar a polícia a verificar se a versão contada pelo soldado é ou não a verdadeira.


“É o último exame pericial para que a dinâmica dos fatos seja totalmente esclarecida. O policial investigado apresentou uma versão que no decorrer da investigação de mostrou contraditória com os outros elementos de prova que foram colhidos e o objetivo é tentar verificar se a versão do policial tem ou não fundamentação plausível. Porque a depender do resultado desta perícia, a conclusão poderá ser uma ou outra”, explicou o delegado Danúbio Dias.

Delegado Danúbio Dias, do DHPP - (Jailson Soares/O Dia)Jailson Soares/O Dia
Delegado Danúbio Dias, do DHPP

A reprodução simulada, nome dado à reconstituição da cena do ocorrido dará o que o Danúbio Dias chamou de dinâmica fática da troca de tiros. Questionado sobre ser ou não legítima defesa, o delegado disse que não se trata disso. “Não estamos aqui para levantar questionamentos jurídicos, mas para colher mais elementos comprobatórios do fato em si”, finaliza.


fonte portalodia.com