Prefeito Nilsão se reúne com Erivan Lopes para tratar sobre comarca de Caracol
Anísio de Abreu, Jurema, Várzea Branca, Guaribas e São Braz podem fazer parte da comarca de Caracol
O Prefeito Nilson Fonseca, Nilsão, do município de Caracol - PI, esteve reunido na manhã de hoje, dia 07, com o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), desembargador Erivan Lopes, para tratar sobre a possível extinção da comarca do município de Anísio de Abreu – PI e a união de demais municípios ao município de Caracol.
Segundo o ofício, enviado pelo Prefeito Nilsão, a solicitação é para os municípios de Anísio de Abreu, Jurema, Várzea Branca, Guaribas e São Braz se aglutinarem a comarca de Caracol.
Aprovação no pleno Estudo feito pelo Tribunal de Justiça aponta que há uma necessidade de reordenamento de pelo menos 33 unidades judiciárias no Estado. Erivan Lopes disse que não existe ainda uma definição de qual comarca será agregada.
“Isso será objeto de um debate amplo com a sociedade, OAB, Ministério Público e será submetido ao plenário, mas que será agregada isso é irreversível e não tenho dúvida”. Segundo o presidente, a baixa produtividade eleva o custo do julgamento do processo nas comarcas.
Erivan Lopes informou, também, que a comarca de Anísio de Abreu ainda não foi definido se será unificado com São Raimundo Nonato.
Monsenhorgilense participará de Campeonato Mundial de jiu-jtsu em São Paulo
Por meio da Subsecretaria de Cultura a Prefeitura Municipal de Monsenhor Gil, concedeu um auxílio financeiro ao lutador de jiu-jitsu Afonso "Babuíno". O atleta foi credenciado numa eliminatória estadual para disputar o Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo, no período de 13 a 17 de julho em São Paulo.
O lutador já ganhou 1 Copa Abdias Queiroz, 2 Open Shopping Rio Poti, 1 Copa Norte/Nordeste e conquistou o 2º lugar em um brasileiro em Belém/PA. Afonso, treina jiu-jitsu há apenas 2 anos e já é federado.
Nas imagens, destaque para, Edson Trajano (secretário de administração) Ronaldo Cardoso (subsecretário de cultura) Luis Ribeiro (professor de jiu-jitsu/ equipe Hassan) e Julimar Brito (SMDR). O atleta aparece também, sendo premiado em uma de suas conquistas.
Dois homens são presos durante operação Start em Teresina
Segundo a Polícia Militar, com a dupla foi encontrado dois quilos de maconha misturados com crack, dois celulares, um relógio e uma quantia em dinheiro.
Dois homens identificados como Pablo Rafael Silva Soares e Anderson Silva foram presos nesta quarta-feira (06), na Avenida Joaquim Nelson, na zona sudeste de Teresina, durante a operação “Start”, realizada pela Polícia Militar.
De acordo com informações do tenente-coronel John Feitosa, Relações Públicas da PM, os homens estavam um carro de placa NHY-4891, nas proximidades do Centro de Internação Provisória (Ceip) quando foram abordados pelas equipes do 8º Batalhão da PM.
Imagem: Divulgação/PMMaterial apreendido pela PM
Segundo a Polícia Militar, com a dupla foi encontrado dois quilos de maconha misturados com crack, dois celulares, um relógio e uma quantia em dinheiro. Os suspeitos foram conduzidos à Central de Flagrantes.
A operação “Start” foi deflagrada no dia 30 de junho em diversos bairro de Teresina, a fim de coibir e reprimir furtos, porte ilegal de armas, tráfico de drogas, através de bloqueios nas saídas dos bairros da capital.
Polícia faz reconstituição do acidente que matou membros do Salve Rainha
Equipes da Perícia Criminal da polícia civil, policiais do 1º Batalhão, Strans e da cavalaria participaram da reconstituição que começou por volta das 22h30 e terminou às 23h45.
Equipes da Perícia Criminal da Polícia Civil, policiais do 1º Batalhão da PM, Strans e da cavalaria participaram da reconstituição que começou por volta das 22h30 e terminou às 23h45.
Imagem: Lucas Dias/GP1Polícia faz reconstituição do acidente que matou os irmãos Bruno Queiroz e Francisco Júnior
Antes de começar a reconstituição, o diretor da Polícia Científica, Antônio Nunes, contou como seria feito o trabalho: "O pessoal vai passar em dois Corollas grandes, um que é um pouco mais antigo, branco e outro que é um pouco mais novo, preto, que é a mesma cor do suposto que causou o acidente. Vão passar também com o Fusca, estão medindo antes certos pontos, vão medir velocidades e depois pegar essas imagens e comparar com as imagens da câmera, pois são capazes e dizer as velocidades que passaram aqui, além disso estão vendo os ciclos de piscagem dos semáforos pra comparar com os ciclos que tem no vídeo, tem um software que a gente tem que ele consegue aumentar muito pra analisar os pixels e com base nisso pode ser que a gente consiga até estabelecer naquele momento se estaria aberto ou não para A ou B, que é outro ponto importante", explicou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Antonio Nunes
Rawlinson Ibiapina, perito criminal, também falou sobre o método utilizado na reconstituição: "A gente tá fazendo um trabalho paralelo, na Universidade Federal do Piauí, no departamento de Física com apoio dos professores, mestres, doutores, pra tentar fazer uma análise minuciosa na supérfice do material, nós fomos ao local em que o veículo estava em repouso, na sede do Detran, na Pedra Mole, nós coletamos o velocímetro, levamos para a universidade, removemos a película e estamos analisando num aparelho pra tentar entender qual foi a real interação que o ponteiro pode ter feito com ele, é uma marca que fica microscopicamente latente e com essa marca a gente pode atestar qual é o valor da velocidade naquele ponto e comparar com os valores que a gente ta tentando levantar aqui hoje", declarou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Rawlinson Ibiapina
Antônio Nunes disse ainda que o prazo para concluir o laudo é de 10 dias "podendo ser prorrogado por até 30 dias, às vezes até mais se houver motivo pra isso, mas a gente tá tentando não precisar usar todo esse prazo, a gente pretende dar esse laudo o mair rápido possível. Ele também explicou que ainda não é possível determinar a velocidade exata do Corolla, e nem qual dos carros atravessou no sinal vermelho, a reconstituição de hoje visa elucidar exatamente estas questões.
Rawlinson destacou que "aquele valor [de 160 km] nós estamos descartando, ali é algo puramente não cientifico, ali onde o velocímetro trava, não tem relação com a velocidade. O que estamos explicando, é que no momento da colisão o ponteiro interage, mas fica aleatoriamente em qualquer lugar. Mas onde ele interagiu pela primeira vez, pode ser marcação, que não é 160, é outro valor que estamos tentando calcular pra saber realmente o mais próximo possível", finalizou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Fusca utilizado na reconstituição
Imagem: Lucas Dias/GP1Corolla e fusca utilizados na reconstituição
Imagem: Lucas Dias/GP1Policiais que participaram da reconstituição
Imagem: Lucas Dias/GP1Policial dirige carro usado na reconstituição
Imagem: Lucas Dias/GP1Polícia faz reconstituição do acidente que matou dois membros do Salve Rainha na Miguel Rosa
O acidente
No dia 27 de junho, o veículo onde estavam os irmãos Bruno Queiroz e Francisco da Chagas Júnior e o jornalista Jader Damasceno foi atingido por um Corolla, conduzido por Moaci Moura Júnior.
Imagem: DivulgaçãoVeículo que os jovens estavam ficou destruído
Moaci Moura Júnior, estava em estado de embriaguez, como comprovou o laudo médico, e pode ter atravessado o sinal vermelho, como contou uma testemunha, colidindo no carro dos irmãos. O jornalista Jader Damasceno também estava no Fusca, ele ficou gravemente ferido, mas já apresenta melhoras. Ele permanece internado no Hospital São Marcos. Um vídeo mostra o momento da colisão.
Moaci foi encaminhado à Central de Flagrantes de Teresina, mas no dia seguinte foi liberado após audiência de custódia e a determinação do pagamento de fiança no valor de R$ 7.040,00.
Impunidade transforma Teresina na capital da exploração sexual de crianças e adolescentes
Padres, empresários, políticos e até fundadores de Ong’s figuram como aliciadores e pedófilos
Depois de receber um pedido de socorro, de um homem que há 27 anos é educador de rua, a reportagem do Portal AZ decidiu seguir os passos dele e traçar o mapa da pedofilia e aliciamento de meninas e meninos em Teresina.
Padres, empresários, políticos e até fundadores de Ong’s (para tirar menores de rua) figuram como aliciadores e pedófilos. O trabalho foi feito durante dois meses por jornalistas e educadores de rua na capital.
O “esquema” do aliciamento quase nunca chega ao conhecimento da polícia. Os agenciadores já tem o perfil da vítima, jovens da periferia que vivem em situação de risco.
O aliciador leva o escolhido para um banho de loja, geralmente em shoppings. Impressionados com os presentes meninos e meninas com aproximadamente 12 anos, idade em que a criança não possui discernimento de entender o que se passa, são apresentados aos algozes.
Pedofilia
Conhecido e respeitado na Igreja Católica um padre, com mais de quatro décadas de atuação, é o que pode se chamar de “decano” na pedofilia. Ele é acusado de abusar sexualmente de meninos de até 12 anos de idade e de levar as crianças para uma casa abandonada que ele mantém a 47 quilômetros de Teresina, na localidade Canaã, município de Caxias, no Maranhão.
O nome dele todos sabem, inclusive seus superiores hierárquicos, mas no entanto, insistem em desconhecer suas atividades. Procurado, o arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, disse que não falaria da pedofilia do padre por telefone. Mas nem pessoalmente, o repórter do Portal AZ é bem recebido na arquidiocese.
A pedofilia estaria sendo praticada há cerca de 30 anos pelo padre, que diz “aos quatro cantos”, ser responsável por recuperação de crianças e adolescentes em situação de risco.
Hoje com 23 anos de idade, o encanador J.P.S.N., relata casos bizarros vividos entre ele, o padre e amigos. “Eu morava no bairro Primavera. O padre me encontrou e disse que iria cuidar de mim. Me deu roupas, calçados, comida e me levou para a casa dele. Lá já tinham outros meninos. Na época, eu tinha 13 anos de idade. Todos que moravam na casa faziam sexo com o padre. Para todos os lugares que ele ia, nos levava”, relata J.
A reportagem do Portal AZ foi até a localidade Canaã. Lá, entrevistou vizinhos da casa construída e visitada pelo padre. “Ele sempre vem ai com meninos. Alguns deles parecem ter cerca de 12 anos de idade. Um rapaz matou o outro ai (na casa), jogou dentro do poço. Depois disso, o padre passou um tempo sem andar, mas já voltou a andar por aqui novamente”, relata uma vizinha da casa, dizendo que não é segredo e que não é de hoje que o vigário mantém a casa abandonada para abusar sexualmente dos meninos. “O senhor pode perguntar para qualquer pessoa aqui da região que ela lhe conta a mesma história”, disse.
E assim a reportagem fez. Sete famílias diferentes foram ouvidas. Todas sabem do que chamam de “safadeza” do padre. O morador da localidade R.A.L, 48 anos, proibiu até o filho de sair de casa quando padre está na comunidade.
Como a casa do padre estava abandonada e sem portas, nem janelas, a reportagem entrou no local. No interior não existe nenhum móvel. “Eles trazem redes, comida, água e ficam ai. De longe todo mundo vê os agarra-agarra. Essa casa é só para fazerem o que não presta lá dentro”, reclama a vizinha.
Recursos públicos
O “negócio” da pedofilia movimenta até recursos públicos em Teresina. Outro decano no crime tem uma ONG que supostamente tira meninos (homens) das ruas. Recebe dinheiro dos cofres públicos para o “negócio”, mas a pratica conhecida mesmo é a pedofilia que o responsável pela ONG estaria praticando há mais de 20 anos, sob o manto do protecionismo político e omissão das autoridades policiais.
Mas não é só o padre e o dono do ONG que se perpetuam no crime. O raio X da exploração sexual aponta também um empresário, dono de posto de gasolina em Teresina e em algumas cidades do interior. Seriam 13, ao todo, além de empresas do ramo da construção civil, comercio varejista, clubes sociais.
Esse empresário é muito citado como sendo explorador sexual de adolescentes (meninas) na periferia de Teresina. Usa o poder econômico para seduzir jovens carentes.
Medo
O educador de rua que acompanhou todos os passos da reportagem do Portal AZ no mapa da exploração sexual e pedofilia, não quis mostrar a cara. “Eles são muito poderosos, mas a verdade é que Teresina é a capital do aliciamento de menores, da pedofilia e da hipocrisia”, disse, com os olhos cheios de lágrimas.
Os casos não são levados à polícia devido a ameaças (até de morte), o poder econômico dos pedófilos e aliciadores e a lenda de que “isso não vai dá em nada”.
“E é exatamente a impunidade que faz com que essa prática criminosa aumente a cada dia na periferia. É como se fosse uma coisa normal, que salta aos olhos de todos, sem nenhuma providência por quem de direito”, desabafa o educador de rua.
As vítimas são aliciadas, em sua maioria, na periferia. Não são alcançadas pelas políticas públicas. Muitas delas são vítimas ainda na infância, a partir dos 11 anos de idade.
Posição da Igreja
O arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, disse que não falaria da pedofilia do padre por telefone, quando atendeu a uma ligação feita pela redação do Portal AZ, inicialmente para saber detalhes de sua visita a João Pessoa (PB), na qualidade de enviado do Vaticano para apurar denúncias do suposto envolvimento do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, com exploração sexual.
A reportagem foi pessoalmente a Arquidiocese, na manhã dessa quinta-feira (07/07), mas não foi recebida. Ao saber do assunto a assessoria ficou com o número do telefone do jornalista para retornar. Não o fez até a publicação desta matéria.
O dono da ONG, apontado igualmente como aliciador de menores, também não recebeu a reportagem, mas mandou dizer que tem que ser respeitado, pois trabalha há mais de 20 anos “tirando menores das ruas”.
*As pessoas ouvidas na matéria pediram para não ter seus nomes revelados devido a gravidade das denuncias, mas todas as conversas foram gravadas e serão encaminhadas para as autoridades competentes.
Expotrilha: emoção, desafio e beleza na trilha de mountain bike mais ecológica do Matopiba
Inscrições tem início nesta quinta-feira (7). Premiação total em R$ 3.800 reais
A 1ª Expotrilha, evento esportivo que será realizado paralelamente à 41ª ExpoCorrente, promete marcar a memória dos participantes! Com um percurso de 32 quilômetros cercado pelas mais belas paisagens do extremo sul do Piauí, a competição, que teve suas inscrições iniciadas na manhã desta quinta-feira, 7 de julho, já conta com diversos inscritos, que não perderam tempo e garantiram sua vaga.
Na manhã de quarta-feira (6), a equipe da Superintendência de Esportes, acompanhada pela Força Tática da Polícia Militar de Corrente, que fará a escolta dos competidores, percorreram toda a trilha, marcando os pontos de apoio e definindo a rota completa de todas as modalidades que irão competir.
As inscrições tem um custo simbólico de apenas 2 quilos de alimento não perecível e podem ser feitas na sala da Superintendência de Esportes, localizada na sede da Prefeitura Municipal de Corrente, no horário das 8h às 12h e das 15h às 17h. As pré-inscrições, para os candidatos que não moram em Corrente, podem ser feitas através do telefone (89) 3573-2070.
No dia da competição, 16 de julho, os participantes deverão chegar ao local do evento com pelo menos uma hora de antecedência, conforme regulamento.
Tradicional cavalgada fará a abertura da 41ª ExpoCorrente
De 13 a 17 de julho todas as atenções se voltam para o Parque de Exposições Alberto Tavares Silva, em Corrente, que abriga a maior vitrine de oportunidades na área da agropecuária do Piauí, a ExpoCorrente, que mais uma vez terá como evento de abertura a tradicional cavalgada.
No ano passado mais de 200 pessoas montadas a cavalo participaram do desfile que percorreu as principais ruas do município. Neste ano, as expectativas só aumentam: “No ano passado fomos surpreendidos com a grande quantidade de pessoas que participaram da cavalgada, evento que virou tradição e acima de tudo resgata a história do pioneirismo na colonização do sul do Piauí, que foi a valorização do homem e do boi para a conquista dos sertões de Piagohy”, relata o historiador Edilson de Araújo Nogueira, idealizador da cavalgada. O historiador ainda declama um poema de sua autoria, em alusão a cavalgada, que está transcrito no cartaz.
A concentração está marcada para 16h do dia 13 de julho, em frente ao Complexo da 15ª Gerência Regional de Educação, localizada na Av. Profª. Joaquina Nogueira de Oliveira.
Socorro Mesquita teria rejeitado ser a vice em chapa, pois Jôve é lésbica
População de Piripiri comenta fato, mas vice-prefeita nega a discriminação
O fato de ser lésbica assumida está tirando a chance da vereadora e locutora de rádio Jôve Oliveira, pré-candidata à Prefeitura de Piripiri, receber o apoio da fortíssima Socorro Mesquita. A informação tem sido repetida junto à nossa redação em Teresina por pessoas que defendem a candidatura de Jôve à prefeita da cidade.
Socorro, esposa do ex-prefeito Dr. Pinto, é atual vice-prefeita de Piripiri. Ela lançou sua pré-candidatura pelo PP, mas pode ser vice na chapa com o que foi seu primeiro arqui-inimigo, Luiz Menezes, ex-prefeito da cidade e também pré-candidato. Já está quase tudo acertado.
Para população, a mulher do Dr. Pinto tem dito que não se unirá à Jôve porque ela é do grupo do prefeito Odival. Socorro nutre um ódio mortal pelo atual e mal avaliado prefeito da cidade, que a teria ‘expulsado’ da gestão após desentendimentos.
Odival Andrade tem tudo para entrar para historia como pior prefeito de Piripiri de todos os tempos. Sua rejeição está puxando a candidatura de Jôve ‘para baixo’. A união de Jôve e Odival tem facilitado para que Luiz Menezes chegue ao seu quinto mandato frente aos piripirienses.
SOCORRO NEGA O FATO A reportagem do portal conversou com Socorro Mesquita e ela negou que haja discriminação. “Não é verdade, isso ai é mentira. Não tenho nada contra ela, é uma pessoa que admiro muito e respeito as diferenças, isso ai nem existe. Inclusive tenho grandes amigos que 'são' e são meus amigos, de minha confiança. Eu admiro ela como pessoa”, disse ela.
Suspensa retirada de madeira em fazenda com trabalho análogo à escravidão
No local, Ministério Público do Trabalho também constatou a extração ilegal de madeira de matas nativas que integram parques nacionais.
Os representantes das empresas Galvani Indústria, Comércio e Serviços S.A e Agrosilvipastoril e Construtora Ltda, acusados de manterem trabalhadores em condições análogas à de escravo na Fazenda Bate-bate, no município de Anísio de Abreu (PI), foram ouvidos em audiência pública na Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Picos, na tarde de quarta-feira (6).
O Ministério Público do Trabalho deu o prazo de 10 dias para que os representantes das empresas assinem o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com obrigações de fazer e não fazer.
Na minuta constará indenização referente ao dano moral coletivo causado pelas empresas. A multa será dividida de maneira proporcional, levando em consideração a capacidade monetária de cada empresa, de modo a ressarcir a sociedade dos prejuízos ocorridos, bem como prevenir condutas semelhantes no futuro.
“O importante, nesse momento, é garantir a total paralisação das atividades e o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores”, afirma o procurador do Trabalho Carlos Henrique Pereira Leite.
Durante a audiência, a Galvani admitiu ao MPT que rescindiu o contrato com a fornecedora Agrosilvipastoril e que tinha conhecimento das irregularidades trabalhistas referentes a ausência de carteira de trabalho assinada, fato que ficou comprovado no momento da inspeção pré-contratual realizada pela indústria.
Já a Agrosilvipastorial alegou estar com a licença ambiental legalizada e atualizada, e que, no dia da força-tarefa liderada pelo MPT na Fazenda Bate-bate, apenas sete trabalhadores estariam com contrato firmado com a empresa. Os demais estavam, "coincidentemente", no local à procura de emprego.
Mediante a assinatura do TAC, a indústria Galvani terá que apresentar a relação atualizada dos fornecedores de matriz energética (biomassa), cópia do contrato firmado com a Agrosilvipastoril, cópia da rescisão contratual e cópia do relatório da inspeção feita antes da assinatura do contrato.
Entenda o caso - A denúncia foi feita de forma sigilosa por meio do site do Ministério Público do Trabalho no Piauí. O denunciante apresentou um relato minucioso, dando conta de que trabalhadores estariam atuando em condições degradantes na Fazenda Bate-bate. Além disso, o MPT foi informado que no local estaria ocorrendo o desmatamento ilegal de matas nativas que integram parques nacionais.
Imediatamente, a procuradora-chefe Jeane de Araújo Colares comunicou o fato à Coordenação Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete) e determinou que a Procuradoria do Trabalho do Município de Picos iniciasse a investigação.
Nos dias 28 e 29 de junho foi realizada uma diligência na localidade e constatadas inúmeras irregularidades trabalhistas, dentre elas: a comprovação de condições análogas à de escravo envolvendo 19 trabalhadores.
O procurador do Trabalho Carlos Henrique Pereira Leite, acompanhado de peritos do MPT e de inspetores da Polícia Rodoviária Federal, determinou a suspensão imediata das atividades, ao tempo em que colheu depoimentos que reforçaram a denúncia.
Os trabalhadores faziam a retirada de árvores e o carregamento da madeira em caminhões. A madeira era utilizada como lenha para a queima e fornecimento de energia na indústria de mineração Galvani.
“A Galvani e todas as suas fornecedoras serão responsabilizadas. Mesmo que o trabalho degradante aconteça na ponta da cadeia produtiva, quem está no topo deve responder compulsoriamente pelas irregularidades”, sentenciou o procurador.
A inspeção confirmou que o local não possuía condições mínimas de higiene, conforto e segurança. A maioria dos trabalhadores dormiam em redes armadas em estacas, ao relento, no terreno do alojamento. Dispunham de apenas um banheiro para a higiene pessoal, se alimentavam basicamente de carne e arroz, em quantidade reduzida, e bebiam água de poço sem tratamento adequado.
Foi confirmada, ainda, a inexistência de vestimentas recomendadas e equipamentos de proteção individual. Para a execução desse tipo de atividade, seria necessário o uso de botas, luvas, gorro com proteção na cabeça e nuca, protetor auricular e óculos de proteção. "Eles vestiam roupas desgastadas pelo uso contínuo, estavam claramente abatidos e desprotegidos de direitos e garantias", relatou o procurador.
Nenhum trabalhador encontrado na localidade possuía carteira de trabalho assinada. O acordo feito com a Agrossilvipastorial seria para receberem por produção, mas eles estavam, desde abril deste ano, desempenhando o serviço sem ter recebido qualquer tipo de remuneração. "O mais absurdo é que até mesmo o combustível utilizado para abastecer os equipamentos de motosserra, além de óleo e correntes, era custeado pelos próprios trabalhadores. O empregador adquiria os produtos e descontava na produção de cada empregado", afirmou Carlos Henrique.
Crime ambiental – Segundo a denúncia, o desmatamento estaria sendo feito em cerca de 12 mil hectares dentro do Corredor Ecológico dos Parques Nacionais Serra da Capivara e Serra das Confusões
A madeira retirada de forma ilegal era usada como matriz energética pela empresa Galvani, que explora uma mina de fosfato na região de Caracol, na fronteira do Piauí com a Bahia, e tem sociedade com a empresa norueguesa Yara.
A ONG Rede Ambiental do Piauí (Reapi) enviou ofício à Procuradoria da República solicitando a expedição de uma liminar para barrar o desmatamento, alegando que a licença ambiental fornecida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar) foi baseada em um “falso” plano de manejo previsto para utilizar 8.850 hectares de matas nativas.