Corregedor cobra apuração de ameaça contra líder do Matizes
O corregedor geral de Justiça do Piauí, desembargador Francisco Paes Landim Filho, oficializou, nesta segunda-feira (10,) uma solicitação de apuração às ameaças de morte direcionadas à coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana. O documento foi encaminhado à Secretaria de Segurança Pública do Estado Piauí, à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República no Piauí.
De acordo com o corregedor, as ameaças supostamente feitas pela Irmandade Homofóbica são graves e inaceitáveis. Paes Landim reforça, ainda, que o ódio, a intolerância e a violência contra qualquer grupo deve ser investigada e repelida pelo Estado.
A líder do Matizes, Marinalva Santana, diz que o apoio e a atenção que as autoridades têm dado ao caso, refletem um sentimento de compaixão e compromisso, não só com os integrantes do movimento LGBT, mas, sobretudo, com todos aqueles que militam a favor dos Direitos Humanos.
“Vimos com bons olhos a atitude do corregedor e acreditamos que isso é um reconhecimento do trabalho que o Matizes realiza desde 2002, com a missão de combater a homofobia e a discriminação”, afirma Marinalva, ressaltando que o corregedor Paes Landim é um agente público que tem compromisso com os princípios democráticos.
Entenda o caso
Na última terça-feira (4), um usuário do Facebook com o perfil denominado “Van Pelth” postou uma foto de Marinalva Santana na página do Matizes com os seguintes dizeres: “A Irmandade Homofóbica manda lembranças. Tu vai morrer”.
No dia 26 de fevereiro, os membros da mesma Irmandade Homofóbica foram supostamente os autores de um bilhete que contém o desenho da suástica e a seguinte mensagem: “Morte aos homossexuais. IMHO – Irmandade Homofóbica”, seguindo de um número de celular e convite para filiação ao grupo.
Tanto o bilhete como o post na rede social foram denunciados pelo Grupo Matizes na Delegacia Especializada de Repressão às Condutas Discriminatórias. Segundo o delegado Sebastião Escórcio, existem alguns grupos homofóbicos que possuem ramificações em todo o país e muitos já foram investigados e presos.
Escórcio informa que, por ser um crime virtual de caráter transnacional (o servidor do Facebook está hospedado em outro país), uma cooperação entre as polícias Civil e Federal é necessária para apuração dos casos.
fonte cidadeverde.com