Mão Santa: “Tenho andado e visto que o Piauí está um caos”
O candidato acusou os últimos governos de ter transformado o Piauí em um verdadeiro “caos”
A péssima qualidade do acesso à saúde é uma das maiores reclamações dos piauienses. Se o senhor for eleito como pretender resolver problemas como a superlotação e dificuldades de atendimento?
Eu tenho andado e conferido que o Piauí está um caos. Nunca esteve tão ruim. É por isso que me apresento para reconstruir. É o caos na segurança, na saúde e educação. O Piauí vive o pior momento. Esses últimos 12 anos levaram o Piauí ao caos. Por isso que nós nos apresentamos como um homem sofrido, de experiência para reconstruir esse Estado. Sou o único que faz oposição no Piauí. A saúde hoje só é boa para quem tem dinheiro, quem não tem dinheiro está afastado, sofrido e humilhado. Eu falo com propriedade porque sou médico. Isso é possível de resolver. Mas o problema é que não tem Governo no Piauí. Estamos há 12 anos nessa mesmice. Eu irei governar o governo. O princípio de administração é de unidade de comando e unidade de direção. Esses governadores não mandam em nada. Vivemos em ilhas, cada ilha faz o que quer, elege os seus, estão em campanha, mentem, roubam e chegamos ao desastre em que está o Piauí hoje. É uma barbárie, não é sociedade, não é o Piauí Cristão. Um governo desastrado por 12 anos. A única oposição sou eu porque o povo chama, isso é comum quando a sociedade vai para o caos. É o caso do Piauí. Quando a sociedade entra em desespero ela busca o mais sofrido e mais o experiente. É o nosso caso. Mas falando da saúde, primeiro o governo é vergonhoso. Eu construir um hospital de urgência, anexo ao Getúlio Vargas. Essa gente fechou, uma irresponsabilidade e imoralidade. São 75 leitos de UTI fechados. Isso acontece no Estado todo. Buriti dos Lopes é o melhor hospital e está fechado há 4 anos. E todos os outros se não estão fechados totalmente estão funcionando 10 ou 20%. Não tem resolutividade. Eles não operam e os pacientes vão todos para a capital. Vamos colocar para funcionar o que tem, aproveitando os profissionais que são bons e a estrutura que era boa.
O Estado enfrenta dificuldades financeiras e ultrapassou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Como o senhor pretende resolver essa crise?
As minorias reclamam que não foram ouvidas e atendidas nos últimos governos. Que projetos o senhor possui para minorias como os negros, LGBTs e deficiente?
O Piauí nos conhece, governamos de portas abertas e todas as classes fizeram parte. Eu fui muito acusado porque uma vez chegou à vez dos carroceiros no Karnak, mais os burros comeram a grama e ainda hoje eu sofro por isso. Todas as classes, a mãe solteira, engraxate, flanelinha, sem terra. Nessa campanha encontrei um senhor em Picos, perguntou se eu era o Mão Santa e me contou que ele fazia parte do movimento sem terra que invadiu o Pirajá. Nesse dia da invasão eu desci e sai cumprimentando todos eles. Tinha cerca de 3 mil caboclos. E ele pensou: “Esse governador é doido. Eles podiam dar uma surra nele e bater”. Eu deixei o Pirajá que era um palácio de luxo para dar para os estudantes da UESPI. A maior criação é dar a oportunidade do pobre do Piauí ser doutor. Hoje tem boas faculdades particulares, mas eu tenho uma neta que paga R$ 5 mil, o pobre não tem condição. A autoridade é moral e eu sempre fui aberto. Até a minha casa estará aberta. O povo de Teresina sabe que quando era o meu aniversário, o padre fazia uma missa e a Adalgisa fazia um bolo. As crianças do bairro todo entravam na piscina e minha preocupação era se uma delas morresse afogada. Então nós somos abertos, não só eu como a Adalgisa também. Não há quem respeite o povo e ame mais o povo do que eu e Adalgisa. Como é sua relação com o governador Zé Filho (PMDB), que é seu sobrinho. Há possibilidade de se aliarem no futuro? Nós vamos ganhar a eleição porque temos crença. Por que Davi ganhou de Golias? Ele tem o pacto com Deus e marchou par cima do Golias e Deus deu uma pedra como instrumento. Nós vamos ganhar por isso. Eu fui buscado pelo povo para fazer. Acontece que no momento político tem dessas coisas. Eu tenho os princípios cristãos do Piauí como a verdade, honestidade e dignidade. Essa gente que está há 12 anos diz que não tem culpa, mas está viciado nos cofres públicos. Eu era governador e me tiraram. Hoje estão os mesmos. Era mais fácil tirar, e a Adalgisa tirava gente da rua, da cola de sapateiro da maconha e cocaína, do que tirar eles. Essa gente tá lá. São os mesmos, nas verdadeiras ilhas, não estão preocupados com o povo, estão preocupados é com a eleição dos filhos e dos parentes. Eu votei no senhor José Wellington e no Luís Inácio, menos na reforma previdenciária, que tirou o direito dos aposentados, que foi uma lástima. Os aposentados estão morrendo de fome. Não foi só eu. A santa Trindade morreu pelos direitos que foram tirados dos aposentados pra pagar o fator previdenciário e empréstimo consignado. Eu sou médico e sei que quando uma pessoa tem uma emoção a medula da suprarrenal libera a adrenalina e ela teve um derrame. Ela estava como essa Heloísa Helena, como essa que hoje é candidata à presidência pelo PSOL, ela incomodava. E desde esse momento sou oposição. Não votei mais nada. Meu filho eu ensinei a trabalhar e desde esse momento meu comportamento é sofrido. Se tem alguém perseguido sou eu. Tomaram as eleições, roubaram as eleições. O Heráclito veio para o Piauí dois meses para nos destruir, está em São Paulo amargando o último lugar. Eles colocaram para me destruir, mas eu sou de Deus. Não tem poder contra o povo de Deus e nós estamos aqui.
Confira a entrevista completa na edição deste domingo do Jornal O Dia
fonte portal o dia
Repórter: Lídia Brito e Nayara Felizardo