sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Piauí é o Estado com maior desigualdade

Piauí é o Estado com maior desigualdade

QUANTO ao esgotamento sanitário, o Piauí só consegue fazer a cobertura de 1,8% do seu território


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2013. Os números reafirmam que o Piauí é o Estado que apresenta a maior desigualdade, com baixo nível salarial, e baixa cobertura dos serviços básicos, como abastecimento de água tratada, energia elétrica, coleta de lixo e esgoto. Nesses segmentos, o Estado ocupa as piores colocações no ranking nacional.

A pesquisa reveloau que o abastecimento de água tratada e coleta de lixo no Piauí continua abaixo dos 70%, enquanto a média nacional já ultrapassa os 85%. Na região Sudeste, o Estado de São Paulo já alcançou o patamar de 96%, e mesmo no Nordeste, muitos Estados já estão acima da média nacional, como Rio Grande do Norte e a Bahia que já conseguem fazer a cobertura de 87,9% do seu território.

Em relação ao sistema de esgotamento sanitário, o Piauí só consegue fazer a cobertura de 1,8% do seu território. O percentual é o pior do país e está muito distante da realidade nacional, que já atinge uma média de 59% de cobertura na coleta de esgoto. 
No que diz respeito ao fornecimento elétrico, o Estado é o segundo pior, com 97,3% de cobertura. Apesar de parecer alto, a maioria dos Estados brasileiros já alcança os 100% de fornecimento. De acordo com Pedro Soares, supervisor técnico do IBGE, o Piauí só ganha do Estado do Acre nesse aspecto.

"A avaliação que podemos fazer é que infelizmente esses serviços não se desenvolvem. Mesmo sendo atividades indispensáveis para a população, o Piauí continua perdendo em comparação aos outros Estados brasileiros. Isso não é de hoje, o Piauí vem há muito tempo sendo um dos piores do país e parece que estamos colados no chão, sem avanços", afirma Pedro Soares.
Nacionalmente, a lentidão na erradicação do analfabetismo e baixa escolaridade é o que chamam a atenção. O analfabetismo ficou praticamente estável entre brasileiros com 15 anos ou mais de idade e passou de 8,7% para 8,3% em 2013. 

Em relação aos analfabetos funcionais (que sabem ler e escrever, mas não compreendem as mensagens), o PNAD revelou uma queda de apenas meio ponto percentual na comparação ao ano passado. Em 2013, a taxa chegou a 17,8%, que representam em números absolutos quase 28 milhões de pessoas.

A PNAD é uma pesquisa por amostragem, que é realizada anualmente em vários municípios brasileiros pelo IBGE. 

fonte diário do povo do piauí