Mortes por falta de leitos de UTI são denunciadas no JN pelo CRM - Piauí
Piauí tem 170 leitos de UTI, mas o próprio SUS reconhece que o estado deveria ter 310 leitos
Quando o assunto é saúde pública, no Brasil, a lista dos problemas é longa e alguns deles podem produzir situações chocantes. Na capital do estado do Piauí, os médicos especializados em tratamentos intensivos denunciaram um quadro grave: cidadãos estão morrendo por falta de leitos de UTI.
Um vídeo foi feito no chamado Posto 1 do Hospital de Urgência de Teresina. O setor recebe pacientes graves que chegam à unidade e também aqueles que esperam por uma vaga uma vaga na UTI. De acordo com a Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí, de 10 de abril a 11 de maio, 193 pessoas morreram no Posto 1.
"A quantidade de mortes, em termos numéricos ela é relevante. Contudo, mais relevante ainda é a forma como essas pessoas morreram: elas morreram precisando de um suporte que lhes daria alguma chance de sobreviver a doença grave que possuíam", diz Kelson Veras, Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí.
À pedido do Jornal Nacional, o presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí analisou os vídeos gravados no Posto 1. "Essa paciente deveria ter os níveis de oxigênio monitorados, a frequência cardíaca, e não há nenhum suporte dessa natureza", explica Kelson Veras.
O Piauí tem 170 leitos de UTI do Sistema Único de Saúde, mas o próprio SUS reconhece que o estado deveria ter 310 leitos. O Hospital de Urgência de Teresina recebe todos os dias pacientes do interior e até de outros estados.
O irmão de um homem que não quis se identificar está internado em estado grave no Posto 1 e aguarda uma vaga na UTI. "Eu me sinto lesado. Porque somos nós que ‘paga’ todos os impostos para depois ter um atendimento da forma que a gente tem. Se ele tivesse num leito de UTI, a gente teria muito mais chance”.
Um vídeo foi feito no chamado Posto 1 do Hospital de Urgência de Teresina. O setor recebe pacientes graves que chegam à unidade e também aqueles que esperam por uma vaga uma vaga na UTI. De acordo com a Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí, de 10 de abril a 11 de maio, 193 pessoas morreram no Posto 1.
"A quantidade de mortes, em termos numéricos ela é relevante. Contudo, mais relevante ainda é a forma como essas pessoas morreram: elas morreram precisando de um suporte que lhes daria alguma chance de sobreviver a doença grave que possuíam", diz Kelson Veras, Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí.
À pedido do Jornal Nacional, o presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí analisou os vídeos gravados no Posto 1. "Essa paciente deveria ter os níveis de oxigênio monitorados, a frequência cardíaca, e não há nenhum suporte dessa natureza", explica Kelson Veras.
O Piauí tem 170 leitos de UTI do Sistema Único de Saúde, mas o próprio SUS reconhece que o estado deveria ter 310 leitos. O Hospital de Urgência de Teresina recebe todos os dias pacientes do interior e até de outros estados.
O irmão de um homem que não quis se identificar está internado em estado grave no Posto 1 e aguarda uma vaga na UTI. "Eu me sinto lesado. Porque somos nós que ‘paga’ todos os impostos para depois ter um atendimento da forma que a gente tem. Se ele tivesse num leito de UTI, a gente teria muito mais chance”.
Esse é um drama que se repete. No ano passado, segundo a Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí, em três meses, 510 pessoas morreram no mesmo Posto 1. O Conselho Regional de Medicina do estado abriu uma sindicância para investigar essas mortes.
"Elas não morrem não é porque elas têm que morrer, porque elas teriam que morrer. Elas morrem porque falta estrutura”, diz Emmanuel Fontes, presidente do CRM - PI.
“Estamos investindo na construção de mais 20 leitos de UTI, de forma que isso vai ajudar bastante. Mas, se não houver investimento na construção de leitos de UTI, na melhoria dos prontos-socorros no interior do Piauí e do Maranhão, a situação continuará problemática”, diz o secretário de Saúde de Teresina, Aderivaldo Andrade.
"Elas não morrem não é porque elas têm que morrer, porque elas teriam que morrer. Elas morrem porque falta estrutura”, diz Emmanuel Fontes, presidente do CRM - PI.
“Estamos investindo na construção de mais 20 leitos de UTI, de forma que isso vai ajudar bastante. Mas, se não houver investimento na construção de leitos de UTI, na melhoria dos prontos-socorros no interior do Piauí e do Maranhão, a situação continuará problemática”, diz o secretário de Saúde de Teresina, Aderivaldo Andrade.
A Secretaria estadual de Saúde do Piauí declarou que planeja providenciar mais 54 leitos de UTI até o fim do ano. Quarenta e três deles em hospitais do interior.
Fonte: 180graus.com Com informações da Globo.com