Vendedores reclamam de crise no Corso 2016
Além de uma festa popular, o Corso também é uma forma de levantar uma renda extra.
Ao que parece, a crise afetou o Corso 2016. Com o número reduzido de caminhões e de foliões na Avenida Raul Lopes, a festividade ficou longe daquela que um dia foi consagrado como maior Corso do Mundo. Não só a avenida sentiu o peso da crise, mas também, os barraqueiros que viram suas vendas caírem com relação aos anos anteriores.
Além de uma festa popular, o Corso também é uma forma de levantar uma renda extra. No local, em meio aos festeiros, também encontramos os barraqueiros, que cuidam da alimentação dos foliões, os vendedores de adereços e os catadores de latinha.
Crise nas barraquinhas de alimentação
Este é o terceiro corso da cozinheira Cristina Monção. Esse ano ela sentiu na pele e no bolso o peso da crise. De acordo com ela, o jeito foi baixar os preços, para não ficar no prejuízo. “Diminuiu muito em relação ao ano passado. O que ainda estamos vendendo é arrumadinho. As bebidas, o pessoal traz tudo de casa, aí ficamos quase que no prejuízo. Tivemos que baixar os preços, porque senão, não venderíamos”, contou ao portal.
Barracas de adereços também sofrem queda nas vendas
Mas não foram só as barraquinhas de comida e bebida que sentiram o peso da crise, de acordo com o Victor, as vendas dos adereços, também reduziu. “Não vendi ainda quase nada essa hora [22 horas]. Diminuiu muito mesmo”, declarou o vendedor.
A história do pequeno catador Gabriel
O Gabriel tem 10 anos, e é morador do bairro Santo Antônio. Ele contou ao portal, que a mãe dele não gosta que ele a ajude, pois pra ela, ele só tem que estudar. Mas, a criança diz fazer questão de participar do Corso, para ajudá-la. A mãe vende cerveja em um isopor. Enquanto isso, o Gabriel percorre a avenida, atrás de latinhas. Pergunto se ele está cansado, ele responde pronto, com sorriso no rosto: “Estou não, tenho muita força”.
Além de uma festa popular, o Corso também é uma forma de levantar uma renda extra. No local, em meio aos festeiros, também encontramos os barraqueiros, que cuidam da alimentação dos foliões, os vendedores de adereços e os catadores de latinha.
Crise nas barraquinhas de alimentação
Este é o terceiro corso da cozinheira Cristina Monção. Esse ano ela sentiu na pele e no bolso o peso da crise. De acordo com ela, o jeito foi baixar os preços, para não ficar no prejuízo. “Diminuiu muito em relação ao ano passado. O que ainda estamos vendendo é arrumadinho. As bebidas, o pessoal traz tudo de casa, aí ficamos quase que no prejuízo. Tivemos que baixar os preços, porque senão, não venderíamos”, contou ao portal.
Imagem: Lucas Dias/GP1Cristina Monção relata que vendas foram afetadas pela crise
Já a dona Raimunda foi ao Corso pela primeira vez este ano, mas a sensação é a mesma. Assim como Cristina, ela vendeu em sua barraca, comidas e bebidas. “Trouxe minha barraca por que tenho conhecidas minhas que sempre trouxeram e se davam bem. Mas minhas vendas tão muito fracas. O que ainda tá saindo é arrumadinho”, observou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Dona Raimunda reclama de vendas fracas no Corso
Ricardo Alves, já trabalhou várias vezes no Corso. Na sua barraquinha também tem comida e bebida. Ele reclama que além das vendas diminuírem, a alegria do Corso deste ano, também foi menor. “As vendas reduziram muito comparada ao ano passado. Caíram de 20 a 30%. Mas além das vendas, senti que o Corso tá menos animado. Não senti aquela alegria contagiante”, ressaltou o cozinheiro.
Imagem: Lucas Dias/GP1Ricardo Alves com Flávio Diansã, os dois são donos da barraca
Barracas de adereços também sofrem queda nas vendas
Mas não foram só as barraquinhas de comida e bebida que sentiram o peso da crise, de acordo com o Victor, as vendas dos adereços, também reduziu. “Não vendi ainda quase nada essa hora [22 horas]. Diminuiu muito mesmo”, declarou o vendedor.
Imagem: Lucas DIas/GP1Victor reclama de redução nas vendas
A história do pequeno catador Gabriel
O Gabriel tem 10 anos, e é morador do bairro Santo Antônio. Ele contou ao portal, que a mãe dele não gosta que ele a ajude, pois pra ela, ele só tem que estudar. Mas, a criança diz fazer questão de participar do Corso, para ajudá-la. A mãe vende cerveja em um isopor. Enquanto isso, o Gabriel percorre a avenida, atrás de latinhas. Pergunto se ele está cansado, ele responde pronto, com sorriso no rosto: “Estou não, tenho muita força”.
Imagem: Lucas Dias/GP1Gabriel organiza as latinhas próximo a mãe
Ele tá bem longe de saber o significado da crise do Brasil, mas sabe bem o que é passar necessidade. “Eu junto latinha pra ajudar minha mãe pra depois vender na Miguel Rosa”, e assim conclui novamente a prosa, com um belo sorriso no rosto.