Polícia prende suspeito de atirar em cabo da PM e elucida crime
Policiais da Delegacia de Homicídios prenderam no início da noite de ontem(10), Juliano Kelson Mourão da Silva, o último dos seis suspeitos de participação na morte do cabo da PM Valdir Mendonça, 43 anos, na segunda(07). Juliano é apontado como o responsável pelos tiros que matou o policial militar durante o assalto.
O suspeito foi encontrado escondido na casa de parentes no bairro Parque Piauí, em Timon. E como tinha mandado de prisão em aberto na cidade maranhense, foi encaminhado para a Delegacia Regional local e depois levado ao presídio Jorge Vieira.
“Ele tinha um mandado por roubo e se trouxéssemos para cá para lavrar o flagrante, seria anulado. Por isso, o delegado Higgo apresentou ele no ao delegado Ricardo Freire, que cumpriu o mandado e depois recolhido ao presídio. Na segunda-feira vamos apresentar o mandado de prisão preventiva pelo crime do policial”, explicou o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Baretta.
Com a prisão de Juliano, a polícia conclui o inquérito. “O crime está elucidado com todos os atores colocado nos seus locais de participação. O delegado Higgo vai trabalhar no relatório neste final de semana para entregarmos à justiça”, afirmou Baretta.
O delegado avalia que mesmo sendo doloroso perder um colega de profissão para o crime é preciso conter a emoção ao prender o suspeito dos tiros. “Às vezes é preciso preservar a vida de um verme para estudar a vida dele. Foi doloroso ver o cabo perder sua vida combatendo o crime, mas é melhor morrer assim do que como criminoso. Era a profissão dele e sabia que corria esse risco”, argumenta.
Ferimento na perna
Juliano foi o suspeito que levou um tiro na coxa dado pelo cabo Valdir antes de levar o tiro fatal. Depois do crime, ele foi levado à casa da avó no bairro Matinha, zona Norte de Teresina, que acionou uma enfermeira da região para fazer os curativos no neto. “O tiro foi transfixante pela carne. A bala entrou de um lado e saiu do outro, por isso não teve complicações. As roupas dele sujas de sangue, a avó jogou em um córrego. Já ouvimos a enfermeira”, revela o delegado.
Assalto frustrado
O coordenador da Homicídios acrescentou ainda que os suspeitos fizeram um assalto frustrados, pois acreditavam que o tesoureiro estaria com o pagamento do pessoal, um valor entre R$ 30 mil e 40 mil, no entanto, naquele dia ele tinha ido apenas descontar um cheque no valor de R$ 8.990,00.
O delegado disse que solicitou ao Banco do Brasil, agência Joquei Clube, as imagens em que João Neto aparece aguardando o tesoureiro sair do banco.
O dinheiro ainda não foi encontrado e a polícia faz diligências para apreender o veículo Versa, de cor prata, ainda neste fim de semana. “Ele disse que deixou a mochila com o dinheiro e a arma dentro do carro. Fica um jogando para o outro. Mas, estamos trabalhando para apreender o carro”.
Outras prisões
Os outros suspeitos de participação foram presos ao longo da semana. Uma adolescente que estagiava na clínica foi apreendida suspeita de levantar e repassar as informações para a quadrilha. Ela é irmã do cantor Wiberson, que também foi apontado como envolvido.