terça-feira, 11 de abril de 2017

Prefeitura de Teresina ensina verbos inexistentes a alunos

Prefeitura de Teresina ensina verbos inexistentes a alunos

Orientações estão expressas em livros milionários comprados de MG; veja bonequinhos

“MONTEZUMAR OU FIRMINAR?”
- Orientações dadas a crianças das escolas da rede municipal de ensino da capital, extraídas dos livros adquiridos pela Prefeitura de Teresina do estado de Minas Gerais a preços milionários, sem licitação: “As pessoas inventam palavras. Invente verbos para algumas palavras que ainda não existem... buza, luze, tinga, mupa, lope, sude, ledi, tama, tume, zupa”.
- Prefeitura de Teresina, aquela que o prefeito diz estar em crise, pagou por isso aí só em um dos contratos o valor de R$ 6,3 milhões
- Nesse valor estão inclusos os bonequinhos Alfa e Beto (Veja abaixo!).
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QUE EDUCAÇÃO QUE NADA...
SAÚDEM OS “BONEQUINHOS DE LUXO DO PREFEITO”!
Os livros adquiridos a preços milionários pela Prefeitura de Teresina estão ensinando os alunos da rede de escolas públicas municipais a aprenderem palavras e inventarem verbos tomando por base o que, claro, não existe. É um caminho de aprendizagem que talvez nem Freud explique. Alguns professores se manifestaram dizendo que não seguem tais orientações.
Porque ao invés de haver a sugestão de palavras já existentes no vocabulário atual para que o alunado possa dizer quais verbos são correspondentes a elas, e em errando, aprenda errando, mas tendo em vista o que já é usado na comunicação terrena, nos livros de ouro do secretário de Educação Kléber Montezuma tais alunos vão ter que aprender primeiro o que não possui utilidade alguma. E o que é pior, depois desaprender, justamente no contexto histórico atual, onde o tempo fica mais precioso a cada dia que passa.
Onde estão os professores que não se rebelam contra isso? Onde estão os pais dos alunos? Porque a menos que tal aprendizado seja para dialogar com extraterrestres ou algo do tipo, ou até mesmo com os bonequinhos do instituto onde a PMT está adquirindo os livros através da inexigibilidade de licitação, não tem utilidade alguma esse método de ensino. Soa mais como perda de tempo. E só.
E se escrever na língua portuguesa já é difícil, imagina misturando o real com o surreal. Nada que a PMT possa montezumar mais ainda, tomando por base os neologismos sugeridos num trocadilho com o nome do secretário de Educação do município. Ou o termo certo seria firminar a coisa mais ainda?
_Como assim? 
(Foto da página de um dos livros com seus... 'ensinamentos')...
novosverbos.jpg
Nesta segunda-feira, o 180 publicou reportagem titulada “PMT deixa de lado os livros do MEC e torra milhões com o IAB” em que mostra que Prefeitura de Teresina ignorou livros ofertados de forma gratuita pelo Ministério da Educação e comprou por mais de R$ 6 milhões não só esses livros, mas bonequinhos do Instituto Alfa e Beto (IAB). Qual a utilidade? Não se sabe. Mas que são caros e eleva o preço milionário do contrato com o instituto de Minas Gerais eleva.
Para montezumar mais ainda a coisa ou firminar – como preferirem – existem atualmente no âmbito da Prefeitura de Teresina inúmeros alunos especiais que não têm pessoas capacitadas para lidar com eles da forma como merecem. Ondes está o dinheiro para contratar profissionais especializados? Não há explicações.
Na matéria desta segunda-feira, o 180 também informou a existência de uma criança hiperativa desamparada pelos profissionais da PMT, mas esse não é o único caso. Há outro em que a professora vem solicitando um profissional especializado, mas sem respostas. E há mais e mais. Montezuma não tem conseguido atender a esses alunos. Existem pais e professores reclamando. E muito.
Mas para continuar montezumando a situação, em janeiro, o contrato milionário – um deles somente, há mais – de R$ 6.060.628,00, foi acrescido em R$ 288.667,00, majorando o valor do acordo original para R$ 6.349.295,00. O aditivo foi assinado em 17 de janeiro de 2017. O contrato primeiro, em dezembro de 2016.
Firmino e Montezuma devem ser lembrados por essa geração de jovens como os homens públicos que tentaram ensinar verbos inexistentes na língua portuguesa, quem sabe até no plano extraterreno - ou não. E eles, se refletirem um pouco, não irão querer serem lembrados assim, porque sabem que o que se planta na mente de uma criança ou adolescente, fica para sempre.
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FOLCLORE E ANEDOTÁRIO
_E de quem foi a ideia de trazer a empresa de Minas Gerais através de inexigibilidade de licitação? ... Um?Abaixo, Kléber Montezuma e Firmino Filho, cujos nomes próprios, existentes, proporcionam a criação do verbo montezumar e firminar, para designar as ações questionáveis no âmbito da PMT.Eles correm o risco de serem lembrados pela próxima geração em situação vexatória e cômica...montezuma.png
O que dirá essa geração de jovens explicando para seus futuros filhos que estudaram em escolas da Prefeitura de Teresina, onde aprenderam primeiro o que não existia para depois desaprenderem e aprenderem o que existia? Dá até história para crianças dormirem e daquelas bem assustadoras, como a do Lobo Mau.
De todo modo, restam os bonequinhos para as crianças que, aparentemente, estão sendo marionetes na mão de um dos 'Homens de Firmino', enquanto um instituto se esbalda com dinheiro público da capital do Piauí.
Os nomes desses bonecos são Alfa e Beto – e queira a Deus não deixem os jovens analfabetos funcionais. Ambos estão sendo chamados de "Bonequinhos de Luxo do Prefeito", diante do valor milionário do pacote, que inclui os livros.
Vão montezumar ou firminar assim na “buza, luze, tinga, mupa, lope, sude, ledi, tama, tume, zupa”.
O Ministério Público até agora não se manifestou.
_ATÉ OS BONECOS PARECEM SURPRESOS...alfa....jpg
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fonte 180graus.com